Liderados por Carl Icahn, acionistas dissidentes pretendem dividir a Time Warner em quatro companhias, como parte de um radical processo de reestruturação do grupo de mídia. O plano final está em desenvolvimento pelo banco de investimentos Lazard, contratado por Icahn para "analisar alternativas estratégicas" para a organização. O documento embasará, também, uma acirrada disputa pelo controle do conselho de administração.

Pela proposta, as quatro companhias criadas pela divisão do grupo seriam: Time Warner Cable, que abrangeria as operações de TV a cabo; AOL, responsável pelos negócios de internet; Time Inc, voltada para publicações tradicionais, como revistas; e uma empresa para agrupar os conteúdos gerados pelos estúdios da Warner Brothers e dos canais HBO e CNN.

Icahn e seus liderados já buscam, inclusive, executivos que possam assumir o novo conselho de administração. "Procuramos pessoas com visão de longo prazo e que acreditem que os negócios da Time Warner funcionarão melhor como unidades separadas", afirmou uma pessoa próxima de Icahn ao jornal britânico Financial Times.

A luta pelo controle do grupo, porém, não será fácil. Os partidários de Icahn detêm pouco mais que 3% do capital da Time Warner. Além disso, Dick Parsons, presidente do conselho e da diretoria executiva do grupo, está bem prestigiado no mercado. Para convencer os demais investidores que seu plano é viável, Icahn também precisará reunir um inquestionável time de executivos capazes de dirigir os negócios.