São Paulo - Com queda de 92% no lucro no segundo trimestre, a Tim anunciou mudanças no seu plano de investimento.
Ao invés de investir R$ 14 bilhões no período de 2016 a 2018, como inicialmente previsto, o valor será de R$ 12,5 bilhões no mesmo período.
Mesmo com os cortes, a empresa de telecomunicações pretende aumentar sua participação de mercado, de 23,5% em 2015 para mais de 24% em 2018.
Isso porque ela irá canalizar grande parte do investimento na expansão do uso de dados através de redes 4G, mais rápidas e rentáveis.
Em sua primeira conferência com analistas desde que chegou ao cargo de CEO da Tim, Stefano De Angelis delineou o novo plano da empresa de telecomunicações.
A redução de Capex irá acontecer já esse ano. Enquanto no primeiro semestre de 2015 foram investidos R$ 2,11 bilhões, nos seis primeiros meses desse ano foram R$ 1,69 bilhão, queda de 20%.
O novo plano também contempla ações para cortar mais R$ 1,0 bilhão em custos, como por exemplo otimizar processos e redesign dos canais de venda.
O plano anterior ainda será responsável por R$ 700 milhões em cortes de custo esse ano, com corte de 800 funcionários na sede e cortar o aluguel de linhas de fibra alugadas.
Os planos pré e pós-pago também passaram por mudanças e os novos pacotes já correspondem a 15% da base de clientes.
O objetivo é monetizar o uso de dados para os clientes pré-pago, ao oferecer que eles continuem navegando com velocidade reduzida por um preço e migrar os consumidores para os planos pós-pago.
Aposta no 4G
A grande aposta da empresa de telefonia é o 4G. "Rapidamente essa será a principal opção para o consumo de dados, pois a experiência de navegação é muito melhor", afirmou o presidente.
Aparelhos compatíveis com essa rede corresponderam a 90% das vendas no trimestre e cerca de 30% de todos os usuários de dados móveis da Tim acessavam a internet através do 4G.
Hoje, 411 cidades têm cobertura 4G - a empresa planeja aumentar esse número para cerca de 1.000 até o fim do ano. Também planeja chegar a mais mil cidades com a cobertura 3G, atingindo mais de 3.000 municípios.
Com isso, as receitas vindas do consumo de dados cresceram 19% no trimestre, chegando a R$ 1,37 bilhão.
O aumento ainda não foi o suficiente, no entanto, para segurar os resultados: a receita líquida caiu 12,4%, para R$ 3,82 bilhões.
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1. Menos dor de cabeça, mais produtividade
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1/8 (ConstantinosZ/Thinkstock)
São Paulo - Quando se tem problemas financeiros, fica difícil tirá-los da cabeça e se concentrar em outra coisa. Um estudo da consultoria Willis Towers Watson apontou que, durante o ano passado, profissionais
endividados perderam em média
12,4 dias de trabalho por “presenteísmo” – quando a pessoa comparece, mas não consegue cumprir suas atividades – e 3,5 dias por faltas. Segundo
dados da CNC (confederação nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) 23,5% das famílias brasileiras estavam
inadimplentes no mês passado, número abaixo dos 23,7% registrados em maio, mas acima dos 21,3% de junho de 2015. Preocupadas com a produtividade e com a qualidade de vida dos funcionários, diversas empresas concedem
benefícios que os ajudam a cuidar do próprio dinheiro. São palestras, workshops e até consultorias individuais. Nas fotos, veja algumas que já contam com a estratégia.
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2. Roche
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2/8 (Sebastien Bozon/AFP)
A
Roche promove uma semana de palestras sobre a importância do planejamento financeiro, que tem também o objetivo de divulgar os benefícios que ela oferece, a "Compensation Week". Além disso, por meio do programa Conexão Viva, voltado à orientação de empregados que estão passando por problemas pessoais, a empresa também disponibiliza consultoria financeira durante todo o ano. A farmacêutica oferece também o Rocheprev, um fundo de pensão para os funcionários. Para cada depósito mensal que eles fazem no plano, a companhia contribui com uma contrapartida.
