Negócios

Petrobras pode quase triplicar produção em 10 anos

A previsão revisada para 2020 representa um aumento de 10 por cento na comparação com a estimativa anterior, de acordo com o diretor financeiro da estatal, Almir Barbassa

Ela também vai permitir que o Brasil desafie os Estados Unidos como terceiro maior produtor, após a Rússia e a Arábia Saudita (Germano Lüders/EXAME.com)

Ela também vai permitir que o Brasil desafie os Estados Unidos como terceiro maior produtor, após a Rússia e a Arábia Saudita (Germano Lüders/EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de junho de 2011 às 17h28.

Rio de Janeiro - A Petrobras informou nesta sexta-feira que produzirá mais que qualquer outra companhia petroleira listada em bolsa no mundo, prevendo elevar a produção para 6 milhões de barris de óleo equivalente por dia em 2020, quase o triplo do que a estatal produz atualmente.

A previsão revisada para 2020 representa um aumento de 10 por cento na comparação com a estimativa anterior, de acordo com o diretor financeiro da estatal, Almir Barbassa.

Segundo ele, a estimativa tem como base, principalmente, a adição de novos ativos em águas profundas e áreas de exploração próximas ao Rio de Janeiro e a São Paulo.

A previsão anterior, anunciada em 2010, era de 5,4 milhões de barris. Desse número, cerca de 1,13 milhão de barris por dia, ou 23 por cento, é de gás natural. Cerca de 6 por cento da estimativa se refere à produção de petróleo e gás fora do Brasil.

Mais da metade da produção deve ir para os mercados de exportação, tornando a Petrobras uma das maiores fornecedoras de petróleo fora da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).

Ela também vai permitir que o Brasil desafie os Estados Unidos como terceiro maior produtor, após a Rússia e a Arábia Saudita.

"A Petrobras hoje é a terceira maior companhia de energia do mundo, e segunda maior companhia de petróleo entre aquelas listadas na bolsa", disse Barbassa durante discurso no Centro de Pesquisa da companhia. Ela irá produzir "6 milhões de barris por dia dentro de 10 anos", disse.

A atual líder de produção é a ExxonMobil, com produção de 4,4 milhões de barris petróleo e gás por dia em 2010.


O aumento da estimativa de produção também sinaliza que a Petrobras pode estar planejando elevar suas já ambiciosas metas, em meio à expectativa do tão aguardado plano de negócios para o período entre 2011 e 2015.

Barbassa não quis fazer mais comentários.

Em esclarecimento aos comentários do diretor financeiro, um porta-voz disse que os 6 milhões de barris por dia referiam-se a barris de petróleo equivalente e não simples barris de petróleo. Barris de petróleo equivalente significa petróleo, gás natural e gás natural liquido em uma única medida.

O Brasil espera se tornar um grande exportador de petróleo extraido o produto da área do pré-sal, na qual, acredita-se, há mais de 50 bilhões de barris.

Há expectativa de que a companhia divulgue, nas próximas semanas, o novo plano de investimento, atualizando o plano anterior, de 2010 a 2014, cuja estimativa era de 224 bilhões de dólares. Analistas esperam que a despesa total no próximo plano esteja em conformidade com o plano atual.

O novo plano vai guiar os investidores sobre se a Petrobras vai reduzir os investimentos em áreas como refino e transporte e dar maiores sinais aos mercados da quantia de produção que pode ser esperada dos campos brasileiros.

No início do ano, a Petrobras divulgou um plano atualizado para as operações no pré-sal que diminuiu o custo de desenvolvimento dessas áreas, como resultado de uma produtividade melhor que a esperada nos campos, permitindo que a companhia perfure menos poços que o antecipado anteriormente.

Acompanhe tudo sobre:Capitalização da PetrobrasEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEnergiaEstatais brasileirasGás e combustíveisIndústria do petróleoPetrobrasPetróleo

Mais de Negócios

21 franquias baratas que custam menos que um carro popular usado

Startup quer trazer internet mais rápida e barata para empresas

"Tinder do aço": conheça a startup que deve faturar R$ 7 milhões com digitalização do setor

Sears: o que aconteceu com a gigante rede de lojas americana famosa no Brasil nos anos 1980