Le Petit Macarons: receita a base de clara de ovo, farinha de amêndoa e açúcar impalpável (Divulgação/Divulgação)
Publicado em 1 de dezembro de 2025 às 11h25.
Última atualização em 1 de dezembro de 2025 às 11h43.
Clara de ovo, farinha de amêndoa e açúcar impalpável.
Esses três ingredientes, somados a uma boa dose de paixão por doces e competência na gestão, ajudaram a transformar a Le Petit Macarons no sucesso que é hoje.
Fundada em 2014 pelos amigos Valquíria de Marco e Roger Righi Coelho, a marca começou produzindo apenas 14 docinhos, uma espécie de biscoito redondo, crocante por fora, macio por dentro e delicado no recheio.
Hoje, faz cerca de 15 mil por dia, com capacidade para elevar esse número para 25 mil.
A origem dos macarons é incerta, mas muitos dizem que sua popularização veio com a receita francesa. E foi após uma viagem para Paris que os dois decidiram abrir um negócio voltado ao doce.
Ambos são formados em administração de empresas, mas Valquíria sempre teve o dom e o gosto por fazer sobremesas para a família e amigos, que adoravam tudo o que ela preparava.
Roger então sugeriu que ela transformasse esse talento em algo maior, criando um conceito e desenvolvendo um produto bacana que ainda não existia no Brasil. Isso foi em 2012.
Ele já conhecia os macarons, mas foi nessa viagem a capital francesa que apresentou o doce para ela, que se apaixonou imediatamente.
“Gostamos demais. Era um doce leve, mas com muito sabor e muito colorido. Não tinha nada igual por aqui”, lembra Roger.
Quando voltaram ao Brasil, compraram ingredientes, equipamentos e livros, e Valquíria começou a testar a receita. Ela passou um ano e meio testando até chegar ao ponto ideal.
No início, Valquíria produzia e apresentava os doces para as pessoas. Roger, que trabalhava em outro setor, resolveu mostrar o produto para alguns clientes. Numa dessas apresentações, encomendaram cerca de 1.400 macarons de uma só vez.
Valquíria passou três dias e três noites produzindo e montando embalagens.
“E deu certo. Levamos para o evento e foi o maior sucesso”, diz o sócio.
Roger vendeu o carro para investir e viabilizar a abertura da primeira boutique da marca, em 2014, na cidade de Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul.
Segundo ele, o macaron da Le Petit é o mais francês do país. A receita segue exatamente o padrão francês, mas para cair no gosto do brasileiro, que tende a gostar de sobremesas bem doces, a marca adaptou a receita.A dupla ficou um ano apenas com a loja de Bento Gonçalves, testando a aceitação.
Depois, Roger saiu da empresa onde trabalhava e passou a cuidar da segunda unidade, na capital gaúcha. As duas lojas funcionam até hoje.
Em 2015, veio o lançamento do sabor creme brulée, que até hoje é o mais vendido nas boutiques, seguido pelo pistache.
Durante a pandemia, enfrentaram um período desafiador, com lojas fechadas, perda de estoque e paralisação da produção. Foi um momento de olhar para dentro e fazer mudanças necessárias, comenta Roger.
Eles revisaram cardápio, uniformes, conceito, sacolas e embalagens. A ideia era que, quando tudo reabrisse, a marca estivesse em outro patamar. Foi o que aconteceu. “Quando voltamos, foi um estouro”, afirma.
Hoje, a Le Petit Macarons tem 28 lojas em sete estados. Até 2022, eram apenas 11. Para escalar o crescimento, decidiram apostar em franquias.
Roger explica que, com o modelo, eles treinam os franqueados, acompanham o trabalho e expandem a marca sem depender apenas de capital próprio.
O investimento varia entre 65 mil e 300 mil reais, a depender do tipo de operação, e o retorno costuma ocorrer entre 18 e 24 meses.
Além das unidades próprias e franquias, a empresa mantém uma fábrica exclusiva para produção de macarons em Bento Gonçalves e um centro de distribuição em São Paulo, inaugurado em 2024.
Também no ano passado, a Le Petit Macarons faturou 5,1 milhões de reais, um crescimento de 36% em relação a 2023.
O bom desempenho colocou a rede no ranking EXAME Negócios em Expansão 2025.
A marca está desenvolvendo novos projetos. Um deles são as vending machines de macarons, lançadas em novembro e planejadas ao longo de dois anos.
Ao contrário das lojas, em que o cliente escolhe entre 33 sabores no balcão e recebe a embalagem montada na hora, as vending machines funcionam como autoatendimento.
O cliente paga, e a máquina entrega o produto por meio de um elevador interno. As máquinas já estão instaladas em duas lojas, e a previsão é chegar a 30 unidades até 2026.
Por ser mais açucarado, o macaron da marca também agrada ao paladar americano.
Por isso, no início do próximo ano, a Le Petit Macarons abrirá sua primeira loja nos Estados Unidos.
Além disso, a previsão para o ano que vem é inaugurar mais dez lojas no Brasil, especialmente nas regiões Norte e no Nordeste, e lançar macarons para venda em supermercados.
A linha já foi desenvolvida, e os testes começam em janeiro.
"A estratégia é ampliar a presença no território nacional", conclui Roger.
O ranking EXAME Negócios em Expansão é uma iniciativa da EXAME e do BTG Pactual (do mesmo grupo de controle da EXAME).
O objetivo é encontrar as empresas emergentes brasileiras com as maiores taxas de crescimento de receita operacional líquida ao longo de 12 meses.
Em 2025, a pesquisa avaliou as empresas que mais conseguiram expandir receitas ao longo de 2024. A análise considerou negócios com faturamento anual entre 2 milhões e 600 milhões de reais.
São 470 empresas que criam produtos e soluções inovadoras, conquistam mercados e empregam milhares de brasileiros. Conheça o hub do projeto, com os resultados completos do ranking e, também, a cobertura total do evento de lançamento da edição 2025.