Acusado de espionagem, TikTok é tema no Congresso dos EUA nesta quinta; app pode ser banido?
Shou Zi Chew afirma, em uma versão prévia do depoimento apresentado às autoridades, que a empresa não é uma agente do governo chinês, como vendo sendo acusada
Redação Exame
Publicado em 23 de março de 2023 às 07h37.
A Comissão de Energia e Comércio do Câmara dos Estados Unidos marcou para esta quinta-feira, 23, uma sessão com o diretor-executivo da ByteDance, dona do TikTok.
Shou Zi Chew afirma, em uma versão prévia do depoimento apresentado às autoridades, que a empresa não é uma agente do governo chinês, como vem sendo acusada. Ele também afirma que nunca recebeu pedidos para compartilhar dados de usuários com autoridades da China .
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Nos Estados Unidos, congressistas e funcionários do governo alegam que a ByteDance é capaz de fornecer dados de usuários e pedem que o app seja retirado de lojas de aplicativos ou que seja vendido para uma empresa americana.
Já os usuários que apoiam o TikTok argumentam que a plataforma não está mais exposta a violações de dados do que qualquer outro aplicativo que colete informações pessoais, e que os congressistas deveriam estar trabalhando para endurecer as leis de privacidade, em vez de se portarem como estraga-prazeres.
Criadores protestam na frente do Congresso
Um grupo de criadores de conteúdo do TikTok dirigiu-se à sede do Congresso americano nesta quarta-feira, 22, para protestar contra os pedidos de proibição do aplicativo de vídeos chinês, em meio a temores de que o mesmo represente uma ameaça à segurança dos Estados Unidos.
Uma dúzia de adolescentes, professores e empreendedores se dirigiu ao Congresso para protestar contra um potencial veto ao aplicativo, e ressaltou os benefícios do TikTok em suas vidas e como meio de subsistência. Alguns disseram que viajaram para Washington por conta da empresa, informou a imprensa americana.
"Existem outras plataformas? Com certeza, estou nelas, mas nenhuma delas tem o alcance do TikTok", citou a empresária @countrylather2020, que tem 70 mil seguidores no aplicativo, em vídeo gravado após chegar à capital americana.
Com 150 milhões de usuários nos Estados Unidos, o aplicativo já foi proibido em todos os dispositivos federais e em alguns governos estaduais, e foi bloqueado em várias universidades públicas. No entanto, congressistas e o presidente Joe Biden contemplam um veto total.
(Com O Globo e AFP)