Os 31 bilionários brasileiros de 2016, segundo a Forbes
Além de Jorge Paulo Lemann, outros 30 brasileiros também aparecem na lista da Forbes, com fortunas nos setores de bancos, cerveja, construção, mídia e saúde
Karin Salomão
Publicado em 1 de março de 2016 às 17h51.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 14h18.
São Paulo - O empresário Jorge Paulo Lemann estrela, novamente, o primeiro lugar no ranking dos bilionários brasileiros . Ele também é o 19° homem mais rico em todo o mundo, segundo a lista anual de bilionários da Forbes. Outros 30 brasileiros também aparecem na lista da publicação. Eles fizeram sua riqueza nos setores de bancos, cerveja, construção, mídia e saúde - seja com redes de hospitais, seja com farmácias. Confira nas imagens quais são os 31 bilionários do Brasil.
O maior bilionário brasileiro, Jorge Paulo Lemann , deve sua posição à fatia que ele tem na Anheuser-Busch InBev, ou AB Inbev. Com uma fortuna de 27,8 bilhões de dólares, ele é sócio da 3G Capital, gestora de investimentos. Também é o único brasileiro na lista das personalidades mais influentes do mundo, segundo a Bloomberg.
Descendente de uma família de banqueiros que chegou da síria, Joseph Safra tinha uma fortuna de 17,2 bilhões de dólares em 2015. Há dois anos, comprou ainda 50% da Chiquita Brands International, companhia de bananas, ao lado de José Luis Cutrale – que também aparece nessa lista.
Sócio na 3G Capital ao lado de Jorge Paulo Lemann e Carlos Alberto Sicupira, Marcel Telles tem uma fortuna de 13 bilhões de dólares. Esse ano, a AB Inbev, controlada pela 3G e maior cervejaria do mundo, protagonizou uma das maiores aquisições do mundo dos negócios, ao comprar a SAB Miller, segunda colocada. O valor da aquisição foi de 109 bilhões de dólares.
Segundo a Forbes, os ativos de Carlos Alberto Sicupira valem 11,3 bilhões de dólares. A 3G Capital ainda tem participações na Restaurant Brands International, dona do Burger King e da Tim Hortons, e na KraftHeinz. No Brasil, ele tem uma fatia das Lojas Americanas. Sicupira também detém recordes mundiais de pesca com arpão.
Em 5º lugar entre os brasileiros mais ricos do mundo, Eduardo Saverin ocupa a 188ª posição no ranking global. O brasileiro de 33 anos é um dos cofundadores do Facebook. Ele renunciou à sua cidadania norte-americana em 2012 e, desde então, mora em Cingapura, onde investe em startups de tecnologia. A sua fortuna é de 6,5 bilhões de dólares.
Os irmãos Marinho, cada um com 4,3 bilhões de dólares, ocupam juntos a 351ª posição no ranking mundial dos bilionários da Forbes. Na foto, José Roberto Marinho, Roberto Irineu Marinho e João Roberto Marinho, que são herdeiros do controle da Globo, maior grupo de mídia da América Latina.
Fundador do Grupo Pão de Açúcar, hoje Abilio dos Santos Diniz é chairman do conselho da BRF e um dos maiores acionistas do Carrefour. O empresário tem uma fortuna de 3,4 bilhões de dólares, segundo a Forbes. Ao lado de Lemann, ele está criando uma rede de padarias depois de comprar a Benjamin Abrahão.
Jorge Moll Filho é um cardiologista e empreendedor brasileiro. Em 1977, ele fundou uma rede de diagnósticos por imagem e a transformou numa das maiores redes de hospitais e laboratórios, a Rede D’Or, com 30 hospitais. De 2015 para 2016, o bilionário pulou da 1054ª posição para a 569ª no ranking geral, com uma fortuna de 3 bilhões de dólares. Isso porque o banco BTG Pactual vendeu sua participação de 12% na rede hospitalar em dezembro por 595 milhões de dólares.
Empatados na posição 612 do ranking geral da Forbes, está a família Moreira Salles. Fernando Roberto Moreira Salles, João Moreira Salles (foto), Pedro Moreira Salles e Walther Moreira Salles Júnior têm, cada um, 2,8 bilhões de dólares. O pai Walther Moreira Salles, já falecido, foi o fundador do Unibanco, que se fundiu ao Itaú em 2008. Eles também detêm uma fatia na Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração.
A fortuna de Walter Faria, de 2,6 bilhões de dólares, vem do seu controle do Grupo Petrópolis. Ele comprou a cervejaria em 1998 e a transformou na segunda maior do ramo no Brasil, atrás apenas da Ambev.
Segundo a Forbes, os ativos de José Luis Cutrale valem 2,5 bilhões de dólares. Ele é dono da Sucocítrico Cutrale Ltda, uma das maiores exportadoras de suco de laranja do mundo. Sua família ainda investe em commodities e plantações de soja.
