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Petrobras atrai interesse da Sinopec e CNOOC, dizem fontes

Segundo duas fontes, as empresas chinesas que entraram de sócias em campos de petróleo procuram ampliar sua presença no pré-sal

Pré-sal: Petrobras convidou um pequeno grupo de empresas para apresentarem ofertas por participações em concessões, incluindo blocos do pré-sal, dizem fontes (Divulgação/Petrobrás)
DR

Da Redação

Publicado em 1 de julho de 2015 às 16h41.

Duas empresas chinesas que entraram de sócias nos gigantescos campos de petróleo em águas profundas do Brasil há dois anos procuram agora ampliar sua presença em um momento em que a Petrobras , a estatal brasileira, vende ativos para quitar dívidas, segundo duas fontes informadas sobre o assunto.

A China Petroleum Chemical Corp., ou Sinopec, e a Cnooc Ltd. estão entre as empresas interessadas em comprar participações nos chamados blocos de exploração offshore do pré-sal , disseram as fontes, que pediram anonimato porque as negociações são privadas.

A Petróleo Brasileiro SA, como a empresa é formalmente conhecida, convidou um pequeno grupo de empresas internacionais com experiência offshore para apresentarem ofertas por participações em algumas concessões, incluindo os blocos do pré-sal, disseram fontes no mês passado.

A maior produtora em águas profundas do mundo está tentando angariar um total de US$ 15 bilhões em vendas de ativos neste ano e no próximo para financiar as operações e reduzir suas dívidas, que são as mais altas do setor, na casa dos US$ 125 bilhões.

A Petrobras não respondeu aos e-mails e telefonemas em busca de comentário.

O presidente da empresa, Aldemir Bendine, disse a repórteres na segunda-feira que a Petrobras não comentaria as negociações nem as vendas de ativos antes que elas se tornassem oficiais.

Embora tenha preferido não comentar especificamente sobre a venda de ativos da Petrobras, a Sinopec Group disse, em uma resposta enviada por e-mail, que estudará algumas oportunidades de aquisições.

A Cnooc, que tem sede em Pequim, não respondeu a um pedido de comentário enviado por e-mail, e dois telefonemas ao seu departamento de mídia não foram atendidos.

US$ 5 bi

A Royal Dutch Shell Plc e a Statoil ASA também estão acessando dados geológicos sobre os campos petrolíferos para preparar ofertas, disse uma das fontes.

A Petrobras espera que as propostas sejam apresentadas ainda neste mês, segundo uma fonte. A empresa planeja arrecadar pelo menos US$ 5 bilhões no leilão offshore, disse outra fonte.

A Shell está procurando oportunidades para crescer no Brasil, disse o presidente da empresa no país, André Araújo, a repórteres, na terça-feira. A empresa com sede em Haia preferiu não realizar mais comentários em uma resposta enviada por e-mail.

A Statoil, que tem sede em Stavanger, Noruega, preferiu não comentar o assunto.

Entre os campos em que a Petrobras está vendendo participações, um processo conhecido como farm out, estão as descobertas em águas profundas de Sagitário, Júpiter e Pão de Açúcar onde a produção não começou, disse uma das fontes.

A empresa descumpriu metas de venda de ativos de planos de negócios anteriores.

A Petrobras retirou os campos de Carcará e Júpiter, no pré-sal, de sua programação de projetos com início da produção em 2020, o que indica que eles podem estar à venda, disse o Bank of America Corp. em uma nota técnica, em 29 de junho.

A Petrobras disse por e-mail que adiou esses projetos para depois de 2020.

As vendas de ativos são fundamentais para que a empresa reduza a alavancagem em um momento de baixos preços do petróleo e após ter registrado um prejuízo de R$ 21,6 bilhões (US$ 7 bilhões) no ano passado, com baixas contábeis relacionadas à corrupção e à má gestão.

Esta seria a primeira vez que a Petrobras reduz sua exposição à região do pré-sal, que a empresa anunciava como a próxima grande fronteira mundial do petróleo há cerca de uma década.

Um grupo composto por Petrobras, Shell, Total SA, Cnooc e Sinopec ganhou uma licença de 35 anos para operar o campo de Libra em outubro de 2013.

