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Via Varejo diz que Pontofrio é prioridade, mas fecha lojas

Companhia está testando lojas-conceito e unidades premium


	Pontofrio: companhia está testando lojas-conceito e unidades premium
 (ALEXANDRE BATTIBUGLI)

Pontofrio: companhia está testando lojas-conceito e unidades premium (ALEXANDRE BATTIBUGLI)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 29 de julho de 2015 às 10h52.

São Paulo - A Via Varejo afirmou que o fortalecimento da bandeira Pontofrio é uma de suas prioridades. Na tentativa de melhorar a imagem da marca, ela transformou 36 lojas da bandeira em unidades da Casas Bahia.

A empresa inaugurou duas lojas premium da marca, em São Paulo e no Rio de Janeiro, com “a melhor exposição dos melhores produtos”, afirmou Líbano Barroso, presidente da Via Varejo, controladora da Pontofrio e Casas Bahia.

Também está implementando lojas-conceito em shopping centers, que expõem os produtos de uma forma que os consumidores possam testá-los.

Por fim, está implementando o uso de tablets pelos vendedores, para consulta a informações sobre produtos, estoque e serviços. O consumidor também poderá pagar sem ir ao caixa, com uma máquina portátil.

A rede fechou 19 lojas deficitárias este ano, sendo a maioria da bandeira Pontofrio.

Além disso, com a justificativa de “melhorar o posicionamento das marcas”, transformou 36 lojas da bandeira em Casas Bahia, depois de estudar a localização, a distribuição de renda e o comportamento da população nos locais.

“Percebemos que em algumas localidades havia mais identidade com Casas Bahia, o que determinou a mudança”, disse Líbano.

A Via Varejo ainda reforçou que mantém os planos de abertura de lojas, anunciados há cerca de um ano e meio.

Prejuízo e custos

A companhia, que controla a Casas Bahia e o Pontofrio, apresentou prejuízo de 13 milhões de reais no 2º trimestre de 2015, em comparação com lucro de 187 milhões no período anterior. As receitas caíram 21,7% no 2º trimestre.

Segundo Líbano Barroso, o cenário macroeconômico e de consumo mudou muito rapidamente, o que levou ao prejuízo.

Para combater o cenário fraco, a companhia começou a revisar todos os seus custos, como de aluguel, marketing ou logística, e negociando com os fornecedores.

No entanto, “o nível de vendas cai mais rápido que a nossa capacidade de reestruturar os custos.”, disse Líbano, e a situação só deverá se normalizar no 4º trimestre.

Uma das medidas de contenção de gastos é a “reestruturação do headcount”, ou das vagas de trabalho. Desde o começo do ano, a companhia deixou de repor 4.800 vagas.

“Continuaremos a analisar o cenário e verificando as despesas”, disse o presidente, sobre a possibilidade de novos cortes.

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