A montadora alemã Volkswagen anunciou na última sexta-feira, 19, que fechou a venda de seus ativos na Rússia para o grupo local Avilon, como parte de sua estratégia de saída do país após a invasão da Ucrânia. A venda inclui a principal fábrica de Kaluga, no sudoeste de Moscou, que emprega cerca de 4.000 pessoas e tem capacidade para produzir 225.000 veículos por ano.
"O novo proprietário comprará todas as ações das subsidiárias russas. O acordo foi aprovado pelas autoridades russas", disse a Volkswagen (VW) em comunicado.
Outras empresas já deixaram a Rússia
Como outras grandes montadoras, a Volkswagen interrompeu as operações na Rússia no ano passado, depois que a invasão da Ucrânia por Moscou desencadeou sanções ocidentais que interromperam as cadeias de suprimentos.
Mas a VW teve que esperar pelo sinal verde do governo russo antes de concluir sua saída do país.
A venda de ativos por empresas de "países não amigos" - como Moscou chama aqueles que lhe impuseram sanções - requer a aprovação de uma comissão governamental que supervisiona os investimentos estrangeiros.
A VW não divulgou nenhum detalhe financeiro da transação, mas o jornal financeiro alemão Handelsblatt diz que a montadora receberá cerca de US$ 135 milhões (R$ 670,1 milhões, na cotação atual) com a venda, bem abaixo do valor real dos ativos russos da VW.
"Todas as atividades foram vendidas, então não estamos mais presentes na Rússia", disse um porta-voz da VW à AFP.
A guerra na Ucrânia causou um êxodo de empresas estrangeiras da Rússia, incluindo Starbucks, McDonald's e H&M.
A montadora japonesa Nissan vendeu seus ativos no país para o governo russo no ano passado. A montadora francesa Renault também entregou seus ativos russos a Moscou por um valor simbólico de um rublo.
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