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Prevent Senior adia exames e cirurgias para evitar coronavírus

No caso das consultas, o atendimento será feito remotamente quando possível. Objetivo é evitar deslocamento dos pacientes idosos

Telemedicina: operadora busca fazer consultas de forma remota para evitar contágio (Getty/Getty Images)

Telemedicina: operadora busca fazer consultas de forma remota para evitar contágio (Getty/Getty Images)

Mariana Desidério

Mariana Desidério

Publicado em 13 de março de 2020 às 10h44.

Última atualização em 13 de março de 2020 às 17h06.

Focada no público idoso, a operadora de saúde Prevent Senior está entrando em contato com seus beneficiários para adiar, na medida do possível, exames e cirurgias não urgentes. No caso das consultas, o atendimento será feito remotamente quando possível. O objetivo é evitar o deslocamento dos pacientes em meio ao aumento do número de casos de coronavírus no país. O Brasil já tem 98 casos confirmados da doença. O público idoso é um dos mais vulneráveis ao vírus.

“Considerando que nossos beneficiários pertencem ao maior grupo de risco para contágio e complicações pelo novo coronavírus, sugerimos adiar os agendamentos de consultas e exames que não são urgentes a fim de evitar a circulação de pessoas e diminuir o risco de transmissão do vírus”, disse a empresa em comunicado.

As atividades de promoção à saúde realizadas pela companhia, como aulas de ginástica e artes, também estão canceladas por tempo indeterminado, com exceção das atividades voltadas para pacientes em pós-operatório.

A operadora preparou leitos de isolamento para casos de pacientes com coronavírus no Hospital Sancta Maggiore do bairro do Paraíso, na zona sul de São Paulo. O tratamento da doença está concentrado nessa unidade, “a fim de evitar o fluxo de pessoas infectadas em outras unidades”.

O público idoso é um dos mais vulneráveis à doença; e as operadoras de saúde focadas nesse público devem receber maior demanda em suas unidades. A Prevent Senior tem 456.000 beneficiários, sendo 346.000 com 61 anos ou mais e 258 que já chegaram aos 100 anos de idade.

“O efeito do coronavírus deve aumentar a sinistralidade dessas operadoras. Haverá mais procura, principalmente para atendimentos de emergência. Elas também devem estar preparadas para mais pacientes nas unidades de tratamento intensivo, como vimos que ocorreu na Itália”, afirma Marcelo Carnielo, diretor técnico da consultoria em gestão de saúde Planisa.

Outras operadoras

Outras operadoras de saúde também estão se preparando para um possível aumento da demanda. A Hapvida criou um comitê com médicos da gestão e infectologistas que discute, diariamente, as atualizações sobre o coronavírus. O comitê também tem se reunido com órgãos de saúde municipal e estadual para discutir os fluxos e os direcionamentos dos casos suspeitos.

A rede está ampliando o estoque de materiais como luvas, máscaras e álcool em gel. Também tem distribuído cartazes, peças informativas e divulgado informações e orientações sobre o vírus em suas unidades e nas redes sociais.

O Grupo Notredame Intermédica ampliou os estoques de diversos materiais, como luvas, máscaras, aventais e sedativos e equipamentos de ventilação mecânica. Além disso, treinou equipes e aumentou o número de leitos de terapia intensiva.

A operadora informa que até agora não ocorreu aumento na demanda de pronto-socorro e diz que os casos suspeitos mantidos em regime domiciliar estão sendo monitorados diariamente por sua central telefônica.

A Amil afirma que suas equipes receberam treinamento para identificar, isolar e tratar os casos suspeitos. Também tem disparado comunicados para funcionários, pacientes de hospitais e beneficiários do plano de saúde com explicações sobre formas de transmissão, sinais e sintomas de infecção e dicas de prevenção.

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