Tecnologia

1ª versão do Android O para desenvolvedores promete mais bateria

O novo sistema operacional do Google também promete um sistema de notificações bem interessante

Android O: a primeira versão é voltada para quem quer desenvolver o novo sistema operacional do Google (Google/Divulgação)

Android O: a primeira versão é voltada para quem quer desenvolver o novo sistema operacional do Google (Google/Divulgação)

Marina Demartini

Marina Demartini

Publicado em 22 de março de 2017 às 05h55.

Última atualização em 22 de março de 2017 às 10h19.

São Paulo – Com o codinome misterioso de “O”, a primeira versão do Android para desenvolvedores foi liberada nesta semana pelo Google. Este é o segundo ano consecutivo que a empresa oferece uma prévia do novo sistema para usuários que tenham interesse em desenvolver aplicações.

Uma versão para desenvolvedores significa que o Android O ainda não está disponível para as pessoas que querem apenas experimentar o sistema. Na realidade, se você é um usuário comum, é melhor não baixar o pacote do novo Android. Isso porque o sistema ainda está instável e pode travar o seu smartphone.

Você deve estar se perguntando: “Então, para que serve esta versão?” Simples: com ela, temos a chance de ver novos recursos que podem estar no sistema quando ele for lançado ainda neste ano. Para os desenvolvedores, esse software serve para otimizar seus aplicativos para a nova geração do Android.

Um dos focos da empresa com o novo sistema é, segundo um comunicado no blog dos desenvolvedores do Android, gerenciar o que os apps podem fazer em segundo plano. Com isso, o Google espera garantir uma longa vida útil para a bateria dos smartphones.

“Nós colocamos limites automáticos adicionais sobre o que as aplicações podem fazer em segundo plano em três áreas principais: transmissões implícitas, serviços em segundo plano e atualizações de localização”, disse Dave Burke, vice-presidente de engenharia do Android, na publicação.

Outra novidade do Android O são os “canais de notificação”. Com essa ferramenta, os desenvolvedores poderão agrupar notificações de aplicativos em grupos. Por exemplo, se a pessoa tem um app de notícias, ela poderá dividir as notificações por temas, como tecnologia e ciência. A ideia é bacana, já que o usuário não irá mais receber informações sobre notícias das quais ele não se interessa.

Além disso, segundo o documento do Google para os desenvolvedores, as notificações poderão ser adiadas para que sejam visualizadas mais tarde. É um recurso bem similar ao que já existe em muitos serviços de e-mail.

Outros recursos

Uso da bateria e notificações são as melhorias mais interessante que pudemos observar no Android O. Porém, elas não são as únicas novidades. Os ícones do novo sistema também não precisarão ter uma forma padrão. Agora, o desenvolvedor tem a possibilidade de criar atalhos para as aplicações com visuais variados, como você pode ver abaixo.

Segurança. O Google também quer tornar mais seguros o login de serviços dentro do Android. As APIs de preenchimento automático, usadas por gerenciadores de senha, podem ser executadas dentro de apps de redes sociais e navegadores. APIs de linguagem Java, incluindo a API java.time, introduzida na versão mais recente do Java 8, também poderão ser usadas no Android O. 

PCs. Chromebooks e aparelhos com Chrome OS serão beneficiados com uma otimização do teclado. Afinal, com o Android O, o usuário poderá navegar no computador pelas setas direcionais e a tecla “Tab”.

Picture-in-picture. Outro recurso que também deve ser bem utilizado nesses notebooks são os aplicativos de vídeos do novo sistema. Eles têm um modo de “imagem em imagem” (picture-in-picture), que permite que um vídeo continue a ser reproduzido depois que o usuário abre outro aplicativo. A ideia é semelhante ao recurso do YouTube em que, ao pressionar o botão “voltar”, a pessoa continua a assistir ao vídeo em uma tela menor.

Ademais, foram acrescentados codecs para a reprodução de áudio de alta qualidade via Bluetooth e para a comunicação de gadgets via internet sem fio, mesmo que não haja a conexão com um ponto de acesso.

Como testar. Os desenvolvedores podem testar o Android O em um emulador de desktop ou em um dos seguintes dispositivos: Nexus 5X, Nexus 6P, Nexus Player, Pixel, Pixel XL e Pixel C. Vale lembrar, que não é garantido que qualquer mudança feita neste preview aparecerá na versão final do sistema.

Como no ano passado, o Google promete que irá revelar mais informações sobre o Android durante a sua conferência de desenvolvedores, o Google I/O, em maio. Se a empresa seguir o mesmo cronograma de lançamento de 2016, provavelmente, veremos os primeiros aparelhos com o Android O apenas em outubro.

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