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Resultado da AB InBev é impactado por furacões nos EUA

A fabricante vendeu 1,5% menos de cerveja do que no mesmo período do ano anterior na América do Norte, Brasil, Europa e Ásia

Ab InBev: o lucro nos EUA recuou, com os furacões que varreram a Flórida e Texas impedindo a entrega de produtos (Spencer Platt/Getty Images)
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Reuters

Publicado em 26 de outubro de 2017 às 14h49.

Última atualização em 26 de outubro de 2017 às 15h13.

Bruxelas - A Anheuser-Busch InBev , maior cervejeira do mundo, vendeu menos cerveja do que o esperado no terceiro trimestre, atingida particularmente por furacões e perda de participação de mercado em seu maior mercado, os Estados Unidos.

A fabricante da Budweiser, Corona e Stella Artois disse nesta quinta-feira que vendeu 1,5 por cento menos de cerveja do que no mesmo período do ano anterior na América do Norte, Brasil, Europa e Ásia, com a queda mais significativa nos Estados Unidos.

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A empresa belga disse que o lucro nos EUA recuou, com os furacões que varreram a Flórida e Texas impedindo a entrega de produtos, embora a participação de mercado da empresa também tenha caído.

A AB InBev, dona da brasileira Ambev, disse que o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização nos EUA (Ebtida) caiu 0,7 por cento no terceiro trimestre em relação ao ano anterior, com o impacto negativo dos furacões estimado em 2 pontos percentuais.

Embora espere se recuperar do impacto dos furacões até o fim deste ano, a empresa parece não ter uma solução clara para as duas principais marcas dos EUA, Budweiser e Bud Light, que sofrem com a migração de clientes para as cervejas artesanais com preços mais altos, além de marcas mais baratas.

A AB InBev comprou 10 cervejarias artesanais nos últimos seis anos, mas seus ganhos não conseguiram evitar uma perda geral de ações.

James Edwardes Jones, analista da RBC Capital Markets, disse que a fraqueza dos EUA não foi apenas causada pelo clima.

"Nossa visão permanece que, ao menos que e até que a AB InBev possa obter crescimento sustentável, o modelo de negócios permanecerá sob pressão significativa", disse ele.

No Brasil, seu segundo maior mercado, o lucro aumentou pela primeira vez em quase dois anos no trimestre de julho a setembro, com queda de 4 por cento no volume total vendido mas aumento de 13,1 por cento no preço.

"No Brasil, permanecemos cautelosamente otimistas em relação à economia em geral, com bons progressos realizados até agora. Continuamos confiantes em nossos planos comerciais e, portanto, esperamos um quarto trimestre muito forte", disse o vice-presidente financeiro Felipe Dutra.

O lucro cresceu em outros grandes mercados, como o México, Colômbia, África do Sul e China, embora as vendas de cerveja tenham aumentado apenas no México.

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