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Odebrecht cria canal para que funcionários denunciem corrupção

O sistema, batizado como Linha de Ética, funcionará em todos os países onde o grupo tem presença e repetirá o modelo de denúncia anônima da polícia

Odebrecht: com a medida, a Odebrecht reitera seu compromisso com uma atuação "ética, justa e transparente" (Drawlio Joca)
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EFE

Publicado em 19 de dezembro de 2016 às 21h58.

São Paulo - A Odebrecht criou um canal direto para que os funcionários da companhia possam denunciar de forma anônima os desvios de conduta ou práticas corruptas na empresa.

A iniciativa faz parte de uma nova política aprovada pelo Conselho de Administração com o objetivo de "orientar o comportamento e as relações internas e externas dos funcionários, independentemente do nível hierárquico", disse a Odebrecht em nota.

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Caso haja dúvidas sobre a conduta de funcionários, clientes ou fornecedores, os colaboradores da Odebrecht poderão utilizar o canal disponível no site da companhia ou realizar uma ligação anônima para fazer a denúncia, afirmou a companhia em comunicado.

O sistema, batizado como Linha de Ética, funcionará em todos os países onde o grupo tem presença e repetirá o modelo utilizado pela polícia, que permite a denúncia anônima sem o temor de represálias.

Assim que a denúncia for recebida, ela será "registrada e investigada com independência e imparcialidade, de maneira interna ou com o auxílio de empresas especializadas".

Com a medida, a Odebrecht, uma das principais companhias envolvidas nos escândalos revelados pela Operação Lava Jato, reitera seu compromisso com uma atuação "ética, justa e transparente".

"Nosso foco é a prevenção e o principal esforço na implantação será o treinamento e a conscientização das pessoas. Se ocorrer algum desvio, a política oferece todos os mecanismos necessários para identificá-lo rapidamente e adotar, sempre que necessário, as medidas corretivas e disciplinares, também prevista", diz a nota.

O presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, foi condenado a 19 anos e quatro meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha dentro da Lava Jato.

Mais de 70 diretores da companhia assinaram um acordo de delação premiada com a Justiça para explicar detalhes de como a corrupção funcionava em troca de redução de suas futuras penas.

Acompanhe tudo sobre:CorrupçãoNovonor (ex-Odebrecht)

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