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Remy Sharp
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Nesta segunda-feira, a página inicial do Google destaca o Doodle da artista nipo-brasileira Tomie Ohtake, como homenagem aos seus 110 anos.

Até hoje ela é considerada uma das representantes do abstracionismo informal, movimento artístico que consiste na criação de formas livres e expressão de sentimentos e emoções. Dentro deste universo, as obras de Tomie são conhecidas pelas esculturas, gravuras e pinturas com cores primárias.

Quem foi Tomie Ohtake?

Tomie Ohtake nasceu em 21 de novembro de 1913, em Quioto, no Japão. Ela mudou para o Brasil em 1936, e decidiu fazer de São Paulo sua residência permanente.

Diferente de muitos artistas de sua geração, a imigrante descobriu sua paixão pelas artes plásticas aos 40 anos e passou a se dedicar às pinturas. Sua paixão foi expressada pelo uso de cores primárias e tons fortes, com o objetivo de emocionar os expectadores.

Após conquistar os brasileiros, Tomie se tornou uma das principais referências da arte moderna e inspirou as gerações posteriores. Ela ficou conhecida também como a "dama das artes plásticas brasileiras".

A artista morreu em 12 de fevereiro de 2015, aos 101 anos, na capital paulista, depois de sofrer um choque séptico provocado por broncopneumonia. Tomie era mãe de Ricardo, diretor do Instituto Tomie Ohtake, e Ruy Ohtake, renomado arquiteto e designer paulistano.

Estilo de Tomie Ohtake

O estilo de Tomie Ohtake a colocou em um patamar especial no panorama artístico brasileiro, durante um período em que muitos artistas preferiam uma abordagem mais precisa e formal. Ao fugir dos padrões, a nipo-brasileira dedicou-se à criação de formas abstratas e geométricas com uma abordagem deliberadamente imperfeita, fazendo uso marcante de cores primárias.

Ao longo de sua carreira, Tomie realizou uma série de exposições individuais e coletivas, recebendo reconhecimento através de inúmeros prêmios por suas obras.

Além de seu trabalho em telas, sua contribuição artística expandiu-se para além desses formatos. A artista também se destacou por promover a arte pública, concebendo instalações de grande escala em várias cidades. Exemplos notáveis incluem o monumento comemorativo dos 80 anos da Imigração Japonesa (2017) localizado na avenida 23 de Maio, em São Paulo, e o Monumento Tomie Ohtake (2004) em Ipatinga, Minas Gerais.

As principais obras de Tomie Ohtake em São Paulo

  • Ladeira da Memória, no Anhangabaú
  • Monumento à Imigração Japonesa, na Avenida 23 de Maio
  • Instituto de Estudos Brasileiros, na Universidade de São Paulo
  • Painel em tapeçaria, auditório do Memorial da América Latina
  • Escultura 100 anos da Imigração Japonesa, no Aeroporto de Cumbica
  • Painel Outono, de "As Quatro Estações", do metrô Consolação
  • Ondas Vermelhas de Gesso, no Auditório do Ibirapuera
  • Escultura Ultramarino, no MAC-USP
  • Monumento Tomie Ohtake, na Praia José Menino, em Santos
  • Painel Reflexo D'Água, no Sesc Vila Mariana

Créditos

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