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OGX eleva recursos para 10,8 bilhões de barris e se aproxima da Petrobras

Exploração e produção em águas rasas daria mais competitividade à OGX, segundo Eike Batista

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Eike Batista, dono da OGX: mais perto da Petrobras na corrida por petróleo (Daniela Dacorso)

Eike Batista, dono da OGX: mais perto da Petrobras na corrida por petróleo (Daniela Dacorso)

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Márcio Juliboni, Marcel Salim

Publicado em 15 de abril de 2011 às, 19h34.

São Paulo - A OGX, petrolífera criada pelo empresário Eike Batista, elevou sua estimativa de recursos potenciais de óleo e gás para 10,8 bilhões de barris de óleo equivalente (boe). A estimativa anterior era de 6,8 bilhões de barris.

A revisão foi baseada em um relatório da consultoria independente DeGolyer & MacNaughton (D&M), especializada no setor. A avaliação dos recursos é uma etapa anterior à declaração de reservas. Para que uma petrolífera passe da fase de recursos potenciais para a de reservas, é preciso que a empresa faça a declaração de comercialidade do produto - algo que a OGX ainda não fez.

Embora ainda não sejam reservas, o potencial da OGX se aproxima ao da Petrobras. Em meados de janeiro, a estatal divulgou que suas reservas provadas somavam 15,986 bilhões de barris boe.

De acordo com comunicado à imprensa, a OGX conta com um potencial líquido de 5,7 bilhões de barris na bacia de Campos; 1 bilhão de barris na bacia do Parnaíba; e 1,1 bilhão de barris na Colômbia. Esses números, somados à estimativa divulgada em setembro de 2009, totalizam as novas reservas da OGX.

Custo menor

“Esses resultados, apresentados por uma consultoria independente e respeitada em todo o mundo, vêm comprovar o extraordinário sucesso de nossa estratégia de atuação”, afirmou Eike na mesma nota à imprensa.

O empresário destacou, ainda, que a maior parte das descobertas da OGX situa-se em águas rasas, o que reduziria os custos de exploração e produção, quando comparados ao pré-sal. Além disso, a tecnologia de extração em águas rasas seria “amplamente dominada.”

Segundo a OGX, a D&M baseou-se em informações disponíveis até 31 de dezembro do ano passado para as bacias de Campos e Parnaíba; e 31 de março deste ano para a Colômbia. A consultoria também analisou 22 poços, desconsiderando os perfurados após essas datas.

A OGX pretende iniciar a exploração comercial de seus poços ainda neste ano. A expectativa é de que a empresa comece a gerar caixa em agosto.


Repercussão nos mercados

Nesta sexta-feira (15/4), as ações da OGX e de outras companhias do setor de petróleo e gás puxaram a alta do Ibovespa, principal índice de ações brasileiro, em meio à expectativa do mercado pela divulgação do relatório sobre os recursos da petrolífera de Eike Batista.

O Ibovespa terminou o dia com ganho de 0,61%, aos 66.684,21 pontos. As ações ordinárias da OGX (OGXP3) fecharam a sessão com alta de 3,15%, negociadas a 19,65 reais. Na mesma tendência, as preferenciais da Petrobras avançaram 2,12%, cotadas a 26,53 reais.

O relatório publicado pela OGX atualiza os recursos potenciais de barris de óleo equivalente (boe) e amplia agora o tamanho da empresa, trazendo mais clareza aos investidores sobre a capacidade da companhia em cumprir suas metas.

Analistas consultados por EXAME.com antes da divulgação do relatório apostavam que, caso os números deste novo documento viessem superiores aos 6,8 bilhões de barris de petróleo equivalente (boe) anunciados em 2009, as ações da companhia iriam registrar forte valorização no pregão de segunda-feira (18/4).

Em entrevista recente, Oswaldo Telles, analista-chefe da Banif Corretora, afirmou que o mercado ainda não precificou os dados positivos que o relatório da OGX poderia fornecer. Diante deste cenário, ele prevê um potencial de valorização de até 20% nas ações da companhia.

“Se os recursos potenciais riscados líquidos vierem positivos, acredito que os papéis ganharão fôlego para subir”, estima Telles, cuja recomendação é de compra para as ações da companhia. No acumulado de abril, os papéis da OGX registram queda de 2,77%, enquanto no ano a desvalorização é de 3,78%.

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