Companhias Áreas: “Se você tiver o Apple Pay, terá até o dinheiro agora”, disse a comissária de bordo, segundo Aten (Delta Air Lines/Divulgação)
André Martins
Publicado em 5 de julho de 2022 às 09h29.
A empresa aérea Delta Air Lines ofereceu US$ 10 mil, cerca de R$ 50 mil, para cada passageiro que aceitasse trocar de voo no trecho Michigan para Minneapolis, nos Estados Unidos.
Segundo o colunista da revista Inc. Jason Aten, a companhia anunciou no portão de embarque que estava procurando oito voluntários para trocar de voo e pagaria por isso. “Se você tiver o Apple Pay, terá até o dinheiro agora”, disse a comissária de bordo, segundo Aten. Ele afirmou em seu relato que foi a primeira vez que viu isso acontecer.
On @Delta flight from GRR to MSP and they just offered $10,000 for people to give up their seats.…
Ten. Thousand. Dollars.
— Jason Aten (@JasonAten) June 27, 2022
Outro passageiro reforçou o relato de Aten. Todd McCrumb disse em entrevista ao portal Fortune e em seu perfil do Twitter que também estava nesse voo. Ele contou que ofereceram primeiro o valor de US$ 5 mil e aumentaram a oferta quando as pessoas não estavam aceitando. O caso aconteceu no dia 27 de junho.
Questionada pelo Business Insider sobre a oferta para que passageiros trocassem de voo, o porta-voz da Delta não confirmou e nem negou o caso. “A capacidade de fornecer compensação em voos completos fortalece os esforços de nossos funcionários para cuidar dos clientes e entregar as aeronaves a tempo”, afirmou em nota.
De acordo com relatórios da Delta de 2017, a companhia já havia definido que poderia pagar até US$ 10 mil para passageiros de voos com excesso de passageiro. A companhia anunciou na última terça-feira, 28, que os clientes poderia alterar seus voos sem pagar taxas extras. O CEO pediu desculpas pelos recentes atrasos.
Desde de o dia 29 de maio, considerado o início da temporada de viagens de verão nos Estados Unidos, a Delta já cancelou 4% de seus voos, segundo dados da FlightAware, empresa que fornece dados de voos em tempo real.
O caso raro acontece em meio à temporada de viagens de verão no Estados Unidos. À medida que a demanda voltou os níveis pré-pandemia, os passageiros enfrentam atrasos e cancelamentos. As companhias áreas lidam com falta de pessoal e mau tempo.
A Europa também enfrenta crise nos aeroportos pela greve de tripulantes das companhias aéreas Ryanair e EasyJet. No último sábado, 2, 15 voos foram cancelados e 175 foram adiados em Paris e Madri.
A mobilização da Ryanair e da EasyJet em Madri, duas companhias aéreas de baixo custo, para exigir melhores salários e condições de trabalho coincidiu com o final do ano letivo na Europa e as férias de verão. O sindicato dos trabalhadores da Ryanair promete paralisações de 12 a 15 de julho, de 18 a 21 de julho e de 25 a 28 de julho em dez aeroportos espanhóis em que a empresa irlandesa opera.
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