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Para o GuardeAqui, crise imobiliária é impulso para crescer

Com a locação de espaços para armazenamento, empresa triplicou de tamanho em 18 meses e não querer parar de crescer


	GuardeAqui: nos últimos 18 meses, empresa triplicou os espaços alugados
 (Divulgação)

GuardeAqui: nos últimos 18 meses, empresa triplicou os espaços alugados (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 6 de janeiro de 2016 às 10h50.

São Paulo - Enquanto grandes construtoras enfrentam queda nas vendas e nos lucros, o GuardeAqui aproveita para expandir sua presença no Brasil.

Nos últimos 18 meses, a empresa triplicou a locação de espaços para armazenamento e tem planos agressivos de expansão para os próximos anos. O curioso é que ela é controlada pela Equity International, fundo que já havia investido em construtoras como Gafisa e Tenda.

A crise econômica, que tem afetado o mercado imobiliário, tem ajudado o negócio a crescer justamente nesse setor, alugando boxes para guardar equipamentos, móveis e produtos.

As vendas acontecem tanto para pessoas jurídicas quanto físicas, conta Allan Paiotti, presidente da empresa.

Segundo ele, as companhias estão reduzindo equipes e escritórios e precisam de locais para armazenar computadores, mesas e outros objetos, o que é uma oportunidade para o GuardeAqui.

Entre pessoas físicas, o serviço também tem se tornado mais popular. Por conta da crise, jovens estão voltando para a casa dos pais e precisam de espaço para guardar seus móveis e bens.

Além disso, a diminuição dos preços dos imóveis também favorece a companhia, que tem planos para comprar prédios e inaugurar até 35 novas unidades nos próximos anos.

"Nós estamos em um processo de expansão, comprando imóveis no meio da crise", diz Paiotti.

Clientes

Os boxes do GuardeAqui ficam em prédios em centros urbanos, voltados para a pessoa física ou jurídica. Além dos espaços de armazenamento, ela oferece salas de reunião e wifi. Essas comodidades servem para atrair pequenas empresas.

"A pessoa pode não ter um escritório, mas precisa de um lugar para se reunir com fornecedores e clientes e mostrar os seus produtos que estão armazenados no box, por exemplo", falou Paiotti.

Além disso, embora empresas grandes tenham centros de distribuição, elas passam a usar os espaços para ter estoques mais próximos das cidades.

A L'Oreal é um dos clientes. Segundo o presidente, ela tem um box em cada unidade do GuardeAqui, para guardar pequenos lotes de produtos para pequenos farmacêuticos.

Outro cliente é um quiosque do Mr. Beer. A empresa de cervejas especiais tem um box perto do shopping onde tem loja para guardar o estoque.

O quiosque é reabastecido diariamente e, à medida que o estoque diminui, a cervejaria reduz a locação dos boxes, uma vez que os contratos são mensais.

Mudanças

Seguindo um modelo americano de self storage para meios urbanos, a empresa chegou ao Brasil em 2004 com três unidades. No entanto, encontrou dificuldades para expandir inicialmente.

Por isso, a empresa precisou tomar algumas medidas nos últimos anos. O primeiro passou foi mudar o antigo conceito de armazenamento que existia no Brasil, de grandes galpões fora da cidade, onde o cliente não tinha acesso aos seus pertences.

Os boxes do GuardeAqui ficam em prédios modernos, em grandes centros urbanos. Em pouco tempo, uma pessoa ou empresa pode alugar um espaço.

Ela irá receber uma senha e será a única autorizada a retirar ou armazenar os objetos. "Antes, você não tinha acesso ao galpão onde estavam os seus móveis. Com o nosso serviço, você acessa a hora que quiser", diz Paiotti.

Outra medida que a empresa tomou foi encontrar uma empresa que comprasse a sua ideia. Em 2011, a empresa foi vendida para a Equity International, fundo liderado pelo megainvestidor Sam Zell e com participações nas construtoras Gafisa e Tenda.

A empresa também tem investimentos da Morgan Stanley Alternative Investment Partners e do fundo Teacher Retirement System of Texas.

Com um novo posicionamento de mercado e caixa para investir, a empresa começou a construir sua expansão em 2013. Agora, são 14 prédios e a empresa tem planos de chegar a 50 até 2020.

Além da região metropolitana de São Paulo, ela já tem empreendimentos em Santos, Campinas, Guarulhos, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, entre outras cidades.

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