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Petrobras pode parar construção de plataformas em Rio Grande

Segundo o prefeito da cidade gaúcha, a estatal está muito perto de cancelar contrato com consórcio para construir módulos e integração de plataformas

Petrobras: o cancelamento, segundo o prefeito de Rio Grande (RS), deverá ocorrer devido a uma disputa entre as companhias que formam o consórcio (Yasuyoshi Chiba/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 8 de junho de 2015 às 21h29.

Rio de Janeiro - A Petrobras está muito perto de cancelar o contrato com o consórcio QGI, formado pelas empresas Queiroz Galvão e Iesa Óleo e Gás, para a construção de módulos e integração das plataformas P-75 e P-77, no estaleiro do consórcio no Polo Naval de Rio Grande (RS), afirmou nesta segunda-feira o prefeito da cidade, Alexandre Lindenmeyer.

O cancelamento, segundo o prefeito, deverá ocorrer devido a uma disputa entre as companhias sobre valores de aditivos e pode ampliar o atraso no crescimento da produção da petroleira estatal.

As duas plataformas estão destinadas ao campo de Búzios, na cessão onerosa, no pré-sal da Bacia de Santos, sendo que a P-75 estava prevista para ser entregue em 2016, enquanto a P-77 em 2017, segundo o plano de negócios da Petrobras 2014-2018.

Acompanhado de uma comitiva, formada por representantes da cidade, o prefeito esteve na tarde desta segunda-feira no Rio de Janeiro em reuniões separadas com a Petrobras e com o consórcio.

O QGI cobra da Petrobras aditivos de cerca de 10 por cento do valor original do contrato, de cerca de 1,6 bilhão de dólares, conforme explicou Lindenmeyer à Reuters.

Os valores são cobrados porque a empresa alega a realização de dezenas de alterações no contrato, a pedido da Petrobras, incluindo melhorias de segurança e de performance. Entretanto, segundo Lindenmeyer, a Petrobras discorda dos valores.

"Houve todo um processo de negociação entre QGI e Petrobras, sendo que está muito próximo de romper a possibilidade da P-75 e P-77 serem executadas em Rio Grande. Ainda não é uma situação dada, mas está muito difícil essa negociação", afirmou.

Segundo Lindenmeyer, a Petrobras deve tomar uma decisão final sobre o contrato na quarta-feira, para quando está marcado um encontro entre a estatal e o consórcio.

Em fevereiro, a Petrobras declarou que recebeu carta do QGI sobre a descontinuidade da execução do escopo do contrato. Na ocasião, a empresa disse que as obras de ambas as plataformas estavam em fase de conclusão dos projetos de engenharia de detalhamento e início da construção e montagem dos módulos.

Lindenmeyer afirmou que as negociações foram retomadas em março, mas não houve avanços até agora, segundo ele.

A Queiroz Galvão e a Iesa estão entre as empresas investigadas na Operação Lava Jato, da Polícia Federal, que apura esquema de desvio de dinheiro de contratos com a Petrobras por empreiteiras, políticos e executivos de diversas companhias.

Procurada, a Petrobras afirmou que as negociações com o QGI estão em andamento e que a finalização de um acordo depende de ambas as partes.

Já a Queiroz Galvão, que é líder do consórcio, alegou que não pode se pronunciar por conta de uma cláusula de sigilo contratual.

Texto atualizado às 21h28

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Rio de Janeiro - A Petrobras está muito perto de cancelar o contrato com o consórcio QGI, formado pelas empresas Queiroz Galvão e Iesa Óleo e Gás, para a construção de módulos e integração das plataformas P-75 e P-77, no estaleiro do consórcio no Polo Naval de Rio Grande (RS), afirmou nesta segunda-feira o prefeito da cidade, Alexandre Lindenmeyer.

O cancelamento, segundo o prefeito, deverá ocorrer devido a uma disputa entre as companhias sobre valores de aditivos e pode ampliar o atraso no crescimento da produção da petroleira estatal.

As duas plataformas estão destinadas ao campo de Búzios, na cessão onerosa, no pré-sal da Bacia de Santos, sendo que a P-75 estava prevista para ser entregue em 2016, enquanto a P-77 em 2017, segundo o plano de negócios da Petrobras 2014-2018.

Acompanhado de uma comitiva, formada por representantes da cidade, o prefeito esteve na tarde desta segunda-feira no Rio de Janeiro em reuniões separadas com a Petrobras e com o consórcio.

O QGI cobra da Petrobras aditivos de cerca de 10 por cento do valor original do contrato, de cerca de 1,6 bilhão de dólares, conforme explicou Lindenmeyer à Reuters.

Os valores são cobrados porque a empresa alega a realização de dezenas de alterações no contrato, a pedido da Petrobras, incluindo melhorias de segurança e de performance. Entretanto, segundo Lindenmeyer, a Petrobras discorda dos valores.

"Houve todo um processo de negociação entre QGI e Petrobras, sendo que está muito próximo de romper a possibilidade da P-75 e P-77 serem executadas em Rio Grande. Ainda não é uma situação dada, mas está muito difícil essa negociação", afirmou.

Segundo Lindenmeyer, a Petrobras deve tomar uma decisão final sobre o contrato na quarta-feira, para quando está marcado um encontro entre a estatal e o consórcio.

Em fevereiro, a Petrobras declarou que recebeu carta do QGI sobre a descontinuidade da execução do escopo do contrato. Na ocasião, a empresa disse que as obras de ambas as plataformas estavam em fase de conclusão dos projetos de engenharia de detalhamento e início da construção e montagem dos módulos.

Lindenmeyer afirmou que as negociações foram retomadas em março, mas não houve avanços até agora, segundo ele.

A Queiroz Galvão e a Iesa estão entre as empresas investigadas na Operação Lava Jato, da Polícia Federal, que apura esquema de desvio de dinheiro de contratos com a Petrobras por empreiteiras, políticos e executivos de diversas companhias.

Procurada, a Petrobras afirmou que as negociações com o QGI estão em andamento e que a finalização de um acordo depende de ambas as partes.

Já a Queiroz Galvão, que é líder do consórcio, alegou que não pode se pronunciar por conta de uma cláusula de sigilo contratual.

Texto atualizado às 21h28

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