Esse foi o primeiro e único leilão do pré-sal que usou um modelo de partilha de produção que transforma a Petrobras em operadora de todos os novos projetos e exige que a empresa seja dona de pelo menos 30 por cento.

Alguns parlamentares estão pressionando para que essas regras sejam flexibilizadas.

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Duas empresas chinesas que entraram de sócias nos gigantescos campos de petróleo em águas profundas do Brasil há dois anos procuram agora ampliar sua presença em um momento em que a Petrobras , a estatal brasileira, vende ativos para quitar dívidas, segundo duas fontes informadas sobre o assunto.

A China Petroleum Chemical Corp., ou Sinopec, e a Cnooc Ltd. estão entre as empresas interessadas em comprar participações nos chamados blocos de exploração offshore do pré-sal , disseram as fontes, que pediram anonimato porque as negociações são privadas.

A Petróleo Brasileiro SA, como a empresa é formalmente conhecida, convidou um pequeno grupo de empresas internacionais com experiência offshore para apresentarem ofertas por participações em algumas concessões, incluindo os blocos do pré-sal, disseram fontes no mês passado.

A maior produtora em águas profundas do mundo está tentando angariar um total de US$ 15 bilhões em vendas de ativos neste ano e no próximo para financiar as operações e reduzir suas dívidas, que são as mais altas do setor, na casa dos US$ 125 bilhões.

A Petrobras não respondeu aos e-mails e telefonemas em busca de comentário.

O presidente da empresa, Aldemir Bendine, disse a repórteres na segunda-feira que a Petrobras não comentaria as negociações nem as vendas de ativos antes que elas se tornassem oficiais.

Embora tenha preferido não comentar especificamente sobre a venda de ativos da Petrobras, a Sinopec Group disse, em uma resposta enviada por e-mail, que estudará algumas oportunidades de aquisições.

A Cnooc, que tem sede em Pequim, não respondeu a um pedido de comentário enviado por e-mail, e dois telefonemas ao seu departamento de mídia não foram atendidos.

US$ 5 bi

A Royal Dutch Shell Plc e a Statoil ASA também estão acessando dados geológicos sobre os campos petrolíferos para preparar ofertas, disse uma das fontes.

A Petrobras espera que as propostas sejam apresentadas ainda neste mês, segundo uma fonte. A empresa planeja arrecadar pelo menos US$ 5 bilhões no leilão offshore, disse outra fonte.

A Shell está procurando oportunidades para crescer no Brasil, disse o presidente da empresa no país, André Araújo, a repórteres, na terça-feira. A empresa com sede em Haia preferiu não realizar mais comentários em uma resposta enviada por e-mail.

A Statoil, que tem sede em Stavanger, Noruega, preferiu não comentar o assunto.

Entre os campos em que a Petrobras está vendendo participações, um processo conhecido como farm out, estão as descobertas em águas profundas de Sagitário, Júpiter e Pão de Açúcar onde a produção não começou, disse uma das fontes.

A empresa descumpriu metas de venda de ativos de planos de negócios anteriores.

A Petrobras retirou os campos de Carcará e Júpiter, no pré-sal, de sua programação de projetos com início da produção em 2020, o que indica que eles podem estar à venda, disse o Bank of America Corp. em uma nota técnica, em 29 de junho.

A Petrobras disse por e-mail que adiou esses projetos para depois de 2020.

As vendas de ativos são fundamentais para que a empresa reduza a alavancagem em um momento de baixos preços do petróleo e após ter registrado um prejuízo de R$ 21,6 bilhões (US$ 7 bilhões) no ano passado, com baixas contábeis relacionadas à corrupção e à má gestão.

Esta seria a primeira vez que a Petrobras reduz sua exposição à região do pré-sal, que a empresa anunciava como a próxima grande fronteira mundial do petróleo há cerca de uma década.

Um grupo composto por Petrobras, Shell, Total SA, Cnooc e Sinopec ganhou uma licença de 35 anos para operar o campo de Libra em outubro de 2013.

Esse foi o primeiro e único leilão do pré-sal que usou um modelo de partilha de produção que transforma a Petrobras em operadora de todos os novos projetos e exige que a empresa seja dona de pelo menos 30 por cento.

Alguns parlamentares estão pressionando para que essas regras sejam flexibilizadas.

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