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EXCLUSIVO: Prime Video terá novas parcerias com até 5 canais esse ano

Em entrevista exclusiva à EXAME, head do estúdio para América Latina declarou que a Amazon quer ser o destino principal de entretenimento, com uma única assinatura

Amazon Prime Vídeo: como a empresa está investindo no catálogo nacional (Thiago Xavier/ Amazon Prime Vídeo/ Showcase/Divulgação)

Amazon Prime Vídeo: como a empresa está investindo no catálogo nacional (Thiago Xavier/ Amazon Prime Vídeo/ Showcase/Divulgação)

Luiza Vilela
Luiza Vilela

Repórter de POP

Publicado em 25 de abril de 2024 às 18h20.

Última atualização em 25 de abril de 2024 às 19h56.

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A guerra dos streamings já dá sinais de que vai ser mais acirrada até o fim de 2024 — e a tendência é que, cada vez mais, um serviço incorpore o outro. Pelo menos foi o que disse Paulo Koelle, Head do Prime Video para a América Latina, em entrevista à EXAME. O serviço de streaming da Amazon pretende acrescentar mais quatro ou cinco canais em sua loja até o final de 2024.

O streaming está virando TV? As mudanças do mercado de entretenimento

"O serviço vai expandir neste ano ainda. Nós já temos planos esse ano para soltar pelo menos mais quatro ou cinco canais na loja. É um pouco cedo para falar porque ainda não estão no ponto de serem anunciados, mas estão próximos", disse o executivo após evento da marca para a imprensa, realizado na noite desta quarta-feira, 24.

Paulo Koelle, Head de Prime Video para a América Latina (Thiago Xavier/ Amazon Prime Vídeo/ Showcase/Divulgação)

Hoje, para além dos conteúdos exclusivos do Prime Video — que vão desde séries e filmes à transmissão de jogos de futebol ao vivo, novelas, conteúdo infantil e reality show —, a plataforma conta com 20 canais parceiros. Isso inclui canais de TV, como o Premiere e o Telecine, e vai até outros streamings, como a Max. Os parceiros ficam inseridos na plataforma da Amazon, mas assiná-los é uma opção do consumidor; cada um deles traz um valor a mais na assinatura.

"No fim, nossa visão de futuro é a de trazer uma gama maior de conteúdos em um ambiente diverso, com marcas diferentes, mas que possam ser acessadas com uma única senha", completa Louise Faleiros Garrido, Country Manager do Prime Video Brazil.

Uma senha, múltiplos canais

No mercado voraz de streamings, a diversidade tem sido atrativa para manter o assinante. E a oferta dos canais, na visão de Louise, é o principal ponto de diferença do Prime para as demais concorrentes.

"Poder assinar os outros serviços de streaming dentro do nosso serviço é uma estratégia que a gente enxerga como experiência para o consumidor, de consumir muito conteúdo diferente em um mesmo lugar. Ou seja, ele vai ter acesso à diversidade, mas pode fazer isso com uma única senha", explica ela.

Louise Faleiros, Country Manager do Prime Video (Thiago Xavier/ Amazon Prime Vídeo/ Showcase/Divulgação)

Mas a aquisição desses canais torna essa busca pela experiência "cômoda" bastante cara. A parceria mais recente da Prime Vídeo foi a MGM, que substituiu a Lionsgate+, antigo Starzplay. "Silêncio do Inocentes", "007: James Bond", "Star Trek", "2001: Uma Odisseia no Espaço" e sagas mais modernas, como "Crepúsculo" e "Jogos Vorazes", são alguns dos atrativos do novo canal. Trazer o catálogo da produtora para o serviço da Amazon custou à empresa cerca de US$ 8,45 bilhões.

A Max, antiga HBO Max, entrou para o catálogo do Prime Video em junho de 2023. O valor da transação não foi anunciado por nenhuma das duas empresas. Em fevereiro deste ano, a assinatura básica do serviço da Amazon, sem os canais, saiu de R$ 14,90 para R$ 19,90.

Mais de 200 milhões de assinantes

No showcase desta quarta-feira, a Amazon apresentou alguns números inéditos do Prime Video. Ashish Ajwani, Head de Ao Vivo/Linear & Operações da empresa, destacou que a plataforma já ultrapassou os 200 milhões de assinantes em todo o globo. Só no Brasil, a audiência média é de 20 milhões de pessoas por mês.

A produção nacional também se torna mais robusta. São mais de 35 títulos brasileiros originais Prime Video, frutos dos mais de R$ 5 bilhões em investimentos feitos pela Amazon no Brasil. Eles se adequam, em boa hora, à nova lei de regulamentação dos streamings, aprovada no Senado na última terça-feira, 16. O projeto segue para análise da Câmara dos Deputados e estabelece, entre outras demandas, cotas mínimas de produções brasileiras nos catálogos das plataformas.

"Estamos comprometidos a fazer conteúdo brasileiro de qualidade. E estamos fazendo isso pautados na demanda da audiência e no quanto eles estão interessados, mas é claro, quando novas regulamentações chegam, nós iremos nos adequar a elas", aponta Koelle.

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