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O que Amil, Odontoprev, Dasa e Fleury mostrarão no balanço

Segundo os analistas do HSBC, os maiores riscos de decepção recaem sobre os laboratórios clínicos

Setor de saúde: quem conseguir colocar seu preço ficará bem, diz HSBC (Marcelo Breyne)

Setor de saúde: quem conseguir colocar seu preço ficará bem, diz HSBC (Marcelo Breyne)

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Da Redação

Publicado em 25 de julho de 2012 às 12h12.

São Paulo – O que ditará os resultados do segundo trimestre, no setor de saúde, será a capacidade das empresas de colocarem seus preços aos clientes. A avaliação é dos analistas Luciano Campos e Caio Moscardini, que assinam o relatório do HSBC com as prévias do setor.

“Mais uma vez, o poder de colocação de preços parece fazer a diferença”, afirma o relatório. “As pagadoras, tais como a Amil, ainda parecem aumentar seus preços, apesar do elevado nível de cancelamento de clientes.”

Nesse cenário, as maiores pressões recaem sobre os laboratórios de análises clínicas, como a Dasa e o Fleury. Segundo o HSBC, talvez essas empresas “não consigam proteger margens por meio do estabelecimento de preços, podendo, portanto, desapontar”.

Veja, a seguir, as estimativas do HSBC para os resultados do segundo trimestre de Amil, Odontoprev, Dasa e Fleury:

Amil: controle de preços e custos deve prevalecer

O HSBC estima uma receita líquida de 2,5 bilhões de reais no segundo trimestre para a Amil. A cifra representa um aumento de 15,2% sobre o mesmo período do ano passado. O ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) projetado é de 134,3 milhões de reais, com incremento de 22%. A margem de ebitda esperada é 5,2%, ou 0,3 ponto percentual maior.

Segundo o HSBC, o que deve favorecer esses números é a “habitual política racional de preços” e o “controle do índice de sinistralidade médica.” A dúvida do HSBC é quanto ao volume de associados, estimado em 4,283 milhões. O banco admite que possa ser uma estimativa “agressiva”, dependendo do nível de cancelamento de contratos no trimestre.


A divulgação dos resultados da Amil está prevista para 7 de agosto, após o fechamento do mercado.

Odontoprev: efeito sazonal favorável

Para a Odontoprev, a receita líquida estimada é de 240,7 milhões de reais no segundo trimestre, o que indicaria um aumento de 19% sobre o mesmo período do ano passado. Já o ebitda projetado é de 59 milhões de reais, ou 11,1% maior. A margem de ebitda, porém, deve sofrer um recuo de 1,7 ponto percentual, ficando em 24,5%.

Segundo o HSBC, os números refletem um comportamento sazonal do setor. “Normalmente, o 2T [segundo trimestre] é marcado pelo aumento no volume de vendas e pela queda nas margens.” O banco espera que 165.000 pessoas tenham aderido aos planos da Odontoprev no período, mas admite que possa ser uma projeção “agressiva”, em vista da desaceleração econômica.

A divulgação dos resultados da Odontoprev está prevista para 26 de julho, após o fechamento do mercado.

Dasa: problemas de consolidação podem afetar margens

O HSBC estima, para a Dasa, uma receita líquida de 589,3 milhões de reais, com incremento de 8,9% sobre o mesmo período do ano passado. O ebitda seria de 135,5 milhões de reais, o que significaria uma margem de ebitda de 23%.

O ponto, segundo o HSBC, é que a Dasa ainda enfrenta problemas na consolidação de todos os seus call centers do Rio de Janeiro em uma única central de atendimento. Com isso, o volume de exames mais sofisticados, que requerem agendamento prévio, foi afetado. Como esses exames apresentam preços e margens mais elevados, o menor volume pode afetar os resultados da Dasa.

A divulgação dos resultados da Dasa está prevista para 13 de agosto, após o fechamento do mercado.

Fleury: Labs D’Or ajuda, mas despesas podem pressionar

O laboratório Fleury deve apresentar um salto de 65,8% na receita líquida, quando comparada com o segundo trimestre do ano passado, somando 405 milhões de reais. O ebitda pode ficar em 91,9 milhões, ou 78,2% maior. Já a margem de ebitda estimada é de 22,7%, uma alta de 1,6 ponto percentual.

Os números, segundo o HSBC, refletem a consolidação do Labs D’Or. A dúvida do banco é a evolução da receita líquida. Os analistas admitem que a projeção possa ser “agressiva”, dependendo do nível de despesas deduzidas da receita bruta. O resultado também depende da capacidade de o Fleury ter elevado seus preços médios e ofertado um mix de produtos mais favorável.

A divulgação dos resultados do Fleury está prevista para 2 de agosto, após o fechamento do mercado.

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