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Esse estudo ofereceu R$ 8 mil para quem ficasse 8h sem usar o celular — o resultado foi um fracasso

Um estudo feito pelas principais universidades da Inglaterra revela que passamos, em média, mais de cinco horas conectados

8h sem celular: você conseguiria? (Freepik/Divulgação)

8h sem celular: você conseguiria? (Freepik/Divulgação)

Luiza Vilela
Luiza Vilela

Repórter de POP

Publicado em 4 de dezembro de 2024 às 08h08.

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Quantas horas por dia você passa no celular? Tornou-se um costume passar muito tempo em frente a tela — e nem perceber o quanto. Foi por isso que um estudo chinês feito por um comerciante em Chongqing quis testar o quanto as pessoas estão dispostas a deixar seus smartphones: ofereceu um total de R$ 8 mil para quem conseguisse ficar sem usá-los por pelo menos oito horas.

A competição, vale dizer, não consistia somente em não usar o smartphone. Era necessário também se entregar por completo ao ócio: os participantes tinham que ficar deitados, sem realizar atividades como ler, assistir filmes ou dormir. Um dispositivo de monitoramento também registrou os níveis de ansiedade dos candidatos, para garantir que ninguém passasse por estresse excessivo durante o desafio.

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O resultado foi um tremendo fracasso: dos 10 participantes selecionados, apenas uma pessoa conseguiu cumprir a tarefa. A vencedora, que apareceu de pijama, ressaltou que a verdadeira dificuldade do teste reside na incapacidade de se desconectar, mesmo diante de uma recompensa financeira substancial.

Estamos viciados — e nem percebemos o quanto

O resultado do experimento chinês reflete uma tendência mais ampla observada globalmente: estamos cada vez mais dependentes dos nossos smartphones. Um estudo feito pelas universidades de Nottingham Trent, Lancaster, Lincoln e West of England mostra que as pessoas passam, em média, cinco horas com o dispositivo em mãos — e o verificam pelo menos 85 vezes ao dia.

Fatores como o uso de aplicativos viciantes, o isolamento social durante a pandemia e a necessidade constante de manter-se conectado colaboram para o aumento do uso que, por vezes, tornam os usuários em pessoas hiperconectadas e ansiosas. Os provedores de sistemas operacionais para smartphones e as redes sociais têm trabalhado, inclusive, em estratégias para reduzir a utilização dos aparelhos.

O Instagram, por exemplo, já até estabeleceu limites personalizados pelo usuário para dar uma pausa no uso. O mesmo vale para o TikTok, que além de pedir uma senha para liberar o conteúdo após um tempo pré-determinado, também coloca vídeos na For You Page que avisam, de maneira leve e descontraída, quando o espectador já está ali por muito tempo.

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