30 coisas que os smartphones estão matando
Com a popularização dos smartphones, objetos e serviços do mundo estão, pouco a pouco, se tornando obsoletos na sociedade
Victor Caputo
Publicado em 14 de abril de 2014 às 06h00.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 15h14.
São Paulo – Desde a chegada dos smartphones no mercado, muito mudou. Com suas funcionalidades, parte dos serviços que existiam antes estão sendo deixados de lado. Aos poucos, os smartphones estão conquistando o mundo e empurrando outros aparelhos e serviços para a margem. Se antes era normal andar com um celular e uma câmera compacta, agora elas estão renegadas a poucos usuários. A lista a seguir mostra algumas das coisas que estão se tornando obsoletas por causa dos smartphones. Não que elas não sejam mais usadas, mas se tornaram produtos de nicho ou de pouco uso.
Muitos smartphones têm um GPS embutido. Andar com um aparelho só para navegação dentro do carro está acabando. Aplicativos como o Waze ou o Google Maps são capazes de fazer as mesmas tarefas (e outras antes impossíveis) que o GPS. Para viajar ou mesmo andar dentro da mesma cidade, hoje é mais fácil fazer a navegação usando o smartphone do que usar um GPS.
Os rádios Walkie Talkie eram uma forma de comunicação útil antes do smartphone. O contato por rádio fazia com que a comunicação não fosse cobrada a cada ligação. A mesma estratégia foi aplicada em aplicativos de smartphone. Ligações usando a rede 3G não sofrem nenhuma cobrança extra. Alguns aplicativos inclusive imitam os Walk Talks, gravando curtas mensagens e as enviando a outros usuários.
A Apple revolucionou o mercado da música com seu iPod e o iTunes. Nos últimos anos, no entanto, as vendas do iPod estão caindo tanto que muito se fala sobre a Apple descontinuar o iPod clássico. Outros modelos de tocadores de MP3 praticamente desapareceram do mercado. Os smartphones não somente carregam músicas dentro de si, como também podem ter aplicativos como Rdio e o Spotify. A conexão 3G e 4G baixa músicas instantaneamente e as toca sem que seja preciso armazená-las dentro do aparelho.
Você precisa fazer uma ligação urgente. É preciso ter fichas ou cartão e ainda encontrar um orelhão. Não se um smartphone estiver no bolso. Os orelhões já foram sinal de comunicação móvel (ou não tão móvel assim). Hoje, são usados por poucas pessoas em momentos muito específicos.
O uso de telefone fixo está diminuindo mundialmente. No Brasil, de acordo com uma pesquisa do IPEA, 45,6% dos domicílios não utilizam telefone fixo. Os motivos para isso são a falta de necessidade e a substituição por linhas móveis. No Estado de Nova York, nos Estados Unidos, o número de assinantes de telefones fixos caiu 55% desde 2000.
Bloco de anotações e caneta no bolso são coisas do passado. Com um smartphone, é possível fazer anotações simples, sincronizar seu conteúdo entre diversos aparelhos ou mesmo compartilhar o conteúdo com outras pessoas. Apps como o Evernote ainda deixar que o usuário faça anotações usando os dedos, ao invés de escrever com o teclado. Desenhos e esboços rápidos são tarefas simples.
Os guias de ruas para grandes cidades já foram de grande ajuda. Hoje, qualquer aplicativo de smartphone pode substituí-los. O Google Maps é capaz de encontrar ruas em qualquer cidade do mundo. Ele ainda pode ser usado para mostrar o caminho de um ponto ao outro analisando o trânsito em tempo real.
A Nintendo ganhou um grande mercado com o lançamento do seu primeiro videogame portátil, o GameBoy. Hoje, para se divertir de maneira rápida, é só baixar um joguinho no smartphone. O mundo foi conquistado por games como Angry Birds ou Flappy Bird.
Relógio cabeceira da cama e na hora de acordar ele liga logo na sua rádio preferida. Sim, o rádio relógio também foi aposentado pelos smartphones. Além de ter a hora na tela principal, é possível programar alarmes (sim, diversos deles) com o gadget. Dias da semana, soneca, repetições, tudo pode ser escolhido. Sem contar que dá para escolher a sua música preferida e evitar acordar de mau humor por causa de alguma canção ruim.
Qualquer smartphone hoje vem com uma calculadora integrada. Elas são extremamente úteis para momentos como a fila do banco ou a divisão da conta de um restaurante. Alguns aplicativos trazem inclusive funções avançadas de cálculos disponíveis apenas em calculadores científicas.
Os tocadores de DVD portáteis eram bem práticos. Distrair crianças ou mesmo fazer uma viagem curta sem ficar entediado eram momentos no quais eles se encaixavam muito bem. Mas, convenhamos, eram grandes trambolhos se comparados com um smartphone. Neles, é possível colocar vídeos ou mesmo assistir a filmes no Netflix ou YouTube.
