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Venda de bicicletas cai, mas elas estão mais sofisticadas

Abraciclo aponta um crescimento das categorias de maior valor agregado, como bicicletas para recreação, esporte e, mais importante, mobilidade urbana

EXAME.com (EXAME.com)

Karin Salomão

Publicado em 15 de abril de 2015 às 16h49.

São Paulo - Enquanto as bicicletas básicas do interior estão sendo trocadas por motos , surge uma nova parcela da população em busca de modelos para transitar na grande cidade.

É isso o que mostra uma pesquisa inédita feita pela Rosenberg Associados e a Abraciclo (Associação Brasileira de Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares).

Segundo a pesquisa "O uso de bicicletas no Brasil: Qual o melhor modelo de incentivo?", a frota brasileira é de 70 milhões, mas a venda de bikes caiu nos últimos anos.

Em 2008, o Brasil vendia 5,5 milhões de bicicletas. Cinco anos depois, o número caiu para 4,3 milhões de unidades.

A queda é mais expressiva no segmento das básicas – que são modelos mais robustos e baratos, usados principalmente no interior e pela população de baixa renda. De 2,58 milhões de unidades, em 2005, foram vendidas 1,35 milhões em 2013.

A explicação é que a população está trocando a bike pela moto, principalmente nas periferias de grandes cidades.

“Conforme a renda vai aumentando, a proporção de pessoas que caminham ou usam a bicicleta para ir ao trabalho vai diminuindo”, diz Thais Zara, economista responsável pelo estudo.

Agora, a Abraciclo quer levar o mercado a dar um salto, focando em um novo público e em modelos mais elaborados.

Mobilidade Urbana

A associação percebeu um crescimento das categorias de maior valor agregado, como bicicletas para recreação, esporte e, mais importante, mobilidade urbana . Somados, esses segmentos representavam 26,6% do mercado em 2006. Em 2013, já eram 40,6%.

Os modelos que se encaixam na categoria mobilidade urbana são desenvolvidos especialmente para o trânsito nas grandes cidades. São leves, com pneus próprios para asfaltos, e adequadas para integração com outros modais de transporte, como o metrô.

Há cinco anos, o segmento era praticamente inexistente. Hoje, ainda que represente apenas 0,3% do mercado, é o que tem maior potencial para ajudar o trânsito e a vida nas cidades.

Entre as vantagens de usar esse modo de transporte, o estudo cita a agilidade, benefícios para saúde, eficiência energética, menor emissão de poluição e gastos com infraestrutura.

Além disso, tem o menor custo entre os meios de transporte – excluindo caminhadas. O gasto de um automóvel movido a gasolina – o mais caro – é de R$ 0,73 por quilômetro rodado. Já uma bicicleta custa R$ 0,12 na mesma distância.

Incentivos

A partir destas considerações, a pesquisa buscou listar formas para incentivar o uso da bicicleta como transporte urbano.

Já de cara, descarta diminuir o preço ao cortar impostos de importação ou de bens industriais. A pesquisa afirma que a maioria dos produtos é feitos na Zona Franca de Manaus e já estariam isentos do imposto de importação – dos modelos de maior valor agregado, são 750.000 de um total de 1,74 milhão.

Além disso, o preço da bicicleta, que poderia ser um impeditivo, não é tão alto. Pelo contrário, o valor pago pelo equipamento por aqui caiu 10%, entre julho de 2006 e novembro de 2013.

No Brasil, o preço médio dos 10 modelos mais vendidos é de R$ 730. Já na Alemanha, país onde a população usa muito mais a bicicleta, a média dos 10 modelos mais populares é de R$ 2.300.

Na Holanda, o preço gira em torno de R$ 1.985. Cabe ressaltar que esses valores foram compilados com um câmbio de R$ 2,30/US$, no meio do ano passado.

O incentivo deveria partir, então, do governo, com a criação de políticas públicas, condições adequadas e introdução de uma “cultura da bicicleta”. Aumento das ciclovias e bicicletários foram algumas das medidas citadas na pesquisa.

São Paulo – Não é novidade que as bicicletas estão ocupando as ruas das cidades brasileiras. Não importa o modelo, elas são objetos de consumo de qualquer pessoa que se preocupa com o meio-ambiente e com um trânsito menos caótico. Nos últimos anos, devido ao aumento no interesse desse meio de transporte e a construção de ciclovias, várias empresas começaram a desenvolver produtos que melhoram o desempenho da magrela e, consequentemente, o cotidiano do ciclista. Sabendo da demanda de informações sobre o assunto, nós fizemos uma galeria para mostrar quais são os últimos avanços tecnológicos na área.
  • 2. LED nas rodas

    2 /12(Reprodução/YouTube)

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    Os motoristas não serão os únicos a ostentar luzes de LED em seus automóveis. Agora, os ciclistas podem utilizar a tecnologia no aro de suas bicicletas, trazendo mais estilo e segurança para as ruas. Algumas empresas já produzem o produto. Umas delas é a Revolights, que fabrica aros de LED nos pneus da bicicleta, com luzes brancas na parte frontal e vermelhas na traseira. Outra companhia da área é a Monkeyletric (na foto). Ela produz um item que cria imagens e animações em ambos os lados das rodas da bicicleta. Basta o usuário girar os pneus da bike. O produto custa, em média, 60 dólares no site da Amazon.
  • 3. Aplicativo Strava

