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Rossi reduz ritmo de lançamentos com foco em gerar caixa

Lançamentos devem crescer 15% neste ano, menor do que o ritmo de 27,2% em 2011

Para alcançar este patamar de crescimento, a Rossi descarta firmar novas parcerias, a exemplo do que fez nos últimos anos (Luana Fischer)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de março de 2012 às 12h28.

São Paulo - Com o objetivo de priorizar a rentabilidade e a geração de caixa, a Rossi Residencial projetou nesta quarta-feira uma desaceleração no ritmo anual de lançamentos que, este ano, devem crescer até 15 por cento, patamar que tende a se manter até 2014.

No ano passado, os lançamentos da construtora e incorporadora somaram 4,259 bilhões de reais, sem considerar a fatia de parceiros, um aumento de 27,2 por cento ante 2010. Este ano, segundo o presidente-executivo da empresa, Leonardo Diniz, o incremento deve ser de até 15 por cento sobre 2011. "Nosso foco será em rentabilidade e geração de caixa", disse o executivo em teleconferência com analistas e investidores.

Para alcançar este patamar de crescimento, a Rossi descarta firmar novas parcerias, a exemplo do que fez nos últimos anos, planejando aumentar a exposição em regiões onde tem maior rentabilidade.

"Não consideramos nenhuma nova parceria, apenas as já existentes", afirmou o vice-presidente financeiro da Rossi, Cássio Audi. "Vamos priorizar praças onde temos mais domínio do mercado, buscando maior rentabilidade".

A acomodação do ritmo de crescimento foi comprovada pelo nível de velocidade de vendas -medido pela relação de venda sobre oferta- que, no quarto trimestre, caiu para 23 por cento, contra 25 por cento no terceiro.

"O VSO (indicador de velocidade de vendas) passou por uma acomodação para um nível mais razoável", acrescentou Audi.

As vendas contratadas da Rossi ficaram em 914 milhões de reais no quarto trimestre, 1 por cento acima do verificado no ano anterior. No acumulado de 2011, as vendas somaram 3,5 bilhões de reais, alta de 13 por cento.

A companhia fechou o trimestre com lucro líquido de 91,5 milhões de reais, ligeiramente superior ao resultado visto um ano antes, de 90,6 milhões, e acima do previsto pelo mercado.

Menor consumo de caixa

Entre os destaques do balanço, a Rossi viu seu consumo de caixa diminuir de forma significativa nos últimos três meses do ano passado, passando de 93 milhões de reais no período anterior para apenas 13 milhões. Em 2011 como um todo, o valor foi de 398 milhões de reais, queda de 53 por cento, favorecido pelo repasse de unidades.


"Temos sido muito eficientes no repasse de unidades, temos pequenos volumes para serem repassados em vários bancos e VGV (Valor Geral de Vendas) muito bem distribuído", afirmou Audi.

No último ano, a Rossi entregou 9.490 unidades, número que deve saltar para entre 18 mil e 20 mil imóveis em 2012.

"A tendência é de diminuição da queima de caixa no primeiro e segundo trimestres, considerando essa eficiência no repasse, sendo mais relevante no segundo semestre", acrescentou.

Outra meta da companhia prevê a redução de despesas gerais e administrativas que, de outubro a dezembro, somaram 69 milhões de reais e, no atual trimestre, devem cair para cerca de 56 milhões de reais.

"Esse nível trimestral deve se manter ao longo do ano", assinalou Audi.

As ações da Rossi operavam com valorização nesta quarta-feira, em alta de 2,24 por cento às 11h23, a 10,49 reais, enquanto o Ibovespa caía 1,19 por cento.

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São Paulo - Com o objetivo de priorizar a rentabilidade e a geração de caixa, a Rossi Residencial projetou nesta quarta-feira uma desaceleração no ritmo anual de lançamentos que, este ano, devem crescer até 15 por cento, patamar que tende a se manter até 2014.

No ano passado, os lançamentos da construtora e incorporadora somaram 4,259 bilhões de reais, sem considerar a fatia de parceiros, um aumento de 27,2 por cento ante 2010. Este ano, segundo o presidente-executivo da empresa, Leonardo Diniz, o incremento deve ser de até 15 por cento sobre 2011. "Nosso foco será em rentabilidade e geração de caixa", disse o executivo em teleconferência com analistas e investidores.

Para alcançar este patamar de crescimento, a Rossi descarta firmar novas parcerias, a exemplo do que fez nos últimos anos, planejando aumentar a exposição em regiões onde tem maior rentabilidade.

"Não consideramos nenhuma nova parceria, apenas as já existentes", afirmou o vice-presidente financeiro da Rossi, Cássio Audi. "Vamos priorizar praças onde temos mais domínio do mercado, buscando maior rentabilidade".

A acomodação do ritmo de crescimento foi comprovada pelo nível de velocidade de vendas -medido pela relação de venda sobre oferta- que, no quarto trimestre, caiu para 23 por cento, contra 25 por cento no terceiro.

"O VSO (indicador de velocidade de vendas) passou por uma acomodação para um nível mais razoável", acrescentou Audi.

As vendas contratadas da Rossi ficaram em 914 milhões de reais no quarto trimestre, 1 por cento acima do verificado no ano anterior. No acumulado de 2011, as vendas somaram 3,5 bilhões de reais, alta de 13 por cento.

A companhia fechou o trimestre com lucro líquido de 91,5 milhões de reais, ligeiramente superior ao resultado visto um ano antes, de 90,6 milhões, e acima do previsto pelo mercado.

Menor consumo de caixa

Entre os destaques do balanço, a Rossi viu seu consumo de caixa diminuir de forma significativa nos últimos três meses do ano passado, passando de 93 milhões de reais no período anterior para apenas 13 milhões. Em 2011 como um todo, o valor foi de 398 milhões de reais, queda de 53 por cento, favorecido pelo repasse de unidades.


"Temos sido muito eficientes no repasse de unidades, temos pequenos volumes para serem repassados em vários bancos e VGV (Valor Geral de Vendas) muito bem distribuído", afirmou Audi.

No último ano, a Rossi entregou 9.490 unidades, número que deve saltar para entre 18 mil e 20 mil imóveis em 2012.

"A tendência é de diminuição da queima de caixa no primeiro e segundo trimestres, considerando essa eficiência no repasse, sendo mais relevante no segundo semestre", acrescentou.

Outra meta da companhia prevê a redução de despesas gerais e administrativas que, de outubro a dezembro, somaram 69 milhões de reais e, no atual trimestre, devem cair para cerca de 56 milhões de reais.

"Esse nível trimestral deve se manter ao longo do ano", assinalou Audi.

As ações da Rossi operavam com valorização nesta quarta-feira, em alta de 2,24 por cento às 11h23, a 10,49 reais, enquanto o Ibovespa caía 1,19 por cento.

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