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Nova Pontocom, do grupo Pão de Açúcar, cresce 56% em um ano

A empresa faturou 2,7 bilhões de reais em 2010, ficando em segundo lugar no ranking dos maiores do e-commerce brasileiro

Abílio Diniz: o dono do Grupo Pão de Açúcar (Germano Lüders/EXAME.com/Exame)
DR

Da Redação

Publicado em 31 de março de 2011 às 08h41.

São Paulo - A Nova Pontocom, que une extra.com; pontofrio.com e a operação de comércio eletrônico da Casas Bahia, planeja crescer entre 30% e 50% acima do mercado em 2011. A previsão da empresa é que o mercado de e-commerce alcance 20 bilhões de reais em vendas neste ano.

A Nova Pontocom obteve faturamento de 2,7 bilhões de reais em 2010 - crescimento de 56% em relação ao ano anterior. O resultado coloca a empresa em segundo lugar no setor, atrás apenas da B2W (que controla os sites Americanas.com, Submarino e Shoptime). O market share da companhia passou de 4% em 2008 para 18% em 2010. A empresa ainda não detalha a participação almejada para 2011. " Chegar em primeiro não é preocupação", afirmou German Quiroga, CEO da Nova Pontocom.

Entre os diferenciais competitivos, a empresa destaca seu portfólio de marcas - Extra, Casas Bahia e Ponto Frio. A companhia calcula que há 1% de sobreposição de clientes das três marcas e que o segmento Casas Bahia possui o maior potencial. "Nosso diferencial é que nosso serviço tem que ser melhor", disse Abílio Diniz, em vídeo exibido, nesta quarta-feira (30/3), em reunião com jornalistas. "Se vamos ser os maiores ou não isso é um detalhe", afirmou Quiroga.

As sinergias com as outras empresas do grupo são condições comerciais, condições financeiras, back office, alavancagem no marketing e multicanal. "Hoje trabalhamos com as mesmas taxas de crédito do Extra", exemplificou Quiroga.

A empresa não abriu o valor dos investimentos para 2011, mas adiantou que será de, no máximo, 2,0% da receita líquida de 2010. Em 2010, o capex da empresa foi de 25 milhões de reais - sendo 12 milhões de reais investidos em tecnologia  - e, em 2009, o investimento total foi de 12 milhões de reais. O percentual de investimento é baixo "mas é muito bom", segundo o executivo.

Em 2011, a Nova Pontocom pretende obter uma margem ebitda entre 6,0% e 7,0% e entre 8,0% e 10,0%, daqui a dois anos. A empresa quer manter, no mínimo, 20 dias de abertura entre fornecedoresm e estoque. E as despesas de antecipação, entre 3,5% e 4,5%.



Desde que a empresa foi criada, em 2008, o aporte de capital feito totalizou 28 milhões de reais. "O máximo que a gente faz é antecipar o recebível, nunca pegamos capital do mercado e nem recebemos capital a mais", disse Quiroga. O executivo afirmou que a companhia está pronta para o IPO, mas não existe data marcada.

Aquisições também estão no radar da companhia. "Estamos sempre estudando novas compras", disse Quiroga. O controlador pode fazer aquisições e, dentro disso, a Nova Pontocom pode se oferecer para fazer a parte de e-commerce, no mais eles pesquisam empresas interessantes.

Operação

A empresa possui 300 colaboradores na sede e 1.200 nos quatro centros de distribuição, atendimento e televendas. Em 2010, foram registrados mais de 3,5 milhões de pedidos. São quatro centros de distribuição, todos em São Paulo. Os estoques das três bandeiras são integrados. A empresa opera 30.000 itens, em 17 categorias - sendo que quatro (informática, eletrônicos, eletrodomésticos e celulares/telefones) representam 80% das vendas. "E são as quatro em que a gente começou e pensou que nelas tínhamos que ser líderes", afirmou o executivo.

A divisão acionária da Nova Pontocom divide-se em Globex (cujo controle pertence ao Grupo Pão de Açúcar, com 53% e à Casas Bahia Patrimonial, com 47%), com 50,1% da Nova Pontocom; Grupo Pão de Açúcar com 43,9% e um grupo de executivos que possui 6% de participação.

