Tadeu Schmidt: apresentador estará de volta para a edição de 2024 (TV Globo/Reprodução)
Repórter
Publicado em 25 de agosto de 2023 às 13h10.
Última atualização em 25 de agosto de 2023 às 13h11.
O Big Brother Brasil está tentando escapar do próprio Paredão. Após duas edições com quedas na audiência — e duas vitórias questionadas por boa parte do público —, a Globo anunciou em evento privado algumas mudanças na principal dinâmica que envolve o público: a votação.
Durante o Conexão Liderança 2023 que, segundo o colunista Lucas Pasin do Splash Uol, conta com cerca de 400 convidados do alto escalão da emissora, o diretor Boninho e o apresentador Tadeu Schmidt foram ao palco para falar da próxima edição do BBB. A partir do ano que vem, a votação do Paredão deve ter duas novidades: voto único por CPF e, pelo menos na primeira parte do programa, a decisão será qual participante o público quer salvar, e não eliminar.
Salvar, e não eliminar, tem diferença. Escolher algum participante para eliminar envolve votar com "sangue nos olhos": "eu não quero que essa pessoa ganhe um prêmio de R$ 1,5 milhão". Agora, salvar significa justamente lutar para seus favoritos continuarem no programa — e, de quebra, também garante que aqueles participantes que não chamam atenção do público (as "plantas") saiam primeiro.
Antes feita por ligação ou SMS, a votação do Paredão mudou com a chegada da internet e das redes sociais. O voto passou a ser registrado pelo site da Gshow em poucos passos: é só criar uma conta, provar que não é um robô e votar quantas vezes quiser. E aí é que mora o problema: ao passar dos anos, a votação acabou sendo menos sobre a vontade do público geral e mais uma vontade de um grupo específico, mais dedicado nas votações.
Os fãs "do sofá", que costumam não acompanhar pelas redes sociais, vão votar menos que aqueles que trocam a foto de ícone para o brother favorito e passam a tarde em frente ao computador. Na reta final do BBB 23, por exemplo, as pesquisas de intenção de voto — um compilado de enquetes em sites e redes sociais — indicaram a eliminação de Bruna ao menos três vezes, mas a atriz ficou em terceiro lugar do programa.
A realidade é que Bruna tinha um grupo de fãs do "Quarto Deserto", muito mais dedicados que o restante da audiência— que já estava baixa. A final do BBB 23, que consagrou Amanda como campeã, foi a menor da história do programa: foram 19,5 pontos de média segundo dados do Ibope Kantar.
No ano anterior, a vitória de Arthur Aguiar teve 25,9 pontos, enquanto o BBB 20 e 0 21 tiveram 34 pontos de média cada. Foi a edição de 2020, inclusive, que teve o maior Paredão da história: a eliminação de Felipe Prior, disputada com Manu Gavassi, teve 1,5 bilhão de votos.
Outras reclamações feitas pelo público após a final do BBB 23 envolvem a repetição de dinâmicas no Jogo da Discórdia e nas provas em geral, e até da existência do "camarote", com celebridades e influenciadores. Porém, nenhuma mudança do tipo foi anunciada.
Por enquanto, já se sabe que o BBB 24 terá um terceiro grupo além dos "pipocas" e dos "camarotes". A expectativa dos fãs é de que seja a volta de ex-participantes que foram favoritos em suas respectivas edições, mas nada foi confirmado.
A data de estreia do BBB 24 ainda não foi anunciada. Porém, as últimas três edições começaram entre os dias 16 e 25 de janeiro.