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Odebrecht é expulsa de cúpula empresarial do Panamá

A Odebrecht foi expulsa depois da revelação do pagamento de propinas milionárias em mais de 12 países

Odebrecht: empresários panamenhos disseram apoiar as investigações do Ministério Público (Paulo Whitaker/Reuters)
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EFE

Publicado em 18 de janeiro de 2017 às 06h53.

Panamá - Os principais líderes empresariais do Panamá informaram nesta terça-feira a construtora Odebrecht sua expulsão como membro do clã após a revelação do pagamento de propinas milionárias em mais de 12 países, incluído o Panamá, onde executa obras que superam os US$ 3 bilhões.

"O cumprimento das leis e respeito dos princípios éticos e morais, são convicções da Câmara de Comércio, Indústrias e Agricultura do Panamá (CCIAP), em que a nossa organização é construída. Qualquer descumprimento desses valores, é motivo para expulsão", disse o presidente da CCIAP, Jorge García Icaza.

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O dirigente disse em comunicado que os empresários apoiam o Ministério Público e demais autoridades nas investigações, "em estrito apego ao estado de Direito, de modo que elas divulguem os nomes de todos os envolvidos e puna exemplarmente cada um dos responsáveis".

Cinquenta pessoas, entre eles vários advogados panamenhos, pediram hoje ao MP que revele os nomes dos funcionários que supostamente receberam propina da Odebrecht.

A construtora se comprometeu no último dia 12 a pagar US$ 59 milhões ao Panamá como fundo de garantia enquanto se averiguam suas propinas a funcionários do país da América Central.

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos disse em um relatório divulgado em dezembro do ano passado que a Odebrecht desembolsou US$ 788 milhões em propinas em 12 países da América Latina e África, dos quais US$ 59 milhões foram pagos ao Panamá entre 2009 e 2014, durante o governo de Ricardo Martinelli.

A empresa alcançou chegou a um acordo judicial com os governos dos EUA, Brasil e Suíça para pagar multas que somam mais de US$ 2 bilhões.

No mês passado, o governo panamenho vetou a participação da Odebrecht em novas licitações até que a empresa pague ao país e colabore com as investigações. EFE

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