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Carnaval de SP 2024: Bloco Tarado Ni Você prevê 100 mil foliões em celebração de seus 10 anos

Com o tema "A Grande Cobra Coral Encantada", o evento homenageia o legado do cantor Caetano Veloso

Multidão segue bloco Tarado Ni Você na região da avenida Paulista, em São Paulo (Carlos Alkmin/Getty Images)

Multidão segue bloco Tarado Ni Você na região da avenida Paulista, em São Paulo (Carlos Alkmin/Getty Images)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 10 de fevereiro de 2024 às 11h30.

O bloco Tarado Ni Você abriu os caminhos do carnaval de São Paulo na manhã deste sábado, 10, com a promessa de reunir 100 mil foliões pelas ruas do centro da capital paulista. Com o tema "A Grande Cobra Coral Encantada", o evento homenageia o legado do cantor Caetano Veloso.

Raphaela Barcalla, fundadora do bloco, explica que a escolha do tema foi justamente para representar a renovação do evento, que celebra 10 anos de história. "A cobra coral é um ser que troca de pele. Cada década traz uma transformação e estamos nesse momento de mudança, com nova banda, um novo ano, é um recomeço".

Os novos ares começaram antes mesmo do dia do desfile. Raphaela explica que 2024 foi um ano excepcionalmente desafiador para a organização. "Nunca tivemos tanta dificuldade de patrocínio desde o terceiro ano do bloco. As marcas ficaram esperando quem seria o patrocinador oficial da cidade e isso saiu menos de um mês antes do carnaval. Então, elas preferiram apoiar eventos fechados, mas conseguimos levar adiante", disse.

Como o Estadão mostrou, o carnaval de rua de 2024 teve um número de inscritos inferior em relação ao pré-pandemia. Mas os desafios que antecederam o evento não refletiram no Tarado Ni Você. O público começou a se reunir antes mesmo da concentração do bloco, marcada para às 9h, com o intuito de conseguir lugar próximo ao trio.

Esse é o caso Rafaela Marques, de 31 anos. A professora frequenta o Tarado Ni Você desde 2022 e explica que, além do repertório de Caetano Veloso, o maior atrativo do evento, para ela, é a presença de uma banda de músicos.

"São Paulo é muito carente de bloco com música ao vivo. E esse é o diferencial daqui. A energia é muito melhor e, além disso, sentimos que estamos em casa, porque sabemos que a organização também é feita por pessoas LGBTQIAPN+ e aliados", explica.

Rafael Hermés, de 29 anos, também é frequentador assíduo do evento, mas reitera que, com o passar dos anos, desenvolveu estratégias diferentes para curtir o bloco com segurança.

"A maturidade traz sabedoria. Hoje em dia, como aqui enche muito eu venho com duas pochetes, guardo o celular dentro da roupa. Para conseguir ficar até o final, a dica é hidratação e ter um remedinho pra ressaca", comenta o professor.

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