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Z1, a fintech da geração Z, recebe aporte da Y Combinator

Com investimento da Maya Capital e dos fundadores da 99, a startup chegou ao mercado brasileiro em janeiro para ser a primeira experiência financeira dos jovens

Mateus Craveiro, Sophie Secaf, João Pedro Thompson e Thiago Achatz, fundadores da Z1: a empresa oferece uma conta digital e cartão pré-pago aos usuários (Z1/Divulgação)
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Carolina Ingizza

Publicado em 9 de março de 2021 às 10h00.

Última atualização em 9 de março de 2021 às 12h19.

Mais digitais e preocupados com propósito, os membros da chamada geração Z (nascidos entre 1995 e 2010) estão ditando o futuro dos negócios. Até 2031, eles devem ultrapassar os millennials em renda, segundo o Bank of America. Para cativar esse público, algumas empresas, como a fintech brasileira Z1, lançam soluções feitas sob medida para eles.

No caso da Z1, a proposta é oferecer para adolescentes e jovens uma primeira experiência financeira, com direito a conta digital independente e cartão pré-pago. Pelo serviço, a fintech cobra uma mensalidade de 10 reais nos meses em que os clientes fizerem transações.

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Fundada em 2020 por João Pedro Thompson (ex-Vereda Educação), Thiago Achatz (ex-Grow Pay), Sophie Secaf (ex-BOX 1824) e Mateus Craveiro (ex-Pagar.me), a empresa já conquistou investidores de peso: o fundo Maya Capital e os fundadores da 99, Ariel Lambrecht e Renato Freitas. Agora, a companhia anuncia ter recebido um aporte da aceleradora americana Y Combinator , que tem em seu portfólio empresas como Airbnb, Twitch e Rappi.

“Investimos na Z1 porque eles são um time experiente e estão resolvendo um grande problema, de educação financeira para adolescentes, por meio de um aplicativo para gerenciar as suas finanças e assim melhorar o futuro da geração Z”, diz Aaron Epstein, sócio da Y Combinator.

Para Thompson, cofundador e presidente da startup, receber o aporte de uma das maiores investidoras do mundo valida a importância do projeto. "Ter o endosso do Y Combinator demonstra como a nossa missão de dar acesso à educação financeira para uma parcela da população negligenciada pelos bancos é relevante para o Brasil e América Latina", diz.

A oportunidade é grande. Estima-se que os adolescentes latino-americanos gastem cerca de 46 bilhões de dólares por ano. Só no Brasil, são 49 milhões de pessoas movimentando cerca de 15 bilhões de dólares por ano.

Além disso, empresas com propostas parecidas com a Z1 já obtiveram bons resultados no mercado americano. A Greenlight, que ajuda pais a ensinar aos filhos como economizar e usar produtos financeiros, por exemplo, foi avaliada em 1,2 bilhão de dólares em setembro do ano passado após concluir uma rodada de 215 milhões de dólares. Já a Step, que tem 1 milhão de usuários no seu banco digital para adolescentes, recebeu aporte de 50 milhões de dólares em dezembro.

No Brasil, a Z1 tem ganhado atenção desse público pouco a pouco. Lançada oficialmente em janeiro de 2021, após nove meses de testes, a startup cresce a base de usuários cerca de 30% por semana. Além dos produtos, a marca tem trabalhado nas redes sociais com conteúdos de educação financeira feitos em parceria com influenciadores e membros da comunidade. "Queremos servir de ponte para essa geração Z realizar pequenos sonhos”, diz Sophie Secaf, cofundadora da startup.

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