Tecnologia

5 tecnologias brasileiras que transformam o agronegócio

O EXAME Fórum Agronegócios mostrou startups que criaram tecnologias capazes de transformar o futuro da agricultura brasileira. Veja quais são elas


	Drone: as aeronaves não tripuladas ajudam a monitorar plantações
 (Divulgação/XMobots)

Drone: as aeronaves não tripuladas ajudam a monitorar plantações (Divulgação/XMobots)

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Da Redação

Publicado em 27 de outubro de 2015 às 13h13.

São Paulo – O EXAME Fórum Agronegócios, que aconteceu nesta segunda-feira (26), em São Paulo, teve foco no desenvolvimento da tecnologia no agronegócio. Os palestrantes falaram do uso de drones, computação em nuvem e da biotecnologia para aumentar a produtividade.

“A avenida de tecnologia e de bioeficiência ainda vai crescer muito no Brasil. A enormidade de dados, o poder computacional e o monitoramento 24 horas ajudarão a aumentar a produção”, disse Roger Ingold, presidente da Accenture, empresa de consultoria em gestão e serviços de tecnologia.

Paulo Herrmann, presidente da John Deere Brasil, compartilha do mesmo ponto de Ingold. Segundo ele, a biotecnologia para o agronegócio avançou muito e as empresas não estão explorando todo o potencial do que já existe.

“Não devemos fazer tecnologia pela tecnologia. Precisamos gerenciar o que já temos para aumentar a produção agrícola”, acrescenta Herrmann.

Mas quais são essas tecnologias? Quem respondeu essa pergunta, durante o evento, foram startups brasileiras que oferecem produtos e serviços que facilitam o trabalho de agricultores e proprietários de agronegócios.

Rastreamento de carne

Uma das startups que se apresentaram no EXAME Fórum foi a Safe Trace. Com o lema “do pasto ao prato”, a companhia criou um aplicativo de rastreamento de carne.

O acompanhamento do produto é feito desde a identificação do boi na fazenda, quando ele recebe um brinco eletrônico. Depois disso, quando o animal atinge os sete meses, um chip é colocado nele. Desse modo, o histórico genético, sanitário e de manejo dos animais é armazenado e atualizado por um software.

Após o abatimento, a carne do boi recebe um selo da empresa e um código de barras. “Com o selo da Safe Trace e o código, o consumidor tem acesso total ao processo por que a carne passou”, contou Vasco Picchi, sócio fundador da Safe Trace.

Segundo Picchi, a vantagem de utilizar o software é que a produção fica mais eficiente e o cliente sente-se mais seguro.

Tablet amigável

Outra startup que desenvolveu um aplicativo para o agronegócio é a Strider. O produto oferecido pela empresa é, basicamente, um tablet com um programa que pode ser usado em modo offline. Com ele, o produtor pode manejar pragas, controlar aplicações e monitorar indicadores de fertilidade e umidade.

“Nós queremos ser a peça que falta no ecossistema do agronegócio, que é a tecnologia da informação”, disse Luiz Tângari, fundador e presidente da Strider.

Segundo Tângari, existem quatro fatores que tornam a tecnologia de sua empresa importante: ela é barata e focada na segunda geração de agricultores. “Os nossos aplicativos são voltados para os filhos dos produtores, que serão os donos das fazendas no futuro. Por isso, nossa plataforma é amigável e parecida com o WhatsApp e o Facebook.”

Drones contra as pragas

O rastreamento de áreas agrícolas é o foco da XMobots, uma startup especializada no desenvolvimento, fabricação e operações de drones. De acordo com Giovani Amianti, fundador e presidente da empresa, o foco da XMobots é na agricultura de precisão.

“Com os nossos produtos, o agricultor consegue saber mais sobre a topografia de suas terras, as linhas de plantio e também detectar pragas e fazer a contagem do gado”, disse. Ele ainda conta que é possível fazer o controle do desmatamento em áreas de preservação.

Os veículos da XMobots já têm certificado da ANAC e prestam seus serviços para empresas de agronomia e grandes cooperativas. “A nossa ideia é internacionalizar a empresa e abrir o capital em 2016 ou 2017”, finalizou Amianti.

Agentes biológicos

A BUG aposta no mercado da biotecnologia para ajudar no desenvolvimento do agronegócio brasileiro. A empresa foi criada em 2001 e produz agentes, como vespas, ovos e parasitoides para o controle biológico de pragas.

De acordo com Alexandre Pinto, sócio da BUG, o controle biológico é vantajoso para as empresas, pois visa a sustentabilidade. Com o uso de agentes, o agricultor não precisa utilizar inseticidas, o que diminui as chances de poluição do ecossistema e intoxicação de funcionários.

As vespas e outras pragas são criados nos laboratórios da startup. Mas também são introduzidos insetos selvagens na criação, para que a variabilidade genética aumente.

Plataforma online

O Osalim é um site para realização de negócios no setor agrícola. A partir da plataforma, agricultores e clientes promovem a compra e a venda de grãos de consumo, sementes e insumos agrícolas.

Segundo Antônio Carlos Bentin, sócio fundador da Osalim, as negociações e as transações comerciais feitas pelo site são rápidas e seguras. Até agora, quatro empresas utilizam a plataforma online.

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