Negócios

Saber se adaptar será a maior necessidade dos CEOs em 2015

Segundo estudo da PwC, a capacidade de se adequar a mudanças será essencial para quem comanda uma empresa neste ano

Executivo segura mola, simbolizando flexibilidade, adaptação (Rolphot/iStock)

Executivo segura mola, simbolizando flexibilidade, adaptação (Rolphot/iStock)

Luísa Melo

Luísa Melo

Publicado em 21 de janeiro de 2015 às 10h03.

São Paulo - A principal habilidade que os presidentes de empresa precisarão desenvolver para ter sucesso em 2015 será a de se adaptar. É isso o que aponta uma pesquisa global da PwC, divulgada nesta terça-feira.

O estudo ouviu 1.322 CEOs de 77 países. De acordo com o material, a necessidade de se adequar a mudanças se dará principalmente pela evolução da tecnologia e pelo cenário econômico.

Entre os entrevistados, 39% acreditam que a economia mundial irá crescer neste ano – em 2014, 44% pensavam da mesma forma. Na mesma linha, 17% deles disseram crer que haverá um declínio econômico nos próximos 12 meses, contra 7% no ano passado.

Apesar disso, a maioria (61%) dos pesquisados enxerga mais oportunidades de negócios hoje do que há três anos. Para 30% deles, porém, essas possibilidades vêm acompanhadas de maiores desafios.

"A tecnologia está transformando indústrias inteiras e hábitos de consumo. Hoje, se uma companhia não consegue se adaptar, não é competitiva", disse Dennis M. Nally, chairman da PwC, durante a conferência de anúncio dos resultados do levantamento.

E os CEOs já sabem disso. Segundo o estudo, 56% deles acreditam que as empresas vão competir com novos setores nos próximos três anos e 54% deles já ingressaram em uma área de atuação diferente (ou consideraram fazê-lo) no último triênio.

Entre as transformações que eles acreditam que mais vão impactar seus negócios nos próximos cinco anos, as mudanças regulatórias aparecem em primeiro lugar, citadas por 66% deles.

Em seguida vêm o aumento do número competidores diretos e indiretos e as alterações nos hábitos de consumo (com 61% de menções cada) e as modificações nas cadeias de distribuição (50%).

Prioridades

Os presidentes de empresa também estão conscientes de que precisam atualizar seus recursos. As tecnologias móveis e a análise de dados, por exemplo, foram citadas como importantes estrategicamente por 81% e 80% deles, respectivamente.

"Os CEOs sabem que precisam colocar a tecnologia no centro dos negócios e criar redes colaborativas com fornecedores, consumidores e, em alguns casos, até mesmo competidores, para criar valor para o cliente", afirmou Nally.

De fato, 51% dos executivos disseram que vão firmar novas parcerias nos próximos 12 meses. A maioria dessas ligações será feita com fornecedores (69% delas), clientes (66%) e acadêmicos (52%). Empresas concorrentes devem participar da teia de metade dos entrevistados.

Para otimizar os resultados, além de buscar associações externas, os CEOs querem formar equipes de alto rendimento – 81% deles disseram que estão procurando desenvolver novas habilidades entre seus funcionários. 

Com o mesmo raciocínio, 64% afirmaram que adotam alguma estratégia de diversidade, sendo que a inclusão de gêneros é prioridade em 33% dos planos, seguida pela pluralidade conhecimentos (32,24%) e étnica (24,5%).

Acompanhe tudo sobre:Empresasgestao-de-negociosPresidentes de empresaPwC

Mais de Negócios

Ele trabalhava 90 horas semanais para economizar e abrir um negócio – hoje tem fortuna de US$ 9,5 bi

Bezos economizou US$ 1 bilhão em impostos ao se mudar para a Flórida, diz revista

15 franquias baratas a partir de R$ 300 para quem quer deixar de ser CLT em 2025

De ex-condenado a bilionário: como ele construiu uma fortuna de US$ 8 bi vendendo carros usados