Negócios

Telefônica, Oi e Claro preparam oferta bilionária pela TIM

As operadoras pretendem apresentar uma oferta pela Tim Participações, segunda maior operadora de telefonia móvel do país, de US$ 15 bilhões


	Loja da TIM: BTG compraria a TIM e depois dividiria a empresa em três partes, segundo fontes
 (Marc Hill/Bloomberg)

Loja da TIM: BTG compraria a TIM e depois dividiria a empresa em três partes, segundo fontes (Marc Hill/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de dezembro de 2014 às 18h07.

São Paulo - A Oi SA, a Telefônica SA e a Claro SA pretendem apresentar uma oferta pela Tim Participações, segunda maior operadora de telefonia móvel do Brasil, avaliada em cerca de US$ 15 bilhões, segundo pessoas com conhecimento do assunto.

A oferta para comprar a TIM, com sede no Rio de Janeiro, na qual a Telecom Italia tem uma fatia de 67 por cento, seria apresentada pelo BTG Pactual atuando como comissário mercantil, disseram as fontes, que solicitaram anonimato porque as discussões são confidenciais.

O BTG compraria a TIM e depois dividiria a empresa em três partes, disseram as fontes.

A Oi ficaria com cerca de 25 por cento da TIM, e a Claro – propriedade da América Móvil SAB, do bilionário Carlos Slim – e a Telefónica dividiriam o restante, segundo as fontes.

A Telefónica se juntará à Oi e à Claro depois, após a compra da provedora de banda larga GVT ser aprovada pelas autoridades brasileiras, disseram as fontes.

As empresas estão preparadas para oferecer aproximadamente 7,5 vezes o Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) da Tim, de acordo com as fontes. Isso representa cerca de R$ 40 bilhões (US$ 15,3 bilhões), ou cerca de 40 por cento acima do valor da TIM incluindo dívida, segundo dados compilados pela Bloomberg.

Representantes da Oi, da Telefónica, da TIM, da América Móvil, da Claro e do BTG não quiseram comentar.

A Telecom Italia considera que a TIM deve estar avaliada em cerca de 20 bilhões de euros (US$ 25 bilhões) ou mais, incluindo dívida, de acordo com uma pessoa com conhecimento do assunto.

Um representante da Telecom Italia não quis comentar. A operadora italiana recebeu no mês passado a autorização de seu conselho para explorar uma combinação entre a TIM e a Oi.

Venda em Portugal

As fusões poderiam ajudar a aliviar a concorrência no Brasil, onde as guerras de preços e os investimentos determinados pelo governo devoram as margens das operadoras de telefonia.

A Oi disse nesta semana que acertou a venda de seus ativos portugueses para a Altice SA, do bilionário Patrick Drahi, por 7,4 bilhões de euros. O dinheiro arrecadado possibilitará que a Oi reduza sua dívida e participe em fusões e aquisições. A empresa disse em um comunicado do dia 8 de dezembro que a Oi vai “manter seu objetivo de liderar o movimento de consolidação no mercado brasileiro de telecomunicações”.

A Telefónica, proprietária da marca Vivo no Brasil, está pronta para participar em mais consolidações no mercado de telefonia do País, disse o diretor financeiro Ángel Vilá no mês passado, durante uma conferência em Barcelona. A Telefónica decidiu em setembro comprar a provedora brasileira de banda larga GVT da Vivendi SA.

“Estamos em condições de participar, mas provavelmente não precisaremos ser os primeiros a tomar a iniciativa”, disse ele.

O Banco Santander SA está assessorando a Telefônica no acordo da TIM. O banco não quis comentar.

O diretor financeiro da América Móvil, Carlos García Moreno, disse em entrevista no dia 9 de setembro que a operadora estava entrando em negociações para fazer uma oferta conjunta com a Oi pela TIM.

Acompanhe tudo sobre:3Gbancos-de-investimentoBrasil TelecomBTG PactualClaroEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas espanholasEmpresas italianasEmpresas mexicanasEmpresas portuguesasFusões e AquisiçõesHoldingsOiOperadoras de celularServiçosTelecomunicaçõesTelefoniaTelefônicaTelemarTIM

Mais de Negócios

Azeite a R$ 9, TV a R$ 550: a lógica dos descontaços do Magalu na Black Friday

20 frases inspiradoras de bilionários que vão mudar sua forma de pensar nos negócios

“Reputação é o que dizem quando você não está na sala”, reflete CEO da FSB Holding

EXAME vence premiação de melhor revista e mantém hegemonia no jornalismo econômico