Fellipe Melo, CEO do More Ipanema Hostel: paulista prepara nova unidade no Leblon para 2026 (More Ipanema Hostel/Divulgação)
Repórter
Publicado em 18 de dezembro de 2025 às 06h00.
Uma caipirinha grátis, todo dia, às 20h30. É assim que começa a noite no More Ipanema Hostel, quando os hóspedes se reúnem para o momento de integração. A bebida é só o ponto de partida de uma programação que inclui trilhas, festas temáticas e até tour no Maracanã com transporte e guia em inglês. Além da cama e do café, a proposta do hostel é vender a experiência carioca para turistas de dentro e fora do Brasil. Segundo o CEO Fellipe Melo, 87% dos hóspedes são estrangeiros. O sentimento entre eles costuma ser semelhante: a vontade de conhecer o Rio é imensa, mas o sentimento de insegurança gera um receio em explorar a cidade. Por isso, o hostel já vem com a solução. A diária — cerca de 150 reais para quarto compartilhado e 800 reais para suítes, e os valores podem aumentar até dez vezes no Carnaval — inclui dois a três passeios por dia. Aula de funk, receita de brigadeiro, pub crawl, samba na Pedra do Sal e jogo de vôlei na praia são algumas das atividades oferecidas.
Com carreira no mercado financeiro, Melo trocou o banco pelo empreendedorismo em 2016, apostando em um modelo considerado de “baixo risco” — hospedagem, com alta demanda e estabilidade operacional. “Abri um dia antes das Olimpíadas. Chegou gente do mundo inteiro”, lembra o paulista. Eventualmente, ele percebeu que só oferecer alojamento não bastava. Era necessária uma proposta mais próxima da rotina real da cidade. Hoje, o More opera duas unidades em Ipanema, uma nos Jardins, em São Paulo, e se prepara para inaugurar uma quarta, no Leblon. Com capacidade total para mais ou menos 300 pessoas, o negócio deve encerrar o ano com 28 milhões de reais em faturamento, alta de 28%.
