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Remy Sharp
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Uma viagem à França foi suficiente para que Valquíria de Marco voltasse com mais do que algumas lembrancinhas na mala. A gastronomia inspirou a executiva a abrir o próprio negócio, já de volta ao Brasil: uma marca de macaron, tradicional doces francês que caiu no gosto de Valquíria e de seu amigo Roger Righi Coelho, após umas voltas por Paris.

Já por aqui, foram meses de testes e receitas mal-sucedidas. A falta de matérias-primas similares às utilizadas na receita francesa complicaram a produção toda. “Aquilo me desafiou. Decidi que seria mais teimosa que aquele doce”, brinca Valquíria. “Me apaixonei pelo sabor, pelas cores fortes, por tudo! Aquilo deveria vir para cá logo".

Em 2014, um ano e meio após a rotina intensa de estudos e adaptação de produtos, nasceu a Le Petit Macarons, marca que hoje fatura 15 milhões de reais com a venda do doce em 25 lojas espalhadas por todo o país.

Como o negócio começou

A Le Petit Macarons começou na cidade de Bento Gonçalves (RS) com uma produção tímida, de apenas 14 doces por vez, em fornadas pequenas e de produção artesanal, pelas mãos da própria empreendedora. 

Com insumos brasileiros e um produto final com “cara” de Brasil, os macarons da Le Petit chamaram a atenção de amigos e familiares, que passaram a encomendar o doce de forma pontual. O primeiro grande pedido além do meio “friends and family” foi para um evento corporativo, de 1.400 unidades.

O salto no volume de produção foi o pontapé para que a Le Petit ganhasse forma e atenção exclusiva da fundadora. “Tive que pedir uma folga de quatro dias de trabalho. Percebi que era hora de me dedicar ainda mais ao negócio”, diz. Na mesma época, Valquíria e Roger abriram a primeira loja da marca.

O primeiro ponto físico, em um shopping na cidade de Porto Alegre, serviu para testar o paladar do público. O desafio, contudo, estava na logística envolvendo a produção dos macarons. Até então, os doces eram produzidos em Bento Gonçalves e enviados, ainda congelados, à loja na capital gaúcha. “Levamos mais de um ano de testes para ver a fórmula perfeita, algo que não rachasse, que tivesse o sabor preservado e fosse transportado na melhor embalagem”, conta.

Como a marca pretende crescer

Com a pandemia, a Le Petit teve de se adaptar. Durante os primeiros três meses de isolamento social, em 2020, as fábricas passaram três meses fechadas, o que causou uma perda avassaladora de estoque, redução da jornada produtiva para três dias na semana e cinco funcionários — antes, eram 11.

O período em retração serviu para que a empresa fizesse a lição de casa e se preparasse para a retomada do varejo. Na lista de ações, estava a aquisição de novos maquinários para dar conta de uma produção ainda maior dali em diante. Com a automação, a produção saltou de 2.500 para 10.000 macarons por dia.

A linha de produção acelerada motivou os fundadores a buscar fornecedores capazes de auxiliar a rede a criar produtos que mantivessem a essência da marca. "Não queríamos perder o aspecto de item artesanal. Esses fornecedores nos ajudaram a industrializar sem  perder qualidade”, diz Valquíria.

 Com a retomada do varejo e o retorno às lojas físicas, a marca teve expansão nacional graças à formatação de um modelo de franquias. Atualmente, são 25 lojas, sendo 20 delas franqueadas. Até 2022, eram 11 lojas. 

Nos planos da Le Petit Macarons para 2023 estão a abertura de 10 novas lojas e o apetite agressivo por lançamentos de sabores exóticos, de olho em festas comemorativas e momentos sazonais do calendário como dia das mães, dia das crianças e festa junina. “São as nossas datas mais expressivas em vendas, temos de aproveitar isso”, diz. Atualmente, a marca lança três novos sabores a cada ano.

Ainda este ano, a rede pretende inaugurar um centro de distribuição em São Paulo ou Belo Horizonte para atender exclusivamente às franquias nas regiões Norte e Nordeste, acabando com possíveis imbróglios logísticos. 

Somados os esforços, a marca estima faturamento de 23,8 milhões de reais em 2023, além de ampliar a produção para 15.000 unidades por dia. “Temos certeza que vamos dar conta de tudo isso, sem estressar nosso sistema e a equipe ", diz Roger Coelho, sócio-fundador da Le Petit Macarons.

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