Rio de Janeiro - Bernardo Araújo e Eduardo Trigo, ex-sócios da Opus Gestão de Recursos Ltda., deixaram a administradora de recursos de US$ 1 bilhão para começar seu próprio fundo de ações.

Araújo, que administrou o fundo Opus Ações FIA nos últimos quarto anos, levou com ele o analista de equity Marcelo Moraes para ajudar a Marlin Investimentos, que eles fundaram no mês passado. O fundo Opus Ações subiu 211 por cento no ano passado, tornando-se o de quinto melhor desempenho entre 3.881 fundos brasileiros acompanhados pela Bloomberg.

“O fundo provou ser um sucesso,” disse Araújo de seu novo escritório no Leblon, a cerca de um quilômetro do escritório da Opus. “Nossa estratégia às vezes é mais difícil entender, mas nós focamos em investir em companhias com os maiores retornos.”

A Marlin deve continuar a investir em companhias similares como fazia a Opus, disse Araújo. Entre os investimentos do fundo de ações da Opus em 30 de setembro estavam a LLX Logística SA e a OGX Petróleo e Gás Participações SA, ambas controladas pelo bilionária Eike Batista, e a IdeiasNet SA. , controladora de empresas que investim em tecnologia e internet.

Marlin está começando com pelo menos 31 outras administradoras de recursos que abriram este ano no Brasil, de acordo com dados da empresa de pesquisa Economática. Agora, existem 462 empresas de gestão de recursos no Brasil, comparadas a 431 no fim de 2009 e 371 em 2007, de acordo com Economática.

“Há uma onda de oportunidades para investimentos no Brasil”, disse Trigo. “Nós juntamos uma equipe bem estabelecida tanto no mercado de participações fechadas quanto em companhias abertas e eu acho que podemos aproveitar essas oportunidades que estão vindo.”

O fundo de ações deles começará provavelmente em um mês e eles também planejam investir em private equity, disse Trigo, diretor operacional da Marlin. Marco Kelson, que por cinco anos coordenou investimentos imobiliários para a AK Holdings, vai administrar o braço de consultoria financeira e private equity da Marlin.