Milionários dos Brics são mais jovens e menos generosos
Segundo estudo, países do grupo já concentram mais da metade dos bilionários do mundo
Da Redação
Publicado em 27 de maio de 2011 às 18h35.
Paris - O perfil dos multimilionários do planeta teve uma mudança significativa devido ao forte aumento das novas fortunas nos países emergentes, como China, Rússia ou Brasil, onde eles são mais jovens e ousados, e menos filantropos, segundo um estudo Forbes/SGPB.
Na lista da Forbes dos multimilionários de 2011, recém-publicada, mais da metade está em Brasil, Rússia, Índia e China, os países integrantes dos Brics, aos quais a África do Sul somou-se neste ano.
Pela primeira vez, superam a centena na China (115) e na Rússia (101). Até agora, apenas Estados Unidos tinha mais de 100 multimilionários.
A análise mostra que as grandes fortunas destes mercados emergentes, apesar de terem muito em comum com outros lugares do planeta, apresentam também certo número de características particulares.
Assim, o "riquíssimo" russo tem uma média de 49 anos, um a menos que o chinês, 50 anos, e ambos são muito mais jovens que o americano, 66 anos, e o francês, 74 anos.
Esses dados permitem à Forbes concluir que há altas probabilidades de que os novos ultrarricos dos países emergentes prossigam sua atividade e desenvolvam sua influência no nível mundial uma década ou duas mais que o restante.
Sobretudo, porque são hiperativos. "É provável que nunca se aposentem", disse Christian Rizy, diretor da Forbes Insights em coletiva de imprensa.
Os novos multimilionários dos países emergentes fizeram "a si mesmos", ou seja, construíram sua própria fortuna, e muitos poucos receberam herança.
Este é o caso de 100% das grandes fortunas russas, 65% das indianas, 66% das chinesas e 67% das brasileiras.
"Nós estaríamos provavelmente satisfeitos em ganhar 10 milhões de dólares ou 100 milhões de dólares, mas estes indivíduos não se conformam em ganhar 1 bilhão de dólares (...) e continuarão fazendo crescer sua fortuna até que morram", completou Rizy.
Estes grandes ricos dedicam a maior parte do tempo a fazer suas empresas florescerem. No caso dos russos, consagram a ela 93% do tempo, 85% no caso dos chineses, 78% dos indianos e 75% dos brasileiros.
Mas inclusive nos mercados onde a maioria dos ricos o são por herança, boa parte deles participam ativamente de seu crescimento.
Na França, dois terços das fortunas foram herdadas, mas a metade contribuiu para que esta crescesse. No Oriente Médio, 42% dos ricos são por herança, mas trabalham para aumentá-la.
Está claro que no que se refere à filantropia, parece que as grandes fortunas dos países emergentes, ainda preocupadas em seguir se construindo, não responderam ao "chamado feito por Bill Gates ou Warren Buffet aos multimilionários para que doem boa parte de suas fortunas" a obras filantrópicas.
É necessário constatar que apenas 7% das grandes fortunas chinesas do estudo criaram suas próprias instituições de caridade contra 55% dos ricos americanos.
O nível de fortuna mínimo considerado para a elaboração deste estudo é de 1 bilhão de dólares, com exceção de Índia, onde a barreira está situada em 500 milhões, China, 425 milhões, e Singapura, 190 milhões de dólares.
Este estudo realizado pela Forbes Insights, em associação com a instituição bancária Société Générale Private Banking, permitiu estabelecer algumas características que se repetem entre as 1.200 pessoas mais ricas pesquisadas em Alemanha, Brasil, China, Estados Unidos, França, Hong Kong, Índia, México, Oriente Médio, Grã-Bretanha e Singapura.
Paris - O perfil dos multimilionários do planeta teve uma mudança significativa devido ao forte aumento das novas fortunas nos países emergentes, como China, Rússia ou Brasil, onde eles são mais jovens e ousados, e menos filantropos, segundo um estudo Forbes/SGPB.
Na lista da Forbes dos multimilionários de 2011, recém-publicada, mais da metade está em Brasil, Rússia, Índia e China, os países integrantes dos Brics, aos quais a África do Sul somou-se neste ano.
Pela primeira vez, superam a centena na China (115) e na Rússia (101). Até agora, apenas Estados Unidos tinha mais de 100 multimilionários.
A análise mostra que as grandes fortunas destes mercados emergentes, apesar de terem muito em comum com outros lugares do planeta, apresentam também certo número de características particulares.
Assim, o "riquíssimo" russo tem uma média de 49 anos, um a menos que o chinês, 50 anos, e ambos são muito mais jovens que o americano, 66 anos, e o francês, 74 anos.
Esses dados permitem à Forbes concluir que há altas probabilidades de que os novos ultrarricos dos países emergentes prossigam sua atividade e desenvolvam sua influência no nível mundial uma década ou duas mais que o restante.
Sobretudo, porque são hiperativos. "É provável que nunca se aposentem", disse Christian Rizy, diretor da Forbes Insights em coletiva de imprensa.
Os novos multimilionários dos países emergentes fizeram "a si mesmos", ou seja, construíram sua própria fortuna, e muitos poucos receberam herança.
Este é o caso de 100% das grandes fortunas russas, 65% das indianas, 66% das chinesas e 67% das brasileiras.
"Nós estaríamos provavelmente satisfeitos em ganhar 10 milhões de dólares ou 100 milhões de dólares, mas estes indivíduos não se conformam em ganhar 1 bilhão de dólares (...) e continuarão fazendo crescer sua fortuna até que morram", completou Rizy.
Estes grandes ricos dedicam a maior parte do tempo a fazer suas empresas florescerem. No caso dos russos, consagram a ela 93% do tempo, 85% no caso dos chineses, 78% dos indianos e 75% dos brasileiros.
Mas inclusive nos mercados onde a maioria dos ricos o são por herança, boa parte deles participam ativamente de seu crescimento.
Na França, dois terços das fortunas foram herdadas, mas a metade contribuiu para que esta crescesse. No Oriente Médio, 42% dos ricos são por herança, mas trabalham para aumentá-la.
Está claro que no que se refere à filantropia, parece que as grandes fortunas dos países emergentes, ainda preocupadas em seguir se construindo, não responderam ao "chamado feito por Bill Gates ou Warren Buffet aos multimilionários para que doem boa parte de suas fortunas" a obras filantrópicas.
É necessário constatar que apenas 7% das grandes fortunas chinesas do estudo criaram suas próprias instituições de caridade contra 55% dos ricos americanos.
O nível de fortuna mínimo considerado para a elaboração deste estudo é de 1 bilhão de dólares, com exceção de Índia, onde a barreira está situada em 500 milhões, China, 425 milhões, e Singapura, 190 milhões de dólares.
Este estudo realizado pela Forbes Insights, em associação com a instituição bancária Société Générale Private Banking, permitiu estabelecer algumas características que se repetem entre as 1.200 pessoas mais ricas pesquisadas em Alemanha, Brasil, China, Estados Unidos, França, Hong Kong, Índia, México, Oriente Médio, Grã-Bretanha e Singapura.