A M. Dias Branco, que surgiu em 1940 como uma pequena padaria, hoje é uma gigante no setor de alimentação. A participação de Francisco Ivens de Sá Dias Branco na companhia da família lhe garantiu uma fortuna de 2,1 bilhões de dólares, de acordo com a Forbes. De acordo com a publicação, ele ainda controla diversos ativos imobiliários no estado do Ceará.
Rossana Camargo de Arruba Botelho, Renata de Camargo Nascimento e Regina de Camargo Pires. As três irmãs bilionárias, cada uma com 1,9 bilhão de dólares, são controladoras da Camargo Correa, conglomerado de cimento e construção fundado em 1939 pelo pai Sebastião Camargo. O grupo está sendo investigado pela Operação Lava Jato e já teve diversos executivos presos por acusações de envolvimento no esquema de corrupção.
Com 1,9 bilhão de dólares, Edson de Godoy Bueno aparece na posição 959 de bilionários da Forbes. Ele é fundador da Amil, que oferece planos de saúde e opera hospitais. Cerca de 90% da Amil foi comprada em 2012 por 4,9 bilhões de dólares. Com isso, Bueno ganhou um lugar no conselho de administração e uma fatia de quase 1% na companhia americana, sendo seu maior acionista individual.
Com 95 anos e 1,9 bilhão de dólares, Aloysio de Andrade Faria é o bilionário mais velho entre os brasileiros. Sua fortuna vem de seu conglomerado Banco Alfa, com participações em negócios de produção de óleo de palmeiras a hotéis, resorts e sorvetes. Ele ainda possui diversas fazendas e mais de 150 cavalos puro-sangue. O primeiro banco que controlou foi o Banco Real, que nas suas mãos se tornou um dos maiores do Brasil, até ser vendido para o holandês ABN Amro.
Carlos Sanchez deve sua fortuna de 1,7 bilhão de dólares de seu controle da EMS, empresa farmacêutica brasileira que foi fundada pelo seu pai.
Julio Bozano sabe como investir seu dinheiro. O início de sua fortuna de 1,6 bilhão de dólares, de acordo com a Forbes, veio do setor bancário. Ele então investiu na Azul Linhas Aéreas. No ano passado, tanto a United Airlines quanto a chinesa HNA Group compraram fatias na companhia aérea. Em 2013, Bozano adquiriu participações em três firmas de investimento, a Mercatto Investimentos, BR Investimentos e Trapezus Assets Management, que se fundiram para formar a Bozano Investimentos.
De acordo com a Forbes, o banqueiro André Esteves tem uma fortuna de 1,6 bilhão de dólares, principalmente por causa de sua participação no banco BTG Pactual. Esteves teve um ano conturbado: foi preso por conta das investigações da Operação Lava Jato e deixou o cargo de presidente do banco. Por conta disso, o BTG Pactual está vendendo diversos ativos, como o banco suíço BSI e a participação na Rede D’Or.
Vendendo sapatos acessíveis, Alexandre Grendene Bartelle acumulou uma fortuna de 1,6 bilhão de dólares. O bilionário deixou a presidência da Grendene, uma das maiores fabricantes de sapato do mundo, em 2013, mas continua no conselho. Ele também tem uma participação na calçadista Beira Rio.
Nascido na Bolívia, Miguel Krigsner tem ativos no valor de 1,6 bilhão de dólares, de acordo com a Forbes. Ele é o fundador do Grupo Boticário, onde hoje é presidente do conselho de administração. A publicação ainda destaca sua atuação em sustentabilidade através da Fundação Boticário de Proteção à Natureza, que já suportou mais de 1.400 causas ambientais.
A fortuna de Ermírio Pereira de Moraes e Maria Helena Moraes, irmãos do empresário Antonio Ermírio de Moraes, donos do conglomerado Votorantim, Scripilliti caiu bastante de 2015 para 2016 – de 2,5 bilhões de dólares para os atuais 1,1 bilhão de dólares.
No seu currículo, Lirio Parisotto já acumulou funções de seminarista, gerente de recursos humanos, bancário, médico e comerciante. Hoje, sua atuação no mercado de ações lhe valeram uma fortuna de 1,1 bilhão de dólares de acordo com a Forbes. Em seu portfólio, estão empresas no setor bancário, eletricidade, mineração e aço.
Alfredo Egydio Arruda Villela Filho, de 46 anos, é a 31ª pessoa mais rica do país, com uma fortuna de 1 bilhão de dólares, e o 1694º do mundo, segundo a Forbes. Ele é o maior acionista individual da Itaúsa, holding do banco, e bisneto do fundador do Itaú, que se fundiu com o Unibanco em 2008.