A operação começou em 2008, com a segregação da pontofrio.com da operação do Ponto Frio. Em novembro de 2010, o extra.com, o comércio eletrônico das Casas Bahia e o Ponto Frio Atacado integraram-se ao Pontofrio.com na Nova Pontocom. A companhia também engloba a ehub.com, que oferece soluções para clientes que querem atuar no e-commerce.

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São Paulo - A Nova Pontocom, que une extra.com; pontofrio.com e a operação de comércio eletrônico da Casas Bahia, planeja crescer entre 30% e 50% acima do mercado em 2011. A previsão da empresa é que o mercado de e-commerce alcance 20 bilhões de reais em vendas neste ano.

A Nova Pontocom obteve faturamento de 2,7 bilhões de reais em 2010 - crescimento de 56% em relação ao ano anterior. O resultado coloca a empresa em segundo lugar no setor, atrás apenas da B2W (que controla os sites Americanas.com, Submarino e Shoptime). O market share da companhia passou de 4% em 2008 para 18% em 2010. A empresa ainda não detalha a participação almejada para 2011. " Chegar em primeiro não é preocupação", afirmou German Quiroga, CEO da Nova Pontocom.

Entre os diferenciais competitivos, a empresa destaca seu portfólio de marcas - Extra, Casas Bahia e Ponto Frio. A companhia calcula que há 1% de sobreposição de clientes das três marcas e que o segmento Casas Bahia possui o maior potencial. "Nosso diferencial é que nosso serviço tem que ser melhor", disse Abílio Diniz, em vídeo exibido, nesta quarta-feira (30/3), em reunião com jornalistas. "Se vamos ser os maiores ou não isso é um detalhe", afirmou Quiroga.

As sinergias com as outras empresas do grupo são condições comerciais, condições financeiras, back office, alavancagem no marketing e multicanal. "Hoje trabalhamos com as mesmas taxas de crédito do Extra", exemplificou Quiroga.

A empresa não abriu o valor dos investimentos para 2011, mas adiantou que será de, no máximo, 2,0% da receita líquida de 2010. Em 2010, o capex da empresa foi de 25 milhões de reais - sendo 12 milhões de reais investidos em tecnologia  - e, em 2009, o investimento total foi de 12 milhões de reais. O percentual de investimento é baixo "mas é muito bom", segundo o executivo.

Em 2011, a Nova Pontocom pretende obter uma margem ebitda entre 6,0% e 7,0% e entre 8,0% e 10,0%, daqui a dois anos. A empresa quer manter, no mínimo, 20 dias de abertura entre fornecedoresm e estoque. E as despesas de antecipação, entre 3,5% e 4,5%.



Desde que a empresa foi criada, em 2008, o aporte de capital feito totalizou 28 milhões de reais. "O máximo que a gente faz é antecipar o recebível, nunca pegamos capital do mercado e nem recebemos capital a mais", disse Quiroga. O executivo afirmou que a companhia está pronta para o IPO, mas não existe data marcada.

Aquisições também estão no radar da companhia. "Estamos sempre estudando novas compras", disse Quiroga. O controlador pode fazer aquisições e, dentro disso, a Nova Pontocom pode se oferecer para fazer a parte de e-commerce, no mais eles pesquisam empresas interessantes.

Operação

A empresa possui 300 colaboradores na sede e 1.200 nos quatro centros de distribuição, atendimento e televendas. Em 2010, foram registrados mais de 3,5 milhões de pedidos. São quatro centros de distribuição, todos em São Paulo. Os estoques das três bandeiras são integrados. A empresa opera 30.000 itens, em 17 categorias - sendo que quatro (informática, eletrônicos, eletrodomésticos e celulares/telefones) representam 80% das vendas. "E são as quatro em que a gente começou e pensou que nelas tínhamos que ser líderes", afirmou o executivo.

A divisão acionária da Nova Pontocom divide-se em Globex (cujo controle pertence ao Grupo Pão de Açúcar, com 53% e à Casas Bahia Patrimonial, com 47%), com 50,1% da Nova Pontocom; Grupo Pão de Açúcar com 43,9% e um grupo de executivos que possui 6% de participação.

A operação começou em 2008, com a segregação da pontofrio.com da operação do Ponto Frio. Em novembro de 2010, o extra.com, o comércio eletrônico das Casas Bahia e o Ponto Frio Atacado integraram-se ao Pontofrio.com na Nova Pontocom. A companhia também engloba a ehub.com, que oferece soluções para clientes que querem atuar no e-commerce.

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