Leslie Van Houten: integrante da "Família Manson" pode responder em liberdade. (Bettmann/Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 11 de julho de 2023 às 15h21.
Leslie Van Houten, integrante da "Família Manson", condenada por dois assassinatos, poderá sair da prisão em poucas semanas, segundo informações do advogado de Houten. Seguidora de Charles Manson passou mais de cinco décadas na prisão e estaria próxima de uma liberdade condicional, o que iria contra uma decisão do governador do estado da Califórnia.
Van Houten recebeu liberdade condicional após uma decisão da Suprema Corte estadual. O governador tinha até esta segunda-feira, 10, para entrar com uma contestação sobre a decisão.
Van Houten está cumprindo uma sentença de prisão perpétua depois de ser condenada junto com outros membros da seita de Manson pelos assassinatos de Leno e Rosemary LaBianca em 1969 em Los Angeles.
Um júri condenou Van Houten em 1971 por duas acusações de assassinato em primeiro grau e uma acusação de conspiração para cometer assassinato. Inicialmente ela havia sido condenada à morte, mas a decisão foi anulada e ela passou 52 anos na prisão estadual.
Ela teve 23 audiências perante o Conselho de Liberdade Condicional. O painel recomendou que Van Houten recebesse liberdade condicional cinco vezes desde 2016, de acordo com o Departamento Estadual de Correções e Reabilitação. O governador do estado conseguiu reverter a concessão de liberdade condicional de Van Houten três vezes. Antes dele, o governador anterior também tinha tomado decisões na mesma linha.
Em agosto de 1969, Manson e o membro do culto Charles “Tex” Watson entraram na casa de LaBianca e amarraram o casal. Manson então foi até um carro e disse a Van Houten e outra pessoa para entrar e seguir as instruções de Watson, de acordo com os registros do tribunal. Watson disse a eles para matar Rosemary, e Watson matou Leno.
Um dia antes de os LaBiancas serem mortos, Watson e outros membros do culto, mas não Van Houten, mataram a atriz Sharon Tate em sua própria casa. Manson, cumprindo prisão perpétua, morreu em um hospital em 2017. Watson está cumprindo prisão perpétua.
Nancy Tetreault, adovogada de Van Houten, disse que ela não representa mais uma ameaça para a sociedade. "Ela tem trabalhado em sua reabilitação e está em terapia há décadas", afirmou.
Tetreault não disse onde Van Houten planeja morar quando ela estiver em liberdade condicional. Van Houten terá um prazo máximo de liberdade condicional de três anos com uma revisão de liberdade condicional após um ano.