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Escudo magnético que protege a Terra de chuvas cósmicas está enfraquecendo, mostra estudo

Pesquisa aponta que o enfraquecimento do campo magnético sobre a América do Norte pode aumentar a exposição à radiação e afetar o clima e a comunicação em todo o planeta

A movimentação dos polos magnéticos e o enfraquecimento do campo sobre a América do Norte são monitorados de perto por cientistas, (Freepik)
Luiza Vilela

Repórter de POP

Publicado em 8 de novembro de 2024 às 10h05.

Um estudo conduzido pelo governo chinês detectou um desgaste no escudo magnético da Terra que pode ser prejudicial para o meio ambiente e para a vida no planeta. Segundo o South China Moning Post, o campo magnético, uma proteção natural do planeta de demais detritos do universo e chuvas cósmicas, está perdendo força rapidamente sobre a América do Norte. Nas regiões da China, África e Oceano Atlântico, no entanto, ele está se fortalecendo.

As causas do fenômeno ainda são estudadas por especialistas, mas a principal teoria é de que o enfraquecimento esteja relacionado ao deslocamento dos polos magnéticos,que vêm se movendo do hemisfério ocidental para o oriental.

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O que é o escudo magnético da Terra?

O campo magnético terrestre atua como uma "barreira", essencial contra radiações cósmicas, que protege a vida no planeta e a estabilidade do meio ambiente. O enfraquecimento dele, segundo cientistas, pode aumentar a exposição à radiação solar e potencializar eventos naturais destrutivos, como secas e furacões.

Além do impacto ambiental, o campo magnético é um recurso estratégico para áreas como comunicação, defesa e exploração espacial. Militares e cientistas o utilizam para tecnologias que vão desde comunicação de longa distância e radar até a proteção de satélites contra tempestades solares.

Sem esse “escudo”, satélites e espaçonaves ficam mais vulneráveis a danos causados por atividades solares. Há um risco maior, também, de falhas em mísseis que dependem da navegação por campo magnético.

Mudanças no planeta e novos marcos científicos

Não é a primeira vez que a Ciência registra o enfraquecimento do escudo magnético da Terra. Outros períodos históricos com baixa intensidade geomagnética mostram como o planeta se comportou, bem como a humanidade. Nas antigas civilizações Maia e Persa, as mudanças climáticas e ambientais mais significativas estão relacionadas à falta de força do campo magnético e pode ter sido um dos agentes causadores - entre outros políticos-sociais - do declínio dessas sociedades.

No século passado, mostra o estudo chinês, o polo magnético do hemisfério norte movia-se lentamente, a uma média de 10 km por ano. Após o ano 2000, por outro lado, a velocidade desse movimento aumentou drasticamente para 50 km anuais, o que altera o equilíbrio do campo magnético em escala global.

Agências espaciais de diversos países acompanham atentamente o desenvolvimento dessas anomalias magnéticas, especialmente em áreas críticas como o Atlântico Sul, onde o campo magnético é mais fraco.

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