Gasolina e diesel: as revisões podem ou não se refletir no preço final ao consumidor (Getty Images/Getty Images)
Reuters
Publicado em 14 de junho de 2017 às 18h40.
Última atualização em 14 de junho de 2017 às 19h06.
Rio de Janeiro - A Petrobras anunciou nesta quarta-feira a redução do preço médio da gasolina nas refinarias em 2,3 por cento e o do diesel em 5,8 por cento, a partir de quinta-feira, e informou que passará a realizar ajustes de preços em períodos mais curtos do que os realizados atualmente.
A decisão de reduzir os valores de ambos os combustíveis, segundo a Petrobras, reflete as variações recentes nos preços internacionais do petróleo que, depois de flutuar ao redor de 50 dólares por barril, registrou queda sucessiva estando abaixo de 46 dólares por barril atualmente.
"No câmbio, depois de uma desvalorização significativa na moeda brasileira em relação ao dólar, refletindo incertezas políticas, a moeda americana tem flutuado em torno de 3,30 reais", destacou a petroleira, em uma nota à imprensa.
A empresa reiterou que os novos preços continuam com uma margem positiva em relação à paridade internacional, conforme princípio da política de preços para o diesel e a gasolina adotada desde outubro de 2016, e estão alinhados com os objetivos do plano de negócios 2017-2021.
As revisões feitas pela Petrobras nas refinarias podem ou não se refletir no preço final ao consumidor, frisou a Petrobras, já que a lei brasileira garante liberdade de preços no mercado de combustíveis e derivados.
Se o ajuste anunciado nesta quarta-feira for integralmente repassado e não houver alterações nas demais parcelas que compõem o preço ao consumidor final, o diesel pode cair 3,5 por cento, ou cerca de 0,11 real por litro, na bomba em média, e a gasolina, 0,9 por cento ou 0,03 real por litro, em média, disse a estatal.
Possíveis repasses, no entanto, dependerão do movimento de outros integrantes da cadeia de combustíveis, especialmente distribuidoras e postos revendedores.
Sobre a frequência dos reajustes, o Grupo Executivo de Mercado e Preços (GEMP), responsável pelos movimentos, reiterou que os reajustes em períodos aproximados de 30 dias não têm sido suficientes para refletir a volatilidade dos preços internacionais de derivados e do câmbio.
"O GEMP avançou nessa discussão e iniciará a prática de ajustes de preços em períodos mais curtos, sem alterar a regra de formação de preços da atual política, para acomodar as volatilidades observadas no mercado internacional", explicou a Petrobras.