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Por que o Brasil é peça-chave para a receita do Facebook

Rede social registra diminuição na receita em relação ao trimestre anterior; operações brasileiras, por outro lado, são lembradas pelo contínuo crescimento

Facebook no Brasil: crescimento de 180%, o maior do mundo (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 24 de abril de 2012 às 16h33.

São Paulo - Há um mês a suposta chateação de Mark Zuckerberg com os usuários brasileiros do Facebook ganhou força na internet. O jovem CEO teria dito à CNN que poluíamos a rede com o uso de gifs animados, a exemplo do que já fizéramos no Orkut. A entrevista, confirmou a rede americana, jamais existiu. E ao que tudo indica, o co-fundador da rede social tem muito mais motivos para comemorar a maciça adesão tupiniquim aos seus negócios.

Como mostram os resultados apresentados pela empresa nesta segunda, a receita global do Facebook caiu 6% em relação ao último trimestre do ano, chegando a 1,05 bilhão de dólares nos primeiros três meses de 2012. A companhia atribui a derrapada a tendências sazonais do mercado publicitário. Nos Estados Unidos e Canadá, região que responde por 50% do faturamento do Facebook, a queda foi de 7,4%. Mas a companhia não parece exatamente se preocupar com isso: em documento enviado à SEC, autarquia que funciona como a CVM americana, a empresa afirmou que a tendência é que os dois países do hemisfério norte percam peso no balanço global à medida que o crescimento se acentue "na Alemanha, Brasil, Austrália e Índia".

Veja, abaixo, quais medidas o Facebook leva em conta para medir seu avanço - e como o Brasil ganha visibilidade em todos elas:

A atividade mensal

O acesso a rede pelo menos uma vez ao mês é o parâmetro para medir o tamanho da comunidade ativa do Facebook. Em março, 45 milhões de brasileiros engrossavam a lista. A parcela pode parecer pequena diante dos 901 milhões de usuários totais. Mas a presença verde e amarela aumentou 180% em relação ao mesmo período do ano passado - o maior crescimento registrado pelo Facebook no mundo.

Em alguns países, como Chile, Turquia e Venezuela, a taxa de penetração da rede social já supera 85%. No Brasil, ela fica entre 30% e 40%. O Facebook, de fato, já fincou presença por aqui. Mas os números deixam claro que ainda há espaço para crescer.


E a expansão, nesse caso, significa dinheiro no caixa. Segundo o Facebook, o número de usuários ativos está entre as variáveis críticas que afetam a receita e os resultados financeiros da companhia, "influenciando o número de propagandas que podem ser mostradas, o valor desses anúncios, o volume de pagamentos de transações, bem como nossas despesas e gastos de capital". No primeiro trimestre de 2012, a receita com publicidade foi responsável por 87% do lucro bruto da empresa. De outubro a dezembro de 2011, o percentual foi de 83,3%.

A presença diária

O Facebook também contabiliza (e apresenta ao mercado) os usuários que fazem login na rede todos os dias. Em março, eles somavam 526 milhões de internautas. Em relação ao mesmo período do ano passado, o contingente ficou 41% maior. Novamente o Facebook coloca o Brasil entre os mercados que mais cresceram, ao lado de Estados Unidos e Índia. "O aumento do engajamento do usuário pode fazer com que entreguemos conteúdo comercial mais relevante, dando-nos mais oportunidades para monetizar o negócio", afirma a empresa da divulgação dos resultados trimestrais.

O acesso móvel

Aqueles que entram no Facebook por tablets e smartphones engordam outra categoria importante para a empresa. Foram 488 milhões de usuários em março de 2012, número 69% maior que o registrado no primeiro trimestre de 2011. "Em todos as regiões vimos mais pessoas acessando o Facebook por dispositivos móveis, com Estados Unidos, Índia, Indonésia e Brasil representando as principais fontes de crescimento no período". Para o Facebook, a tendência é que cada vez mais tempo seja dispendido nessas plataformas. Por isso, incrementar o acesso móvel seria fundamental para ajudar a comopanhia a crescer e manter sua base de usuários no longo prazo.

