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Manter plano de saúde custa cada vez mais caro para empresas

Há três anos, as despesas com o benefício representavam 10,38% da folha de pagamento das corporações do país. Hoje, essa parcela já é de 11,54%

Seguro saúde: gastos das companhias do país com o benefício tiveram um amento médio de 14,8% neste ano (Arquivo/Agência Brasil)

Luísa Melo

Publicado em 7 de novembro de 2015 às 13h35.

São Paulo - Manter o plano de saúde dos funcionários custa cada vez mais caro para as empresas no Brasil. É o que indica um estudo da Mercer Marsh Benefícios.

Segundo a pesquisa,os gastos das companhias com seguro saúde tiveram um amento médio de 14,8% neste ano. Para cada funcionário, o custo médio do benefício subiu de 196,17 reais em 2014 para os atuais 225,23 reais.

Há três anos, as despesas com plano de saúde representavam 10,38% da folha de pagamento das corporações. Hoje, essa parcela já é de 11,54%.

O levantamento avaliou 513 empresas de 31 segmentos no país, a maioria com faturamento anual acima de 100 milhões de reais.

Delas, 51% cobram dos empregados uma coparticipação para o financiamento do seguro saúde e subsidiam, em média, 78% das despesas fixas do plano.

Esse cenário, porém, muda de acordo com o setor em que as organizações atuam. No farmacêutico, por exemplo, 69% das companhias arcam com todos os custos fixos e, quando há compartilhamento, o subsídio médio é de 86% dos valores.

Já na indústria de automóveis, 57% das empresas dividem com os trabalhadores os gastos com plano de saúde–o índice mais baixo–e o subsídio médio é de 78%.

Estratégias

Das companhias ouvidas no estudo, 45% disseram que pretendem fazer mudanças em seus programas de saúde em até um ano. Destas, 26% buscam a redução de custos.

A troca de fornecedores de planos foi uma estratégia citada por 40% das corporações para a agenda dos próximos 12 meses, sendo que 60% farão a substituição para tentar gastar menos com o benefício.

Na tentativa de baratear as despesas, 47% adotam programas de gerenciamento de doenças crônicas, 37% monitoram as interações dos beneficiários e 29% adotam o recurso da segunda opinião médica para diagnósticos complexos.

Apenas 20% das empresas, entretanto, investem em programas estruturados de qualidade de vida, para prevenir os gastos com seguro saúde.

“E isso é fundamental para controlar os custos dos planos de saúde no futuro", diz, em nota, Mariana Dias, líder da área de consultoria e gestão atuarial da Mercer Marsh Benefícios.

Dentro desse pequeno universo, 85% dos projetos patrocinam campanhas de vacinação, 63% mantém planos de atividades físicas, 53% adotam iniciativas de cuidado com a saúde emocional e 34% de prevenção a DSTs.

Ainda sob esse recorte, 66% das companhias trabalham a ergonomia no ambiente de trabalho, 47% mapeiam o perfil de saúde dos funcionários, 54% patrocinam checkups, 35% têm programas de ações antitabagismo, 44% de saúde bucal e 26% de ortopedia.

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São Paulo - Manter o plano de saúde dos funcionários custa cada vez mais caro para as empresas no Brasil. É o que indica um estudo da Mercer Marsh Benefícios.

Segundo a pesquisa,os gastos das companhias com seguro saúde tiveram um amento médio de 14,8% neste ano. Para cada funcionário, o custo médio do benefício subiu de 196,17 reais em 2014 para os atuais 225,23 reais.

Há três anos, as despesas com plano de saúde representavam 10,38% da folha de pagamento das corporações. Hoje, essa parcela já é de 11,54%.

O levantamento avaliou 513 empresas de 31 segmentos no país, a maioria com faturamento anual acima de 100 milhões de reais.

Delas, 51% cobram dos empregados uma coparticipação para o financiamento do seguro saúde e subsidiam, em média, 78% das despesas fixas do plano.

Esse cenário, porém, muda de acordo com o setor em que as organizações atuam. No farmacêutico, por exemplo, 69% das companhias arcam com todos os custos fixos e, quando há compartilhamento, o subsídio médio é de 86% dos valores.

Já na indústria de automóveis, 57% das empresas dividem com os trabalhadores os gastos com plano de saúde–o índice mais baixo–e o subsídio médio é de 78%.

Estratégias

Das companhias ouvidas no estudo, 45% disseram que pretendem fazer mudanças em seus programas de saúde em até um ano. Destas, 26% buscam a redução de custos.

A troca de fornecedores de planos foi uma estratégia citada por 40% das corporações para a agenda dos próximos 12 meses, sendo que 60% farão a substituição para tentar gastar menos com o benefício.

Na tentativa de baratear as despesas, 47% adotam programas de gerenciamento de doenças crônicas, 37% monitoram as interações dos beneficiários e 29% adotam o recurso da segunda opinião médica para diagnósticos complexos.

Apenas 20% das empresas, entretanto, investem em programas estruturados de qualidade de vida, para prevenir os gastos com seguro saúde.

“E isso é fundamental para controlar os custos dos planos de saúde no futuro", diz, em nota, Mariana Dias, líder da área de consultoria e gestão atuarial da Mercer Marsh Benefícios.

Dentro desse pequeno universo, 85% dos projetos patrocinam campanhas de vacinação, 63% mantém planos de atividades físicas, 53% adotam iniciativas de cuidado com a saúde emocional e 34% de prevenção a DSTs.

Ainda sob esse recorte, 66% das companhias trabalham a ergonomia no ambiente de trabalho, 47% mapeiam o perfil de saúde dos funcionários, 54% patrocinam checkups, 35% têm programas de ações antitabagismo, 44% de saúde bucal e 26% de ortopedia.

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