Petrobras melhora proposta, mas sindicatos avaliam greve
Empresa apresentou proposta de acréscimo de R$ 2.056 ao piso da cota de PLR de 2011; até ontem, o piso de R$ 16,5 mil vinha sendo rejeitado pelos empregados
Da Redação
Publicado em 17 de julho de 2012 às 22h33.
Rio - Na tentativa de evitar que os funcionários acompanhem outras categorias do serviço público federal e entrem em greve a partir de amanhã, a Petrobras apresentou à Federação Única dos Petroleiros (FUP) e à Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) a proposta de acréscimo de R$ 2.056 ao piso da cota de Participação de Lucros e Resultados (PLR)de 2011. Até ontem, o piso de R$ 16,5 mil vinha sendo rejeitado pelos empregados.
Os sindicatos dos petroleiros da Bahia e do Rio Grande do Norte já votaram pela greve. FNP e SindPetro-RJ querem uma fatia maior da participação nos lucros e farão indicativo de greve, com possibilidade de paralisações de algumas horas a partir de amanhã. Outras representações estaduais têm feito assembleias para discutir a questão. A tendência é que a paralisação aconteça, o que contraria a presidente Dilma Rousseff, a equipe econômica do governo e a cúpula da Petrobrás.
O Conselho Deliberativo da FUP reúne-se amanhã para debater a proposta e encaminhá-la à apreciação da categoria. Uma greve poderia começar a partir de sexta-feira. "A partir de amanhã podemos começar paralisações de um, duas ou quatro horas", afirmou Agnelson Camilo, um dos coordenadores da FNP. "Se a outra federação (FUP) votar pela greve, aderimos conjuntamente".
O temor de que uma greve geral atrase mais ainda a continuidade dos projetos da Petrobrás levou a presidente Graça Foster e o diretor Corporativo e de Serviços, José Eduardo Dutra, a encontraram-se no último dia 11 com as lideranças petroleiras para tentar convencê-las a não aderir ao movimento reivindicatório do funcionalismo federal.
Não houve acordo na ocasião. Hoje, após a derradeira reunião - sem a presença de Graça - antes do provável início da greve, o coordenador da FUP, João Antônio de Moraes, disse que a Petrobrás melhorou a proposta antes recusada, mas que nada havia sido decidido.
Na nova proposta, a empresa oferece mais R$ 760 sobre o piso referente ao PLR. Os petroleiros já receberam 40% do total da PLR em janeiro. A proposta também prevê o pagamento adicional de R$ 1.296 ou o equivalente a 12% do salário do profissional. Nesse caso, a quantia maior será incorporada ao PLR como adiantamento da gratificação do Acordo Coletivo de Trabalho de 2012, que seria paga em setembro. A FNP e o SindPetro defendem um porcentual maior para o PRL, 25% do que recebem os acionistas, no limite do que a lei permite. "Rejeitamos a proposta e faremos indicativo de greve", afirmou Emanoel Cancella, do SindPetro-RJ.
Até a conclusão desta edição a Petrobrás não se manifestara sobre os procedimentos para evitar que a greve seja deflagrada.
Rio - Na tentativa de evitar que os funcionários acompanhem outras categorias do serviço público federal e entrem em greve a partir de amanhã, a Petrobras apresentou à Federação Única dos Petroleiros (FUP) e à Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) a proposta de acréscimo de R$ 2.056 ao piso da cota de Participação de Lucros e Resultados (PLR)de 2011. Até ontem, o piso de R$ 16,5 mil vinha sendo rejeitado pelos empregados.
Os sindicatos dos petroleiros da Bahia e do Rio Grande do Norte já votaram pela greve. FNP e SindPetro-RJ querem uma fatia maior da participação nos lucros e farão indicativo de greve, com possibilidade de paralisações de algumas horas a partir de amanhã. Outras representações estaduais têm feito assembleias para discutir a questão. A tendência é que a paralisação aconteça, o que contraria a presidente Dilma Rousseff, a equipe econômica do governo e a cúpula da Petrobrás.
O Conselho Deliberativo da FUP reúne-se amanhã para debater a proposta e encaminhá-la à apreciação da categoria. Uma greve poderia começar a partir de sexta-feira. "A partir de amanhã podemos começar paralisações de um, duas ou quatro horas", afirmou Agnelson Camilo, um dos coordenadores da FNP. "Se a outra federação (FUP) votar pela greve, aderimos conjuntamente".
O temor de que uma greve geral atrase mais ainda a continuidade dos projetos da Petrobrás levou a presidente Graça Foster e o diretor Corporativo e de Serviços, José Eduardo Dutra, a encontraram-se no último dia 11 com as lideranças petroleiras para tentar convencê-las a não aderir ao movimento reivindicatório do funcionalismo federal.
Não houve acordo na ocasião. Hoje, após a derradeira reunião - sem a presença de Graça - antes do provável início da greve, o coordenador da FUP, João Antônio de Moraes, disse que a Petrobrás melhorou a proposta antes recusada, mas que nada havia sido decidido.
Na nova proposta, a empresa oferece mais R$ 760 sobre o piso referente ao PLR. Os petroleiros já receberam 40% do total da PLR em janeiro. A proposta também prevê o pagamento adicional de R$ 1.296 ou o equivalente a 12% do salário do profissional. Nesse caso, a quantia maior será incorporada ao PLR como adiantamento da gratificação do Acordo Coletivo de Trabalho de 2012, que seria paga em setembro. A FNP e o SindPetro defendem um porcentual maior para o PRL, 25% do que recebem os acionistas, no limite do que a lei permite. "Rejeitamos a proposta e faremos indicativo de greve", afirmou Emanoel Cancella, do SindPetro-RJ.
Até a conclusão desta edição a Petrobrás não se manifestara sobre os procedimentos para evitar que a greve seja deflagrada.