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Santander justifica lucro de R$ 10 bi com prudência e foco

Em 2015, a carteira de crédito aumentou 6,6% e as captações de clientes subiram 14,4%

Santander Brasil: em 2015, carteira de crédito aumentou 6,6% e as captações de clientes subiram 14,4% (Gustavo Kahil/EXAME.com)

Tatiana Vaz

Publicado em 27 de janeiro de 2016 às 16h02.

São Paulo – Prudência e foco foram as duas diretrizes adotadas pelo Santander Brasil na gestão dos negócios em 2015 – e as justificativas para o lucro de quase R$ 10 bilhões no ano.

Em coletiva de imprensa nesta manhã, o banco afirmou que já vinha se prevenido para um cenário mais desafiador desde 2014.

A redução das despesas gerais em 4,3% nos últimos doze meses – 8% apenas de outubro a dezembro – é uma mostra disso.

“Como resultado, demos uma das melhores remunerações do setor tanto aos acionistas quanto aos funcionários”, disse Sérgio Rial, presidente do Santander Brasil.

De acordo com Rial, manter apenas os bons ativos, investir em ambientes digitais e, principalmente, tratar bem os bons clientes neste momento de crise foram essenciais.

“As crises atuais apresentam perfis que as séries históricas não são capazes de capturar”, disse ele. “E os bancos sabem que tem um papel fundamental para manter o equilíbrio”.

Se antes os bancos davam mais crédito e inflavam os índices de inadimplência , hoje as instituições sabem que precisam cuidar tão bem do negócio quanto dos clientes, para que o sistema continue a funcionar bem.

“É um dever do banco para com os acionistas, clientes e toda a sociedade”, afirmou.

Inadimplência equilibrada

O cuidado na concessão de crédito e o esforço maior na captação de clientes contribuíram para o aumento de eficiência do banco.

No período, a carteira de crédito aumentou 6,6% e as captações de clientes subiram 14,4%, com destaque para pequenas e médias empresas (12) e pessoas físicas (32%).

A inadimplência, por outro lado, seguiu controlada e fechou o ano em 3,2%.

“Seguiremos dando uma atenção maior na qualidade dos ativos do banco como uma postura ofensiva e preventiva”, comentou o executivo.

O banco também espera por um ajuste da economia brasileira mais demorado, com crescimento do PIB de 0,8% em 2017 – e queda de 3% neste ano.

Pelas contas do Santander, a inflação ficaria em 7,2% neste ano e seria de 5,7% em 2017. A projeção para a taxa de juros é de 14,64%, em 2016, e 12,75%, para o ano seguinte.

Até lá, a ideia é investir em áreas consideradas de grande potencial, como Agronegócios, fundos multimercados e produtos digitais, como WebMotors e o cartão pré-pago Conta Mais.

Único internacional

O Brasil segue como o principal mercado – 19% do negócio provém do país hoje. E a ideia é engordar essa fatia cada vez mais.

Com a compra do HSBC pelo Bradesco, no ano passado, o banco espanhol torna-se o único internacional a atuar no país no grande varejo.

“Uma ótima vantagem quando se pensa que o Brasil ainda é um mercado a ser explorado por concorrentes mundiais”, afirma Rial.

Apesar de ter participado pela disputa do HSBC , crescer por meio de aquisições não está nos planos do Santander.

“Primeiro porque não há nada mais para comprar no país, apesar do mercado às vezes nos surpreender”, disse ele. “Depois porque, com a digitalização do sistema, alcançaremos lugares que não conseguíamos antes”.

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São Paulo – Prudência e foco foram as duas diretrizes adotadas pelo Santander Brasil na gestão dos negócios em 2015 – e as justificativas para o lucro de quase R$ 10 bilhões no ano.

Em coletiva de imprensa nesta manhã, o banco afirmou que já vinha se prevenido para um cenário mais desafiador desde 2014.

A redução das despesas gerais em 4,3% nos últimos doze meses – 8% apenas de outubro a dezembro – é uma mostra disso.

“Como resultado, demos uma das melhores remunerações do setor tanto aos acionistas quanto aos funcionários”, disse Sérgio Rial, presidente do Santander Brasil.

De acordo com Rial, manter apenas os bons ativos, investir em ambientes digitais e, principalmente, tratar bem os bons clientes neste momento de crise foram essenciais.

“As crises atuais apresentam perfis que as séries históricas não são capazes de capturar”, disse ele. “E os bancos sabem que tem um papel fundamental para manter o equilíbrio”.

Se antes os bancos davam mais crédito e inflavam os índices de inadimplência , hoje as instituições sabem que precisam cuidar tão bem do negócio quanto dos clientes, para que o sistema continue a funcionar bem.

“É um dever do banco para com os acionistas, clientes e toda a sociedade”, afirmou.

Inadimplência equilibrada

O cuidado na concessão de crédito e o esforço maior na captação de clientes contribuíram para o aumento de eficiência do banco.

No período, a carteira de crédito aumentou 6,6% e as captações de clientes subiram 14,4%, com destaque para pequenas e médias empresas (12) e pessoas físicas (32%).

A inadimplência, por outro lado, seguiu controlada e fechou o ano em 3,2%.

“Seguiremos dando uma atenção maior na qualidade dos ativos do banco como uma postura ofensiva e preventiva”, comentou o executivo.

O banco também espera por um ajuste da economia brasileira mais demorado, com crescimento do PIB de 0,8% em 2017 – e queda de 3% neste ano.

Pelas contas do Santander, a inflação ficaria em 7,2% neste ano e seria de 5,7% em 2017. A projeção para a taxa de juros é de 14,64%, em 2016, e 12,75%, para o ano seguinte.

Até lá, a ideia é investir em áreas consideradas de grande potencial, como Agronegócios, fundos multimercados e produtos digitais, como WebMotors e o cartão pré-pago Conta Mais.

Único internacional

O Brasil segue como o principal mercado – 19% do negócio provém do país hoje. E a ideia é engordar essa fatia cada vez mais.

Com a compra do HSBC pelo Bradesco, no ano passado, o banco espanhol torna-se o único internacional a atuar no país no grande varejo.

“Uma ótima vantagem quando se pensa que o Brasil ainda é um mercado a ser explorado por concorrentes mundiais”, afirma Rial.

Apesar de ter participado pela disputa do HSBC , crescer por meio de aquisições não está nos planos do Santander.

“Primeiro porque não há nada mais para comprar no país, apesar do mercado às vezes nos surpreender”, disse ele. “Depois porque, com a digitalização do sistema, alcançaremos lugares que não conseguíamos antes”.

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