Cantor (Abhishek Karnena / EyeEm/Getty Images)
A revista Rolling Stones divulgou nesta segunda-feira, 2, uma lista com os 200 maiores cantores da história. Três ícones da MPB estão entre eles: Caetano Veloso, João Gilberto e Gal Costa, que faleceu recentemente vítima de uma cirurgia de um nódulo na fossa nasal.
Entre os três cantores, o melhor colocado foi João Gilberto, que ficou na 81ª posição. A revista exaltou Gilberto como expoente de um dos movimentos culturais mais poderosos que surgiram na América Latina. "A bossa nova contou com três arquitetos fundadores: Antônio Carlos Jobim foi o compositor, Vinicius de Moraes o letrista e João Gilberto seu discreto cantor e violonista."
Já para Gal Costa, que ficou na 90ª posição, a revista classificou a cantora como "Midas" da música.
"Em 1971, Gal Costa gravou “Sua Estupidez”, uma balada sentimental do cantor pop Roberto Carlos, e a transformou em uma declaração de partir o coração de beleza e arrependimento. Tal era o poder transformador de sua voz. Como uma luminosa rainha Midas, a diva baiana transformava em ouro tudo o que tocava: tropicália de olhos arregalados (“Baby”, clássico brasileiro do final dos anos 60), samba-rock sexy (“Flor de Maracujá”), frevo carnavalesco exuberante ( “Festa Do Interior”) e bossa funkificada (sua leitura de 1979 do padrão “Estrada do Sol” é tão exuberante e mística que beira o surreal).
Para Caetano Veloso, na 108ª posição, a revista o classificou como o "Dylan brasileiro": O principal cantor e compositor do Brasil, o equivalente nacional de Dylan, um roqueiro revolucionário com uma forte inclinação literária, Caetano Veloso é um artista mestre, sua rebarba aveludada e inteligência palpável dando uma onda - especialmente - quando ele está deitado e murmurando. Mas ele também é encantador quando acelera o ritmo e lança gritos e trinados emocionantes - e ele transmite tudo isso em inglês e também em português do Brasil. “Acho que o que é difícil para nós do Norte aceitar é que alguém pode ser radical politicamente, culturalmente e musicalmente e, ainda assim, ser romântico e amar uma bela e sensual melodia”, observou David Byrne em 1999. “Caetano pode puxar isso fora.”
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