Precisando de um pouco de luz para andar dentro de casa quando a energia acabou? Antes uma lanterna compacta era de grande ajuda para isso. Hoje, aplicativos de smartphone são capazes de ligar o flash para que ele seja usado para iluminar locais não muito grandes.
Antes, para se conseguir um táxi era preciso saber o ponto mais próximo ou vagar pelas ruas até um disponível passar. Aplicativos como Taxi Beat e 99 Taxis estão mudando a forma como se pega um táxi. Para o consumidor, o ponto faz menos sentido: com um app a espera é menor e a comodidade maior.
Nem mesmo o velho rádio passou ileso pelo smartphone. Alguns modelos são capazes de captar as ondas e sintonizar nas frequências desejadas. Outros vão ainda mais longe, como o TuneIn Radio. Com eles é possível se conectar a rádios online ou mesmo ouvir a podcasts pelo smartphone.
Um serviço útil no passado era a previsão do tempo por telefone. Bastava discar 132 de uma linha para ouvir se iria chover ou qual era a temperatura máxima. Boa parte dos smartphones coloca a previsão do tempo na tela inicial do aparelho. Diversos aplicativos têm foco nesse serviço e apresentam as informações em um visual bem caprichado.
Antes de visitar uma nova cidade ou país, nada melhor do que conhecê-lo bem. Esse era um nicho bem aproveitado pelos guias de viagens. Agora, serviços online disponibilizam mais informações do que se podia imaginar. Alguns, como TripAdvisor, têm aplicativos especiais. Estando na cidade, é possível acessar informações sobre locais dos quais se esteja perto e ver qual a cotação que outros viajantes deram para restaurantes e hotéis.
Uma agenda ou calendário precisava durar o ano todo. Lá para outubro, a capa já estava meio capenga e algumas páginas começavam a se desprender. Anotar datas e compromissos ficou muito mais simples com os smartphones. Não é necessário ficar olhando toda manhã, eles podem mostrar notificações quando algum compromisso estiver chegando ou quando for aniversário de alguém.
A bússola era uma boa maneira para navegar por lugares. Se o ponto final fica para leste da posição, basta andar para lá. Alguns smartphones, como o iPhone, trazem bússolas embutidas que podem ser acessadas por um aplicativo. Serviços de mapas podem mostrar a localização exata onde a pessoa se encontra. Os vendedores de bússolas devem ter enfrentado tempos ruins na última década.
Hoje somos muito menos dependentes das agências bancárias do que antes. Não é preciso entrar em bancos para tarefas simples como consultar o extrato ou fazer transferências. Em três anos, por exemplo, o número de clientes usando o aplicativo do banco Itaú cresceu 750%.
Para os músicos que não são capazes de afinar um instrumento de ouvido, os afinadores sempre foram uma mão na roda. Mas eles estão perdendo espaço para os smartphones de um tempo para cá. Muito apps são capazes de fazer os ajustes de notas para violões, guitarras e baixos.
Outro objeto que ajuda muito quem se diverte com música são os metrônomos, para a marcação de tempo. Os mais tradicionais usam um pequeno peso para fazer um pedaço de ferro balançar de um lado por outro em um ritmo constante. Baixando um programinha no celular, é possível ter a mesma marcação de maneira muito mais simples.
Era sempre a mesma história. Antes de sair para o supermercado era preciso escrever todos os itens que se precisava. Deixar a lista em casa era pedir para voltar antes do desejado. Com os apps de anotações dos smartphones, fazer a lista ficou mais fácil. Sem falar que as chances de esquecer o celular em casa são muito mais remotas do que um pedacinho de papel.
O scanner era a melhor opção para se conseguir mandar uma imagem de um documento para outra pessoa. Com as câmeras de smartphones hoje é muito mais prático usá-los para captar uma imagem de um documento do que ter um aparelho apenas com essa função. Alguns aplicativos, como o CamScanner, até simulam a função de um scanner, dando opções de formato para salvar a imagem.
Quem gosta de velejar por hobbie sabe a importância de uma tábua de marés. Aplicativos disponíveis nas lojas da Apple e de Android já fazem o trabalho delas. É possível baixar aplicativos com as informações sobre as marés para diferentes localizações.
Os contadores de passos sempre foram úteis para quem gostar de controlar a saúde e os exercícios físicos. Essa contagem, no entanto, ficou bem mais simples recentemente. Alguns smartphones são capazes de fazer isso com aplicativos nativos (como o app de saúde da Samsung). Diversos aplicativos com a mesma função podem ser encontrados nas lojas de apps para Android e iPhone.
Para quem pratica exercícios físicos, manter o controle de batimentos cardíacos é algo importante. Principalmente depois de um exercício—medições imediatamente após o exercício, além de outras esporádicas para ver em quanto tempo o ritmo volta ao nível normal. Aplicativos especializados estão disponíveis nas lojas de app. O Galaxy S5, por sinal, virá com um medidor integrado na parte traseira do smartphone.