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Tim foca no 4G e corta custos e investimentos

Ao invés de investir R$ 14 bilhões no período de 2016 a 2018, como inicialmente previsto, o valor será de R$ 12,5 bilhões no mesmo período


	TIM: Ao invés de investir R$ 14 bilhões no período de 2016 a 2018, o valor será de R$ 12,5 bilhões
 (Pilar Olivares)

TIM: Ao invés de investir R$ 14 bilhões no período de 2016 a 2018, o valor será de R$ 12,5 bilhões (Pilar Olivares)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 26 de julho de 2016 às 16h50.

São Paulo - Com queda de 92% no lucro no segundo trimestre, a Tim anunciou mudanças no seu plano de investimento.

Ao invés de investir R$ 14 bilhões no período de 2016 a 2018, como inicialmente previsto, o valor será de R$ 12,5 bilhões no mesmo período.

Mesmo com os cortes, a empresa de telecomunicações pretende aumentar sua participação de mercado, de 23,5% em 2015 para mais de 24% em 2018.

Isso porque ela irá canalizar grande parte do investimento na expansão do uso de dados através de redes 4G, mais rápidas e rentáveis.

Em sua primeira conferência com analistas desde que chegou ao cargo de CEO da Tim, Stefano De Angelis delineou o novo plano da empresa de telecomunicações.

A redução de Capex irá acontecer já esse ano. Enquanto no primeiro semestre de 2015 foram investidos R$ 2,11 bilhões, nos seis primeiros meses desse ano foram R$ 1,69 bilhão, queda de 20%.

O novo plano também contempla ações para cortar mais R$ 1,0 bilhão em custos, como por exemplo otimizar processos e redesign dos canais de venda.

O plano anterior ainda será responsável por R$ 700 milhões em cortes de custo esse ano, com corte de 800 funcionários na sede e cortar o aluguel de linhas de fibra alugadas.

Os planos pré e pós-pago também passaram por mudanças e os novos pacotes já correspondem a 15% da base de clientes.

O objetivo é monetizar o uso de dados para os clientes pré-pago, ao oferecer que eles continuem navegando com velocidade reduzida por um preço e migrar os consumidores para os planos pós-pago.

Aposta no 4G

A grande aposta da empresa de telefonia é o 4G. "Rapidamente essa será a principal opção para o consumo de dados, pois a experiência de navegação é muito melhor", afirmou o presidente.

Aparelhos compatíveis com essa rede corresponderam a 90% das vendas no trimestre e cerca de 30% de todos os usuários de dados móveis da Tim acessavam a internet através do 4G.

Hoje, 411 cidades têm cobertura 4G - a empresa planeja aumentar esse número para cerca de 1.000 até o fim do ano. Também planeja chegar a mais mil cidades com a cobertura 3G, atingindo mais de 3.000 municípios.

Com isso, as receitas vindas do consumo de dados cresceram 19% no trimestre, chegando a R$ 1,37 bilhão.

O aumento ainda não foi o suficiente, no entanto, para segurar os resultados: a receita líquida caiu 12,4%, para R$ 3,82 bilhões.

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