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3. ArcelorMittal
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3/8 (Rich Press/Bloomberg)
Por meio do projeto Perspectiva para Gestão Orçamentária (PGO), a siderúrgica
ArcelorMittal oferece consultoria financeira aos funcionários da subsidiária Tubarão desde 1996. A consultoria é ministrada por um assistente social e um economista e conta com dois módulos. No primeiro, de caráter preventivo, ocorrem discussões e dinâmicas entre os empregados interessados e seus familiares, num encontro de oito horas. Já a segunda etapa é individual. Nela, um consultor financeiro acompanha mensalmente o empregado e seu cônjuge, para ajudá-los a reestruturar o orçamento familiar. Desde a implementação do programa até o ano passado, 272 eventos foram realizados pela empresa. Eles tiveram a participação de quase 10.000 pessoas, entre os funcionários e seus cônjuges.
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4. SPC Brasil
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4/8 (SPC/Divulgação)
O Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), empresa que processa e armazena dados sobre crédito e inadimplência, não quer que os funcionários virem estatística em seus cadastros.
Desde o ano passado, a companhia promove workshops, palestras e grupos de discussão temáticos de educação financeira, além de disponibilizar atendimentos individuais aos funcionários.
Nos workshops, são trabalhados temas como economia doméstica e investimentos. O programa é ministrado pela economista chefe da empresa, Marcela Kawauti. Neste ano, dois ciclos já foram realizados e um terceiro deve ocorrer até dezembro.
Na consultoria temática, que é mensal, discussões sobre um assunto específico são feitas em grupos reduzidos, de até 10 pessoas. Na última edição, o tema foi "como investir no Tesouro Direto".
Já as consultorias individuais são semanais. O atendimento é personalizado e já foi concedido a 45 empregados.
O SPC mantém ainda uma plataforma de orientações financeiras voltada ao público em geral, a "Meu Bolso Feliz".
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5. Nitro Química
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5/8 (Divulgação/ Nitro Química)
O Programa de Apoio ao Empregado (PAE) da Nitro
Química oferece à equipe assistência profissional para problemas financeiros, bem como para questões jurídicas e de saúde. Os atendimentos são confidenciais e ocorrem durante todo o ano. Para acessar o serviço, é necessário agendar o atendimento com o consultor financeiro por telefone. O planejamento pode incluir toda a família do funcionário. A empresa tem ainda, desde 1983, uma cooperativa de crédito sem fins lucrativos, que fornece empréstimos a taxas de juros menores que as do mercado aos colaboradores. Cerca de 70% deles são associados. Outro benefício da companhia que ajuda a equipe a cuidar do dinheiro é o Programa de Preparação para Aposentadoria (PPA), que está sendo implementado agora, no segundo semestre de 2016, voltado aos profissionais que estão próximos de parar de trabalhar.
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6. Hospital Santa Paula
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6/8 (Divulgação assessoria de imprensa do Hospital Santa Paula / Bill Fotos)
O
Hospital Santa Paula possui um programa educação financeira para o público interno desde 2008. Comandado pela gerente financeira e de marketing da companhia, Paula Gallo, ele visa ajudar os funcionários a controlar o orçamento, elaborar um planejamento e cortar gastos desnecessários. As consultorias são individuais e ocorrem toda semana. Duas tardes da agenda da executiva são reservadas para isso. Por conta da crise, o hospital decidiu intensificar a divulgação do projeto. Criou então uma cartilha e passou a organizar anualmente uma palestra anual sobre gestão de finanças, ministrada por especialistas do Banco Central. De lá para cá, a procura pela orientação cresceu 30%, segundo a empresa. Ela também realiza workshops sobre o tema trimestralmente.
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7. Veja também
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7/8 (Thinkstock)