Negócios

Lisboa deixa Itaú, que prepara saída de Roberto Setubal

O banco prepara o terreno para a sucessão na presidência, que hoje é exercida por Setubal


	Roberto Setubal e Pedro Moreira Salles: os banqueiros vão centrar forças na integração e na expansão internacional
 (Germano Lüders/EXAME)

Roberto Setubal e Pedro Moreira Salles: os banqueiros vão centrar forças na integração e na expansão internacional (Germano Lüders/EXAME)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de fevereiro de 2013 às 23h55.

São Paulo - O Itaú Unibanco anunciou nesta quarta-feira a saída do vice-presidente Marcos Lisboa em meio a uma reformulação no comando que também prepara o terreno para a sucessão na presidência hoje exercida por Roberto Setubal.

Em comunicado, o maior banco privado da América Latina informou que as mudanças pretendem simplificar a "estrutura da organização, com o objetivo de dar maior agilidade às decisões, além de promover ganhos de eficiência, unificando áreas de negócios e de suporte." Lisboa, que foi secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda e presidente do Instituto de Resseguros do Brasil era do Unibanco, antes da fusão com o Itaú, no fim de 2008.

"Lisboa recebeu o convite para voltar à vida acadêmica e ficará no cargo até 15 de março", afirmou o banco no comunicado.

A área de controles internos, que estava sob comando de Lisboa, será acumulada por Eduardo Vassimon, que recentemente retorna ao grupo assumindo como vice-presidente da área de riscos.

Marco Bonomi, o vice-presidente responsável pela área de banco de varejo, passa a acumular a área de micro e pequenas empresas, que estava sob o guarda-chuva de José Roberto Haym. Este passa a ser responsável pelo segmento de médias empresas, integrando o comitê executivo do banco de Atacado, reportando-se a Candido Bracher.

As mudanças, que reduzem o número de vice-presidências de 10 para nove, dão sequência a um movimento iniciado no fim de 2012, com a saída de outro vice-presidente, Sergio Werlang, então responsável pela área de riscos.

Marcio Schettini, vice-presidente responsável pela área de Cartões e pela Redecard, passa a acumular as áreas de Seguros, Veículos e Crédito Imobiliário.

Caio Ibrahim David, que era diretor da área de finanças, e Claudia Politanski, responsável pela área jurídica, passam a ser vice-presidentes.

Segundo fontes com conhecimento do assunto, Setubal vinha mostrando descontentamento com os resultados recentes do grupo em áreas como seguros, controle de riscos, o que em parte impediu o banco de alcançar metas de ganho de eficiência prometidos há cerca de um ano e meio a investidores.

Como noticiou a Reuters em janeiro, outras mudanças já estavam previstas para acontecer após a saída de Werlang.

No começo do mês, o banco anunciou que seu lucro líquido de 2012 recuou 5,1 por cento ante o ano anterior, refletindo em parte o baixo crescimento do crédito e despesas elevadas com provisões para perdas com calotes.

O Conselho de Administração do banco também vai propor elevar a idade máxima de aposentadoria do presidente-executivo da instituição, dos atuais 60 para 62 anos.

No entanto, a nova regra só valerá para o próximo presidente. Setubal deixará o cargo no ano que vem, quando completará 60 anos. Nos dois anos seguintes ocupará a presidência da holding, companhia aberta que controla todas as empresas do conglomerado.

De acordo com o banco, as decisões foram tomadas em conjunto por Setubal e pelo presidente do conselho, Pedro Moreira Salles.

Acompanhe tudo sobre:BancosBanqueirosBilionários brasileirosEmpresáriosEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasFinançasItaúItaúsaPersonalidadesRoberto Setubal

Mais de Negócios

Esta startup capta R$ 4 milhões para ajudar o varejo a parar de perder dinheiro

Ele criou um tênis que se calça sozinho. E esta marca tem tudo para ser o novo fenômeno dos calçados

30 franquias baratas a partir de R$ 4.900 com desconto na Black Friday

Ela transformou um podcast sobre namoro em um negócio de R$ 650 milhões