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Greve em Hollywood: sindicato dos roteiristas entra em acordo provisório com estúdios e streamings

Após dias consecutivos de negociações, as partes chegaram a um acordo provisório de três anos

WGA: As votações dos líderes da greve devem acontecer pelos próximos dias (Allen J. Schaben/Getty Images)
Antonio Souza

Repórter da Home e Esportes

Publicado em 25 de setembro de 2023 às 10h20.

Última atualização em 25 de setembro de 2023 às 10h25.

O Sindicato dos Roteiristas (WGA) e os estúdios de Hollywood e plataformas de streaming chegaram a um acordo provisório sobre um novo contrato, que pode por fim de uma greve histórica de 146 dias . A informação foi confirmada pelo portal The Hollywood Reporter, neste domingo, 24.

Por e-mail, o WGA enviou aos grevistas: "Chegamos a um acordo provisório sobre um novo MBA para 2023, o que significa um acordo de princípio sobre todos os pontos do acordo, sujeito à elaboração da linguagem final do contrato. Podemos dizer, com grande orgulho, que este acordo é excepcional – com ganhos e proteções significativos para escritores em todos os setores da associação.”

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Após dias consecutivos de negociações, as partes chegaram a um acordo provisório de três anos, que precisará ter o aval dos membros do WGA. Os detalhes do acordo, que afeta cerca de 11.500 roteiristas, devem surgir nos próximos dias, à medida que o sindicato busca convencer seus membros.

As votações dos líderes da greve devem acontecer pelos próximos dias. O sindicato fez um pedido para que ninguém regresse ao trabalho até que o WGA dê luz verde.

Por que os roteiristas de Hollywood estão em greve?

Em um comunicado, os profissionais explicaram que a decisão de paralisação das atividades foi tomada durante as negociações salariais da categoria com os principais conglomerados de entretenimento. Entre as principais reivindicações dos trabalhadores estão a falta de ajustes dos salários em relação à inflação, determinação das empresas por séries de televisão com temporadas mais curtas e, principalmente, a falta de pagamento por ganhos residuais com as produções.

Os reclamantes também demonstraram descontentamento com o interesse das companhias de entretenimento em Inteligência Artificial (IA). Eles pedem pela regulamentação do uso dessa tecnologia em produções. Por outro lado, o sindicato reivindica legislação para que IA não seja usada para escrever ou adaptar qualquer material. Já a AMPTP quer reuniões anuais para debater os limites do uso deste recurso na produção de filmes e séries.

Os movimentos contrários às decisões dos grandes estúdios começou em maio e, consequentemente, vários projetos de estúdios dos Estados Unidos estão temporariamente suspensos até a conclusão dos acordos para redefinição dos contratos.

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