Mercado Livre: expansão do e-commerce é suficiente para sair do vermelho?
Empresa divulga resultados do primeiro trimestre de 2021 nesta terça-feira; varejista encerrou o ano de 2020 no prejuízo
Maria Clara Dias
Publicado em 5 de maio de 2021 às 06h00.
Última atualização em 5 de maio de 2021 às 15h33.
O Mercado Livre divulga nesta quarta-feira, 5, o balanço financeiro do 1º trimestre de 2021, depois do fechamento do mercado. Após um 2020 de intenso crescimento e anúncios de investimentos bilionários no mercado brasileiro, a empresa deve mostrar se a boa fase continua também neste ano.
No quarto trimestre de 2020, a receita líquida da empresa foi de 1,3 bilhão de dólares, um crescimento de 96,9% ante os 674,3 milhões de dólares registrados no mesmo período de 2019. Ou seja, a companhia praticamente dobrou seu faturamento em um ano.
As vendas aumentaram 124,2%, atingindo 872,9 milhões de dólares, enquanto a receita do braço de pagamento aumentou 59,5%, totalizando 454,4 milhões de dólares.
Globalmente, o número de usuários também cresceu: foram 71,3% novos clientes digitais, chegando a 74 milhões em 2020, resultado impulsionado pela adesão em massa do mercado latino-americano, região que apresentou maior crescimento no varejo digital durante a pandemia.
Apesar dos bons números, a companhia encerrou o ano com um prejuízo de 50,6 milhões de dólares. Para os três primeiros meses de 2021, a gigante do comércio eletrônico deve mostrar se a expansão do e-commerce na América Latina, impulsionada pela pandemia de covid-19, bastará para se recuperar dessa perda.
Expansão no Brasil
Parte do bom desempenho de vendas da empresa se deve ao mercado brasileiro. O crescimento nas receitas da varejista no Brasil saltou 68% no último ano. Com base nesses dados, o Meli estuda investimentos bilionários no país.
Em meados de março, a empresa anunciou um investimento de 10 bilhões de reais no país ao longo de 2021. A intenção é tornar a companhia ainda mais relevante no país, ao passo em que cria novas soluções em logística e quer, cada vez mais, acelerar os processos de entrega. O investimento também vem acompanhado da criação de novas vagas: serão 16.000 postos de trabalho, sendo 7.200 apenas no Brasil.
O futuro do varejo é 100% digital? Entenda assinando a EXAME.