Paris - O grupo francês Vivendi anunciou nesta quinta-feira que recebeu duas ofertas por sua filial brasileira GVT, uma da espanhola Telefônica e outra da Telecom Italia, que devem ser examinadas pelo conselho da empresa.
A Telefônica aumentou a oferta pela GVT, o último ativo da Vivendi no setor de telecomunicações, e agora pretende pagar 7,45 bilhões euros (contra 6,7 bilhões da oferta inicial apresentada no início de agosto), enquanto a Telecom Italia propõ 7 bilhões de euros pela empresa brasileira.
Tanto a espanhola como a italiana desejam assumir 100% do capital da GVT, uma empresa jovem de rápido desenvolvimento.
Mas as propostas estão estruturadas de maneira diferente.
A Telecom Italia, muito endividada, propõe o pagamento apenas de uma pequena parte em dinheiro, 1,7 bilhão de euros, e o restante em títulos da Telecom Italia (16,0% do capital e 21,7% em direitos de voto) e de sua filial TIM Brasil (15% do capital).
Mais sólida financeiramente, a Telefônica aumentou consideravelmente sua oferta, em particular no pagamento em dinheiro, que agora chega a 4,66 bilhões de euros (contra 3,9 bi da oferta inicial).
Como previsto inicialmente, a Vivendi teria 12% do capital do grupo nascido da fusão da GVT com a filial brasileira da Telefônica.
Se a Vivendi desejar, um terço da participação poderia ser trocado por títulos da Telecom Italia, da qual a empresa espanhola é grande acionista.
As duas ofertas também propõem associações nos conteúdos, em uma tentativa de seduzir a Vivendi que agora está concentrada nos meios de comunicação e que busca mercados no exterior para seus programas.
Depois de ter iniciado a venda de seus principais ativos no setor, a Vivendi manifestou a intenção de conservar a GVT, que registra forte crescimento da atividade.
O grupo, que saiu da Maroc Telecom e está vendendo a francesa SFR, não está muito necessitado de dinheiro no momento.
O conselho Vivendi estudará as duas ofertas e, segundo um comunicado, deve pensar "nos acionistas da Vivendi e nos trabalhadores da GVT para decidir o que fazer".
A oferta da Telefônica expira na sexta-feira e a proposta da Telecom Italia tem validade até 10 de setembro.
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1. Heineken e a disputa pela Fraser %26 Neave
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1/7 (Germano Luders/Justin Sullivan)
São Paulo – Um mês atrás, a
Heineken fez uma oferta para comprar o controle da cervejaria Fraser & Neave, de Cingapura, por cerca de 4 bilhões de dólares. A companhia holandesa é parceira da F&N há mais de 80 anos. Na ocasião, a oferta foi considerada positiva para o mercado e atrativa para os acionistas da cervejaria asiática , até a Kirin, cervejaria japonesa e dona da Schincariol, entrar na jogada e anunciar que também tinha interesse no negócio. Dias depois, no entanto, o conselho da F&N anunciou que a Heineken era preferida, pois tinha oferecido uma proposta mais atraente para comprar o controle. Quando o mercado achou que a aquisição estava prestes a ser divulgada, mais um revés aconteceu: a oferta foi considerada baixa e a Heineken precisou oferecer uma nova proposta. No fim da semana passada, finalmente um acordo definitivo e irrevogável foi assinado pelas duas fabricantes de cerveja. A Heineken propôs compra a F&N por 4,5 bilhões de dólares e a oferta foi aceita pela cervejaria de Cingapura.
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2. Fusão entre Glencore e Xstrata
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2/7 (Sebastian Derungs/AFP)
Outra novela que está longe do capítulo final é a fusão entre as mineradoras
Glencore e Xstrata. Os primeiros boatos da união das operações da companhia surgiram em junho de 2011 e até hoje não se chegou a nenhuma conclusão. A nova companhia, que deverá se chamar Glencore Xstrata International, terá escala para produzir e negociar recursos naturais, incluindo metais, petróleo e grãos, em cinco continentes, e tem valor avaliado pelo mercado em 90 bilhões de dólares. A Glencore já avaliou abandonar a operação a fim de evitar o aumento do valor do acordo. O Catar, segundo maior acionista da Xstrata, exige que a participação monetária da companhia suíça seja maior. Até as autoridades antitruste da Austrália disseram que não vão se opor à operação. Resta agora as duas companhias de fato concluírem a fusão.
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3. CSA e ninguém interessado
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3/7 (Germano Lüders/EXAME.com)
Desde janeiro, a ThyssenKrupp, siderúrgica alemã, está tentando vender sua participação de 73% na
Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), na qual a Vale também é sócia, e não está conseguindo achar um comprador. Recentemente, a Usiminas e a Gerdau afirmaram que a aquisição da CSA não estava no radar. Outra possível compradora seria a CSN, que estaria aguardando, desde de junho, dados da companhia para avaliar a operação. Sabe-se que o setor siderúrgico não vive o melhor dos mundos. A atual crise é motivada pelo alto preço dos insumos, como minério de ferro, e pelo aumento da concorrência, principalmente de companhias chinesas desse setor.
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4. Demorou, mas a Dell comprou a Quest
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4/7 (Getty Images)
Em maio, a
Dell anunciou a compra da Quest por 2,4 bilhões de dólares, mas, dias depois, sem nenhum motivo aparente, as negociações entre as duas companhias foram rompidas. No mês passado, no entanto, a Dell reiterou o desejo de comprar a companhia de tecnologia pelo mesmo valor da oferta inicial e finalmente a operação foi concluída. Vale lembrar também que em março a Quest havia concordado em ser adquirida pela Insight Venture Partners por 2 bilhões de dólares, mas voltou atrás no negócio. Será a Dell ou a Quest a enrolada na história?
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5. Coty ainda quer a Avon?
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5/7 (Divulgação)
Embora já tenha caído no esquecimento, durante os meses de março, abril e maio deste ano, a Coty, companhia francesa de fragrâncias, tentou de todas as maneiras comprar a
Avon. A primeira oferta feita pela companhia, no valor de 10 bilhões de dólares, foi considerada hostil pela empresa de venda direta americana e rapidamente recusada. Dias depois, no entanto, a Coty aumentou a proposta para 10,7 bilhões de reais e a Avon disse que iria avaliar as condições do negócio, mas não chegou a dar nenhuma resposta formal sobre a operação. Aborrecida com a situação, a Coty retirou sua oferta de 10,7 bilhões, alegando que a maior companhia de venda direta de cosméticos do mundo não cumpriu p prazo para iniciar a discussão sobre um acordo proposto em março.
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6. Volks quer ser única dona da Porsche
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6/7 (Divulgação)
No início de junho, a
Volkswagen anunciou que compraria por 4,4 bilhões de euros o controle da montadora de luxo Porsche, mas, desde então, não se voltou mais a falar sobre a operação. A Volks é sócia da Porsche desde 2009, quando adquiriu participação de 49,9%, por 3,9 bilhões de euros. Durante anos, a montadora alemã estudou maneiras de se tornar a única dona da marca de automóveis de luxo. O acordo de aquisição está previsto para, finalmente, ser concluído neste mês. Agora, é aguardar para ver.
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7. Veja: 11 empresas brasileiras compradas por estrangeiras
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7/7 (Getty Images)