Tecnologia

Anatel descarta venda da Embratel antes de julho

O presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Luiz Guilherme Schymura, descartou a possibilidade de, pelas regras atuais do setor de telecomunicações, a Embratel ser comprada pela Telemar, Telefônica e Brasil Telecom. "Hoje é impossível", afirmou ele nesta segunda-feira, durante evento em São Paulo. Schymura reforçou que o modelo atual define que deve haver quatro […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 12h41.

O presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Luiz Guilherme Schymura, descartou a possibilidade de, pelas regras atuais do setor de telecomunicações, a Embratel ser comprada pela Telemar, Telefônica e Brasil Telecom. "Hoje é impossível", afirmou ele nesta segunda-feira, durante evento em São Paulo.

Schymura reforçou que o modelo atual define que deve haver quatro operadoras fixas atuando no mercado e que até julho de 2003 essas concessionárias não podem fazer fusões ou aquisições. Ele também descartou que qualquer consulta nesse sentido tenha sido feita à Anatel _na semana passada surgiram os primeiros rumores de que as três operadoras discutem a formação de um pool para a compra da Embratel. "Não nos foi feita nenhuma consulta e, se houver, a resposta, hoje, é não", disse o presidente da Anatel.

Questionado sobre a possibilidade de a venda ser realizada após julho de 2003, Schymura disse que não é possível prever o futuro. Segundo ele, se mantido o modelo em vigor atualmente, a Anatel continuará se posicionando contra a venda. Mas não descartou a possibilidade de as regras virem a ser alteradas futuramente. "É difícil dizer nesse mercado o que será o amanhã. A regra é essa e ela não vai mudar por enquanto", afirmou Schymura, justificando que a área de telecomunicações é um mercado de muitas inovações tecnológicas.

Ele disse ainda que qualquer mudança que por ventura venha a ser feita será em benefício do consumidor e de forma a que as empresas que hoje integram o sistema "não tenham o seu direito ferido".

Purificación Carpinteyro, vice-presidente de serviços locais da Embratel, disse que a intenção da Telefônica, da Telemar e da Brasil Telecom de comprar a empresa é uma "típica manobra de um concorrente comprar o outro para aniquilá-lo".

"Como funcionária da Embratel, fico feliz de ver que há muitos compradores. Só resta saber se há vendedor", disse ela, negando que existam negociações por parte da Embratel.

Purificación classificou ainda a intenção de compra como "inconstitucional", pois caracterizaria a constituição de monopólio. O assunto, de acordo com ela, extrapolaria o âmbito da Anatel e teria de ser analisado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cadê).

Segundo ela, a empresa detém mais de 50% do mercado corporativo de telefonia a longa distância. No último dia 16, ela também começou a operar localmente em algumas cidades do país, como Recife, Fortaleza e Salvador. Em breve deve também iniciar a operar localmente no Rio de Janeiro e em Belo Horizonte. Em São Paulo, a estréia está marcada para 1º de janeiro. De acordo com Purificación, até agora a empresa já fechou 140 contratos corporativos para operar localmente.

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais de Tecnologia

Coração artificial de titânio é implantado pela primeira vez em um humano

Conheça a WikiFauna, as criaturas fantásticas que mantêm a Wikipedia viva

Aplicativos de namoro perdem popularidade enquanto solteiros buscam experiências offline

Google aposenta Chromecast e lança TV Streamer com IA

Mais na Exame