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4 razões por que o Outlook.com vai matar o Hotmail

Depois de 16 anos no mercado, o Hotmail sai de cena e dá lugar ao novo Outlook.com, da Microsoft. Veja por que

O Skype deverá ser, no futuro, um dos serviços integrados ao webmail Outlook.com, da Microsoft (Reprodução)

O Skype deverá ser, no futuro, um dos serviços integrados ao webmail Outlook.com, da Microsoft (Reprodução)

Maurício Grego

Maurício Grego

Publicado em 3 de agosto de 2012 às 09h39.

São Paulo — O Outlook.com, novo webmail da Microsoft, conquistou 1 milhão de usuários em apenas seis horas. O serviço foi aberto nesta semana ainda em versão preliminar e vai substituir o veterano Hotmail. O Outlook.com traz visual mais limpo que o de outros sites similares e integração com redes sociais e com os serviços da empresa na nuvem, como Messenger e Office Web Apps.

Na fase atual, a Microsoft não está tentando convencer os usuários do Hotmail a migrarem para o Outlook.com. Mas não há dúvida de que isso vai acontecer com o tempo. O Outlook.com é o novo Hotmail. E a migração é praticamente automática. Quem entra no novo serviço com nome de usuário e senha do Hotmail encontra, lá, suas mensagens e contatos do serviço antigo (também é possível voltar ao Hotmail clicando numa opção no menu).

Obviamente, a Microsoft poderia ter chamado o novo serviço de e-mail de Hotmail, mantendo a marca que está na web há mais de 15 anos. Por que ela decidiu matar esse nome e substituí-lo por Outlook? Veja quatro razões.

1 O Google avançou

O Hotmail liderou o mercado durante anos, mas vinha perdendo terreno para o Gmail, do Google. Segundo dados da comScore (citados pelo site VentureBeat), em maio, o Hotmail era o número um, com 325 milhões de usuários. O Yahoo! vinha em seguida, com 298 milhões. E o Gmail ficava em terceiro, com 289 milhões.


Mas esses números não incluem os acessos feitos por meio de smartphones. E o Gmail conquistou um grande contingente de novos usuários graças ao sucesso do Android nos smartphones. No final de junho, durante o evento Google I/O, o Google divulgou que 400 milhões de dispositivos com Android já haviam sido ativados. No mesmo evento, a empresa anunciou que, somando todas as formas de acesso, o Gmail havia chegado a 425 milhões de usuários.

Vários noticiários disseram, então, que o Gmail havia ultrapassado os dois rivais e assumido a liderança. Como cada empresa adota uma métrica diferente, é difícil avaliar se isso é mesmo verdade. Mas a notícia não foi contestada pela Microsoft e nem pelo Yahoo!. Supondo que ela seja verdadeira, a perda da liderança tornou urgente, para a Microsoft, fazer uma reforma radical no webmail para recuperar o terreno perdido.

2 O Hotmail virou relíquia

O Hotmail foi criado em 1996 pelos empreendedores Sabeer Bhatia e Jack Smith, ex-funcionários da Apple. Foi comprado pela Microsoft no ano seguinte. O webmail evoluiu nesses 16 anos, mas não o bastante. Ele começava a parecer antiquado numa era em que a internet móvel e as redes sociais dão o tom das inovações. A marca deixou de ser considerada "cool". E esse processo deve se acelerar agora que o Outlook.com está no ar. Um endereço do tipo nome@hotmail.com passará a ser visto como uma relíquia dos anos 90. Para a Microsoft, era provavelmente mais fáicl recomeçar com uma marca que é nova na web (embora seja tradicional nos escritórios) em vez de tentar reavivar o nome Hotmail.

3 Efeito Gmail

Quando o Google lançou o Gmail, em 2004, ele trouxe novidades como espaço muito maior para armazenamento de mensagens, mecanismo de busca eficiente e marcadores para classificação da correspondência, além de uma interface mais prática e direta. Perto dele, Hotmail e Yahoo! pareciam ultrapassados naquele momento.


Em resposta, os dois concorrentes rapidamente incorporaram várias das novidades, ampliaram o espaço para armazenamento e fizeram outros melhoramentos. Mesmo assim, ficou, para o consumidor, a imagem de que o Gmail era mais avançado. A Microsoft procura, agora, repetir o “efeito Gmail” com o Outlook.com.

O novo serviço combina com as redes sociais e com os dispositivos móveis. O visual do Windows 8 dá, a ele, jeito de novidade. Ele traz uma marca que só agora chega à web. É uma tentativa de passar a ideia de que esse é o webmail mais avançado e que os outros serviços ficaram ultrapassados – como fez o Google oito anos atrás com o Gmail.

4 Office na nuvem

Os principais aplicativos de uso pessoal do pacote Office – Excel, Word, OneNote e PowerPoint – já têm versões na web. O Office 2013, que deve ser lançado em setembro, é parte software instalável e parte serviço na nuvem. Assim, é natural que o Outlook ganhe sua versão na web também. E não faria sentido manter dois serviços de webmail com nomes diferentes. Logo, adeus Hotmail.

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