    3 /12(Divulgação/Strava)

  • Disponível no Google Play e na Apple Store, este é provavelmente o aplicativo mais popular entre os ciclistas. O Strava monitora dados como a velocidade média, número de pedaladas e distância, além de mostrar todo o trajeto feito pelo ciclista no Google Maps. No entanto, essas não são as características mais surpreendentes do app. Ele também oferece a oportunidade do usuário cadastrar seus resultados em um tipo de rede social. Na versão premium, que custa 59 dólares, os usuários podem compartilhar fotos das pedaladas, definir metas de tempo e distância, entre outros recursos.
  • 4. Realidade virtual

    4 /12(Reprodução/YouTube)

    O Widerun é um óculos 3D , que permite o usuário andar de bicicleta em qualquer lugar no planeta – desde o centro de Nova York até a Muralha da China – sem sair de casa. O produto pode ser configurado na bike do cliente, para simular direção, velocidade e efeitos de resistência correspondentes ao mundo real. Além disso, o usuário pode comprar uma variedade de cenários para fazer as pedaladas. Ainda não disponível no mercado, o Widerun possui uma meta de financiamento, pelo site Kickstarter, de 44 mil dólares. O item está com lançamento previsto para abril de 2016.
  • 5. Tinta especial para pedaladas noturnas

    5 /12(Reprodução/YouTube)

    Com um nome bem sugestivo, a “Life Paint” (Tinta da vida, em livre tradução) foi criada para aumentar a segurança dos ciclistas durante pedaladas noturnas. Fabricado pela Volvo , o produto é uma tinta que reflete a luz na escuridão. No entanto, durante o dia ela fica totalmente invisível . Ainda sem previsão para entrar no mercado, a “ Life Paint ” é lavável e pode ser aplicada sobre qualquer superfície da bicicleta , seja em metal, plástico, tecidos ou em borrachas.
  • 6. Aplicativo Bike Repair

    6 /12(Bike Repair)

    Disponível para download na Apple Store e no Google Maps. O Bike Repair é um aplicativo para quem precisa de um quebra galho quando a bicicleta parar de funcionar. O app ajuda os ciclistas que querem aprender como reparar as próprias bicicletas e não desejam gastar com isso.  O Bike Repair é um guia que mostra como solucionar mais de 70 problemas mecânicos com imagens explicativas e passo a passo. O auxílio vai desde substituir peças até regular câmbios e freios.
  • 7. BioFloat: o banco confortável

    7 /12(Divulgação/BioFloat)

    O BioFloat é um banco para os amantes do ciclismo . Em desenvolvimento, o produto ajudará a minimizar o desconforto na hora de pedalar. O item será feito a partir de fibras de carbono com sistema único de amortecimento e balanceamento do banco. Com o BioFloat, o ciclista não irá absorver o impacto da pedalada, apenas a bicicleta receberá o choque. O preço estimado do banco é de 200 dólares e não está disponível no Brasil.
  • 8. Aplicativo World Bike

    8 /12(World Bike)

    Voltado para os amantes de viagens e bicicletas , o World Bike é um app que encontra locais com bicicletas disponíveis para aluguel. O aplicativo funciona em diversas partes do mundo, mas principalmente na Europa. O World Bike está disponível apenas no Google Play para os usuários do sistema Android .
  • 9. Aplicativo Cyclemeter

    9 /12(Divulgação/Cyclemeter)

    Assim como muito apps voltados para ciclistas, o Cyclemeter utiliza o GPS para registrar todas as informações das pedaladas dos usuários. O aplicativo permite a competição com amigos, ou até contra si mesmo. Além dessas funções básicas, também é possível fazer o download de tracks do Google Maps e compartilhar os resultados com gráficos variados. O app está disponível apenas para os usuários do iPhone.
  • 10. Bioshift: o câmbio automático para bicicletas

    10 /12(Reprodução/YouTube)

    O Bioshift é um sistema de mudança de velocidade automático para bicicletas . O produto coleta os dados recolhidos por sensores disponíveis em sua própria configuração para que a magrela se mantenha na marcha mais eficiente. O dispositivo está programado para evitar determinadas ações que possam atrapalhar a pedalada. Por exemplo, o câmbio dianteiro não vai mudar em um cenário de escalada de alto torque. O Bioshift pode ser ligado e desligado com apenas um botão. O produto ainda é um protótipo, pois isso ainda não está disponível no mercado.
  • 11. Camiseta com proteção nas costas

    11 /12(Divulgação/POC)

    A camiseta Back Protection para ciclistas, da POC Sports, possui uma proteção interna nas costas. O vestuário, inspirado nas roupas utilizadas por pilotos da F1 e da moto GP, possui uma camada que cobre grande parte da coluna vertebral e das costelas dos ciclistas. O produto tem um compartimento em que está embutida uma placa feita de Koroyd, um polímero poroso leve. O item auxilia na absorção de impactos e permite uma ótima ventilação. A Back Protection está prevista para chegar às lojas nos EUA este ano. O preço estipulado é de 200 dólares.
  • 12. Você já viu que produtos incríveis já surgiram devido ao Kickstarter?

    12 /12(Divulgação/Facebook)

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