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São Paulo - Há um mês a suposta chateação de Mark Zuckerberg com os usuários brasileiros do Facebook ganhou força na internet. O jovem CEO teria dito à CNN que poluíamos a rede com o uso de gifs animados, a exemplo do que já fizéramos no Orkut. A entrevista, confirmou a rede americana, jamais existiu. E ao que tudo indica, o co-fundador da rede social tem muito mais motivos para comemorar a maciça adesão tupiniquim aos seus negócios.

Como mostram os resultados apresentados pela empresa nesta segunda, a receita global do Facebook caiu 6% em relação ao último trimestre do ano, chegando a 1,05 bilhão de dólares nos primeiros três meses de 2012. A companhia atribui a derrapada a tendências sazonais do mercado publicitário. Nos Estados Unidos e Canadá, região que responde por 50% do faturamento do Facebook, a queda foi de 7,4%. Mas a companhia não parece exatamente se preocupar com isso: em documento enviado à SEC, autarquia que funciona como a CVM americana, a empresa afirmou que a tendência é que os dois países do hemisfério norte percam peso no balanço global à medida que o crescimento se acentue "na Alemanha, Brasil, Austrália e Índia".

Veja, abaixo, quais medidas o Facebook leva em conta para medir seu avanço - e como o Brasil ganha visibilidade em todos elas:

A atividade mensal

O acesso a rede pelo menos uma vez ao mês é o parâmetro para medir o tamanho da comunidade ativa do Facebook. Em março, 45 milhões de brasileiros engrossavam a lista. A parcela pode parecer pequena diante dos 901 milhões de usuários totais. Mas a presença verde e amarela aumentou 180% em relação ao mesmo período do ano passado - o maior crescimento registrado pelo Facebook no mundo.

Em alguns países, como Chile, Turquia e Venezuela, a taxa de penetração da rede social já supera 85%. No Brasil, ela fica entre 30% e 40%. O Facebook, de fato, já fincou presença por aqui. Mas os números deixam claro que ainda há espaço para crescer.


E a expansão, nesse caso, significa dinheiro no caixa. Segundo o Facebook, o número de usuários ativos está entre as variáveis críticas que afetam a receita e os resultados financeiros da companhia, "influenciando o número de propagandas que podem ser mostradas, o valor desses anúncios, o volume de pagamentos de transações, bem como nossas despesas e gastos de capital". No primeiro trimestre de 2012, a receita com publicidade foi responsável por 87% do lucro bruto da empresa. De outubro a dezembro de 2011, o percentual foi de 83,3%.

A presença diária

O Facebook também contabiliza (e apresenta ao mercado) os usuários que fazem login na rede todos os dias. Em março, eles somavam 526 milhões de internautas. Em relação ao mesmo período do ano passado, o contingente ficou 41% maior. Novamente o Facebook coloca o Brasil entre os mercados que mais cresceram, ao lado de Estados Unidos e Índia. "O aumento do engajamento do usuário pode fazer com que entreguemos conteúdo comercial mais relevante, dando-nos mais oportunidades para monetizar o negócio", afirma a empresa da divulgação dos resultados trimestrais.

O acesso móvel

Aqueles que entram no Facebook por tablets e smartphones engordam outra categoria importante para a empresa. Foram 488 milhões de usuários em março de 2012, número 69% maior que o registrado no primeiro trimestre de 2011. "Em todos as regiões vimos mais pessoas acessando o Facebook por dispositivos móveis, com Estados Unidos, Índia, Indonésia e Brasil representando as principais fontes de crescimento no período". Para o Facebook, a tendência é que cada vez mais tempo seja dispendido nessas plataformas. Por isso, incrementar o acesso móvel seria fundamental para ajudar a comopanhia a crescer e manter sua base de usuários no longo prazo.

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